Categoria: Mitos (Page 1 of 8)

Em boca fechada não entra mosca

Aprender a gostar de vinhos é muito fácil. Os primeiros passos são sempre orientados por alguém mais experiente que “abre” algumas portas deste pequeno mundo que, para alguns, é cheio de mistérios.

Mordida a isca, ou se preferirem, picados pela mosca, os enófilos iniciantes começam a caminhar com as próprias pernas. Se andarem na direção certa, vão desfrutar de ótimos momentos e vinhos deliciosos.

O próximo passo é estudar o assunto. São muitos caminhos que podemos seguir abrangendo desde o plantio das uvas até modernas e estranhas formas de vinificação.

Naturalmente, acabamos nos empolgando e além do desejo de oferecer bons vinhos, aliamos uma boa dose de informação, onde vamos demonstrar os nossos conhecimentos.

É aí que mora o perigo!

Quase sempre vamos falar mais do que deveríamos. Algumas bobagens, para ouvidos mais treinados, podem escapar e o resultado desta aula improvisada pode ser desapontador.

Há certas coisas que não devemos mencionar…

Aqui estão algumas delas:

1 – “Este vinho custou tantos reais”

A menos que vocês sejam ganhadores de aposta lotérica e estão mais interessados em demonstrar sua recém adquirida fortuna, declarar o preço de um vinho é o mesmo que afirmar que “quanto mais caro, melhor”, o que é uma grande bobagem.

Obviamente, existem vinhos caros de ótima qualidade e vinhos baratos que são péssimos. Para um bom enófilo, a arte está em garimpar vinhos a um preço justo. Nada é mais prazeroso que servir um vinho, todos gostarem e se perguntarem “onde você comprou?”, a resposta seria, no “supermercado da esquina”. Ponto para vocês.

2 – “Olha o peso desta garrafa! Só pode ser vinho bom”

Este é um truque de marketing muito usado para empurrar vinhos medianos goela abaixo. Têm uma origem muito conhecida: as garrafas de Champagne. Estas, para serem capazes de resistir à pressão interna, muito maior que as do vinho tranquilo, tem paredes mais grossas e são mais pesadas.

Algum marqueteiro, muito esperto, resolve transportar estas pesadas garrafas para os vinhos comuns. Evidentemente, não entendia nada sobre vinhos. Os grandes vinhos estão embalados em garrafas finas, de boa qualidade, com rótulos elegantes e bem desenhados.

Ainda dentro deste tema, temos mais um detalhe a ser observado e jamais comentado: aquela concavidade acentuada no fundo da garrafa. O fato de ser mais ou menos profunda não está relacionada à qualidade do vinho. Serve, apenas, para manter a garrafa equilibrada na posição vertical, facilitando o transporte.

Então já sabem: nada de tecer loas a estes detalhes.

3 – “Sirvo meus vinhos na temperatura ambiente”

Esta dá vontade de perguntar: “ambiente de onde, cara pálida?”

Temperatura de serviço é um tema muito debatido por todos. Há prós e contras para diversas teorias e, claro, múltiplas tabelas de temperaturas adequadas, algumas chegando ao extremo de detalhar por casta utilizada no vinho. Uma maluquice.

Dois pontos são aceitos universalmente: brancos são servidos mais gelados que os tintos e a temperatura de referência, para servir um tinto, seria em torno de 18º Celsius.

Há uma enorme lista de exceções aqui, desde tintos leves que devem ser gelados até brancos que ficariam melhor menos frios. (atenção ao tempo dos verbos)

Se a sua cidade tem temperatura média nesta faixa citada, não há nenhum problema em fazer a afirmação, em questão. Mas o que falar quando estamos numa cidade como o Rio de Janeiro, com médias acima de 30ºC, ou cidades do sul brasileiro com temperaturas muito baixas?

Para quem não sabe ou não se lembra, se o local estiver muito frio, os brancos não precisam ser gelados e os tintos devem ser “aquecidos”, uma manobra que se chama “chambrar”.

Prefiram dizer “sirvo meus vinhos na temperatura adequada”.

Saúde e bons vinhos!

Dica da Karina – Cave Nacional

Casa Eva Viognier 2023

Vinificado pela Vinícola Casa Eva, projeto de vinhos finos inaugurado em 2023 pela família Muraro, produtores de vinhos de mesa em Flores da Cunha a mais de 50 anos. Vinificado 100% com a uva Viognier, passa 3 meses em barricas de carvalho francês e americano (50%/50%).

Apresenta leve coloração amarelo palha com reflexos esverdeados e delicado aroma de frutas, como pera, lima e maçã verde, com leves toques de erva cidreira, flor de laranjeira e manteiga. Em boca tem bom corpo e acidez refrescante, com retrogosto persistente, deixando notas cítricas e taninos suaves.

A Cave Nacional envia para todo o Brasil

Para adquirir, clique no nome ou na foto.

CRÉDITOS:

Imagem por Adobe Stock

Usar gelo na taça vinho é aceitável?

Uma resposta adequada seria: “não se deve fazer isto”.

Mas o que fazer quando já existem vinhos próprios para serem resfriados com pedras de gelo, um modismo que, dizem, é coisa das novas gerações.

Na ponta do lápis, colocar gelo na sua taça é um gesto de total desrespeito ao produtor do vinho, que esperou, pacientemente, as uvas do seu parreiral amadurecerem.

Depois as colheu, selecionou, fermentou, macerou, filtrou, esperou o vinho maturar no ponto certo, engarrafou, vendeu; e você, desavisado, jogou um cubinho na taça, mudando completamente aromas e sabores. Pense nisto antes de repetir esta proeza, principalmente se for um vinho de qualidade.

Se, ainda assim, você insiste em transformar uma taça de vinho num reles coquetel, acrescentado mais coisas como gominhos disto ou daquilo, folhinhas diversas e até fatias de pepino, lamento, mas pediu a bebida errada.

Honestamente, uma Sangria não seria uma escolha perfeita? (ótimas receitas neste link: Sangria e Clericot)

Curiosamente, existem algumas razões para se colocar uma ou mais pedrinhas de gelo na nossa taça:

– Quando o vinho é ruim. Neste caso, a diluição pode ajudar a deixá-lo mais palatável. A temperatura mais baixa inibe as nossas papilas gustativas, fazendo com que taninos mais agressivos sejam menos percebidos;

– O mesmo raciocínio vale para quando o vinho está muito adocicado;

– No preparo de um Tinto de Verano, uma refrescante mistura de vinho tinto, muito gelo e água gasosa ou soda limonada;

Se de alguma forma for inevitável gelar um vinho desta forma, aqui vão outros conselhos úteis:

– Alguns vinhos brancos (Sauvignon Blanc e Riesling) e os rosados, toleram melhor o gelo;

– Use gelo fresco, feito com água mineral e recém-saído do congelador;

– Um bom truque é utilizar cubos de materiais como aço inox, pedras ou cápsulas plásticas que contenham um líquido refrigerador (etilenoglicol);

– Bagos de uva também podem ser congelados para este fim. Fica bem elegante;

Não podemos esquecer alternativas menos radicais como resfriar a garrafa ou as taças. Neste caso, deixe-as na geladeira por algumas horas antes de usá-las. Podem ser embrulhadas em papel filme, evitando odores desagradáveis.

Podemos, ainda, colocar os cubos de gelo num saquinho plástico para removê-los depois que a temperatura ficar agradável ao seu paladar …

Mas, se vocês estiverem degustando uma Moët Ice Impérial Rosé ou uma Veuve Clicquot’s Rich, o gelo é obrigatório. Foram elaboradas com este objetivo.

Saúde e bons vinhos!

CRÉDITOS

Ice-Cube-Splash” por Andrew 3457 está licenciada sob CC BY 2.0.

Há controvérsias:
Pisa a pé ou meios mecânicos?

Para produzir vinho, as uvas têm que ser esmagadas, prensadas, amassadas, enfim, precisam passar por um processo que rompam as peles dos bagos e liberem o suco, para que possa ocorrer a fermentação, onde o açúcar do sumo será transformado em álcool.

O processo mais tradicional é a pisa a pé, um método muito fotogênico e bastante conhecido, mas nem todo mundo se dá conta do esforço brutal que é necessário para, por exemplo, pisar algumas toneladas de uvas.

Uma pisada típica duraria cerca de 3 dias, divididos em intervalos de 3 a 4 horas. Os primeiros minutos são lindos, até turistas participam do evento, sempre com música e cantoria para ditar o ritmo.

Agora imaginem ficar horas a fio, para lá e para cá, no lagar, pisando algo que se acha muito macio, mas, se forem cachos inteiros, a coisa pode ser bem mais dura.

Tecnologia existe para substituir este trabalho intensivo por diversos meios mecânicos, alguns de alta tecnologia. Vão desde robôs que imitam o movimento da pisada até prensas muito elaboradas que usam uma espécie de bexiga (bladder press), além de sofisticados controles a cada etapa do processo, para obter o mesmo efeito.

Mas e o resultado é o mesmo?

Alguns produtores dizem sim enquanto outros dizem não.

Vamos aos fatos:

Os defensores do método tradicional alegam que há um maior controle sobre a qualidade do mosto a ser fermentado. Insistem que, pelos meios mecânicos, nem sempre é possível controlar a quantidade de taninos jovens decorrentes dos talos, peles e sementes prensados. Já com o trabalho humano, a sensibilidade dos pés de cada um seria inimitável. Mas, para isto ser verdadeiro, o grupo de pisadores teria que estar bem treinado.

A seu favor, lembram que um dos vinhos mais icônicos, o português “Vinho do Porto”, continua sendo elaborado por este processo.

Verdadeiro até um certo ponto. O Porto pode ser elaborado por qualquer um destes caminhos. Algumas Quintas usam a pisa apenas para vinhos de pequenas produções.

Além de Portugal, Espanha, França, Itália, EUA e até no Brasil a pisada ainda é utilizada, seja para a alegria dos turistas ou em busca de diferenciais de qualidade. Os vinhateiros que seguem o caminho dos vinhos naturais, orgânicos, biodinâmicos etc. são defensores deste processo – mínima intervenção.

Do outro lado do ringue, desculpem a metáfora, estão os grandes produtores de vinho. Todo o processo de vinificação, atualmente, pode ser controlado nos mínimos detalhes. Cada tipo de vinho a ser elaborado exige um certo tipo de atenção. Por exemplo, pode-se ou não usar os cachos inteiros; vinhos brancos não são macerados com suas peles; as leveduras empregadas na fermentação podem ser preparadas para cada tipo de casta utilizada e muito mais.

É um grande arsenal de recursos que pode e deve ser usado, com sabedoria. Os grandes produtores sabem disto e investem, constantemente, em novas tecnologias.

E ninguém reclama destes vinhos…

Reconhecer, numa degustação, que um vinho foi elaborado por pisa a pé é tarefa impossível. Se a ficha técnica não fizer menção a este especial processo, não é possível diferenciar de um vinho elaborado com alta tecnologia.

Quem poderia comparar e julgar, objetivamente, seriam os críticos, os Sommeliers e gente especializada, desde que tenham as informações necessárias. Mas é muito difícil: não existem vinhos “iguais” que sirvam de base para uma comparação. Qualquer opinião será, sempre, subjetiva.

Sendo assim, quem deve decidir esta controvérsia são os consumidores. Cabe a eles, somente, gostar ou não deste ou daquele rótulo, seja feito por cinematográficos processos ou apenas frutos de grandes investimentos em técnicas atuais.

Honestamente, neste julgamento final o peso maior não vai estar no método; outros parâmetros serão mais relevantes.

Saúde e bons vinhos!

CRÉDITOS:

Imagem de macrovector no Freepik

Vinho nas “redes sociais”

Recentemente, um dos pares desta coluna recebeu a imagem, acima, em uma de suas redes e achou curioso. Ato contínuo, encaminhou para a redação da coluna com a clássica dúvida: “Isto é verdadeiro?”

A resposta é sim e este tema já foi assunto do nosso site em duas ocasiões diferentes:

Em 2014 – Uma taça para cada tipo de vinho;

Em 2022 – Qual é a sua taça?

Acreditávamos que estes dois textos seriam suficientes para esgotar este tópico, principalmente se observarmos que está longe de ser uma novidade, como gostam os produtores de “conteúdo para as redes”. Imaginem que a primeira notícia sobre as taças desenvolvidas especificamente para cada tipo de vinho data de 1973, quando Claus Riedel, renomado fabricante austríaco, lançou a linha Sommelier, com taças dedicadas a diferentes castas e estilos de vinhos.

Estabelecido que isto não é uma novidade, resolvemos imaginar as razões para a figurinha em questão fazer tanto sucesso atualmente, “viralizou” …

A explicação mais rápida e rasteira seria: quem publicou não entende nada de vinhos.

Uma segunda linha de raciocínio nos levaria a perguntar: seriam necessárias todas estas taças?

Provavelmente não, a menos que vocês sejam renomados “enochatos” e têm espaço suficiente para guardar todas elas, em dobro, no mínimo.

Novamente, quem publicou demonstrou, mais uma vez, sua total ignorância sobre o assunto.

Na realidade, trata-se de uma elegante maneira de fazer um marketing poderoso, num mercado (de taças) muito disputado. São mais de setenta fabricantes, alguns muito famosos como Riedel, Zalto, Spiegelau e Schott. Acreditem, assim como no futebol, há grupos adeptos de cada marca que preferem discutir qual taça é a melhor, e o vinho que está nela fica em segundo plano.

Em termos de estratégias, podemos traçar uma semelhança com o tal vinho chileno “Reservado”, outra curiosa forma de marketing. Há quem simplesmente abomine esta ideia e há quem tece loas à qualidade do vinho.

De forma análoga às taças, o importante passa a ser a atitude da vinícola ou do enófilo, que compra e degusta, em oposição aos que são mais conservadores e se irritam com a sugestão da fraude (o rótulo Reservado) e nem provam o vinho.

Como sempre, na Terra Brasilis, normatizaram esta categoria de vinhos, pegando uma carona no marketing alheio. Típico …

Tradicionalmente, três tipos de taças seriam mais que suficientes para atender a qualquer Enófilo, iniciante ou experimentado: taças para tintos, brancos e espumantes. Poderíamos incluir taças para vinhos generosos, como o Porto ou o Jerez.

Uma versão mais atual desta regrinha, muito dirigida para os que não têm orçamentos ilimitados, propõe a taça universal, que serve para tintos, brancos e rosados e as para espumantes. Seguindo nesta linha minimalista, já há que quem use uma única taça para qualquer tipo de vinho, inclusive os espumantes, o que na nossa opinião é o caminho a ser seguido.

Os leitores já devem ter percebido que a foto que viralizou e ilustra este texto não chega a ser uma “eno fake News”, mas também não contribui, em nada, para um debate mais civilizado.

Ao que tudo indica, estes conteúdos populares nas redes, em sua maioria, são desprovidos de fundamentos que os apoiem. São opiniões pessoais ou apenas fruto dos adeptos da “Achologia”. Acabam seguindo um conhecido chavão, “quem conta um conto aumenta um ponto”.

A melhor defesa contra este tipo de informação, pouco precisa, é termos conhecimento e cultura: façam um bom curso sobre vinhos, participem de oficinas de degustação e visitem vinícolas, se for possível.

Nas redes há muita coisa boa e, modéstia à parte, o nosso site é uma delas. Também tem muita bobagem e inutilidades. Somos nós que devemos aplicar os filtros adequados: antes de repassar, pesquisem, analisem, perguntem e tenham certeza de que vale à pena divulgar esta ou aquela informação.

Se acharem por bem divulgar, deixem claro que se trata de uma opinião pessoal ou citem fontes confiáveis. Mensagens “anônimas” são sempre suspeitas.

Proponho um desafio: releiam os dois textos já publicados (é só clicar nos links) e depois comentem ao final desta coluna (cliquem em comments). Um fórum é uma das melhores formas de aprender e tirar dúvidas.

Saúde e bons vinhos!

Qual branco abrir?

As respostas mais simples a esta questão seriam na linha de “qualquer um” ou “o que estiver mais gelado”. Nenhuma delas, entretanto, pode ser a melhor escolha na hora de fazer esta, aparente, simples harmonização.

Parafraseando Hamlet, em uma de suas várias traduções e adaptações: “Há mais vinhos entre o Céu e a Terra do que pode imaginar nossa vã filosofia”.

Um dos primeiros mitos que enófilos iniciantes aprendem é a conhecida regrinha de harmonizar alimentos de acordo com a sua cor. Em linhas gerais, cores escuras combinam com vinhos tintos e, vice-versa, cores claras com vinhos brancos.

O problema com esta regrinha é que existem muitos tipos de alimentos e de vinhos e estas combinações nem sempre estarão corretas. Por exemplo, podemos harmonizar peixes com vinhos rosados, laranjas e até com alguns tintos leves. E ainda nem falamos dos diferentes estilos de vinhos: tranquilos, espumantes, doces e generosos…

Vários fatores vão influir nesta escolha, como o teor de gordura do alimento, modo de preparo e o tipo de frutos do mar: peixe de rio, de mar, crustáceos, moluscos, etc.

Quanto ao vinho, a quantidade de variáveis que devem ser levadas em consideração são: castas, safra, amadurecimento, origem, estilo e temperatura de serviço.

Duas castas brancas são quase uma unanimidade quando se pensa neste tipo de combinação, Chardonnay e Sauvignon Blanc. Há uma boa razão para isto: são vinhos com características bem equilibradas, pouco aromáticos, com boa acidez. Casam bem com os molhos mais cítricos e amanteigados. Castas mais aromáticas tendem a se sobrepor ao delicado paladar de um peixe. Vinhos madeirados devem ser evitados, honrosa exceção para os Chardonnay de estilo californiano.

Vinho Verde (Alvarinho, Loureiro), Pinot Grigio, se for um peixe muito delicado, Verdicchio, cortes com Semillon, Viognier ou Chenin podem ser muito interessantes.

Para a origem do vinho, as regiões costeiras e as de grande altitude seriam as melhores opções. A ideia é ter brancos frescos, com boa acidez e corpo mediano. Vinhos de clima frio.

Vinhos jovens são mais indicados. Deixem o maturados para algumas ocasiões muito específicas, por exemplo, peixes defumados ou muito condimentados.

Importante observar o teor alcoólico, busquem os mais baixos, na faixa de 12% ou um pouco mais. Vinhos com muito álcool são mais pesados no paladar desequilibrando a combinação com a leveza dos frutos do mar.

Um último fator a ser observado é a temperatura de serviço: devem estar frios, mas não estupidamente gelados. É preferível manter a garrafa num balde com gelo e água, procurando manter uma temperatura constante.

Algumas combinações curiosas:

Atum fresco: grelhado ou com molho leve vai bem com um Pinot Noir ao estilo do Novo Mundo. Cru, como na culinária oriental, combina com branco levemente adocicado, um Riesling Kabinett ou Spatlese, se o molho for doce;

Bacalhau: tudo vai depender da preparação. Brancos marcantes e com passagem por madeira e tintos leves;

Sardinha, Anchova: tinto portugueses da região do Minho levemente refrescados (Vinhão, Espadeiro, Alvarelhão). Para uma harmonização fora do comum, experimentem um Jerez seco tipo Manzanilla.

Com algumas analogias, podemos usar estas mesmas ideias para harmonizar carnes vermelhas com vinhos tintos.

Saúde e bons vinhos!

CRÉDITOS: Imagem de abertura por Freepik

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