Categoria: O mundo dos vinhos (Page 22 of 82)

Vinhos com altas pontuações valem a pena?

Na recente viagem a Mendoza, foi possível constatar alguns fatos sobre a relação do consumidor brasileiro com o vinho.

Em linhas gerais, a nossa cultura sobre esta bebida ainda é incipiente, salvo em algumas regiões onde o vinho sempre foi parte do dia a dia. São poucos os cursos de formação de Enófilos, os mais comuns formam Sommeliers.

A mídia especializada ainda é pouca, duas publicações são marcantes, as revistas Adega e Gula. Há um bom guia de vinhos sul-americanos, o Descorchados e outro só dos nacionais, publicado pela Adega. O resto são colunistas nos principais jornais, uns bons e outros nem tanto.

Nas redes, há de tudo. É tanta informação ou desinformação que fica difícil separar o joio do trigo.

Um mecanismo bastante popular é se orientar pelas pontuações atribuídas, aos vinhos, por diferentes críticos. Esta peculiaridade ficou bastante evidente na viagem citada. Todas as vinícolas que eram constantemente premiadas estavam com suas agendas lotadas e os visitantes em busca daquele que seria o seu melhor vinho, nem sempre disponível para degustações.

São poucas garrafas e muito caras…

Já as vinícolas de pequeno porte, com vinhos requintadíssimos e difíceis de serem adquiridos nas lojas, estavam vazias, principalmente por serem quase desconhecidas do público em geral.

O marketing dos “100 pontos” é avassalador.

Avaliar um vinho não é tarefa fácil. Um crítico, para ser respeitado, precisa de muito conhecimento, paladar e olfato apuradíssimos, no mesmo nível de um perfumista e ser o mais isento possível.

Convenhamos, esta última qualidade é quase utópica. Robert Parker Jr. foi um que conseguiu deixar isto bem claro: sempre adquiriu as garrafas que iam ser degustadas, nada de aceitar remessas não solicitadas. Talvez tenha sido a chave do seu sucesso.

Ninguém o substituiu, ainda. Parker não era uma unanimidade. Seu estilo predileto de vinhos, era dirigido a um público muito específico, o consumidor norte americano. Gostava de vinhos intensos, encorpados e madeirados. Apelidaram, maldosamente, de “fruit bomb” (bomba frutada, em tradução livre).

Embora não tenha sido o inventor da escala de 100 pontos, foi quem a tonou popular. Existem outras, numéricas ou não, mas nenhuma representa melhor o ideal de um consumidor: 100 pontos é um senhor vinho!

Curiosamente, alguns aplicativos sobre vinhos, como o conhecido Vivino, estão, lentamente, mudando este quadro ao adotarem uma escala de 5 (cinco) pontos. Honestamente é mais simples e não é difícil fazer uma correlação entre as duas: 5 pts = 100 pts.

(Em passant, sempre lembro da apuração do desfile de escolas de samba aqui no Rio. De acordo com a regra vigente, a menor nota é 9 (nove) e a maior 10 (dez), valendo os décimos. Será que alguém já fez a correlação 9=0?)

Para compreender o que significa uma pontuação, não importando qual escala foi empregada, precisamos observar alguns fatores, o mais importante, é quem atribuiu a nota e qual o seu grau de comprometimento com o mercado de vinhos. Fica subentendido que os críticos locais são os que tem a maior chance de harmonizar com o nosso paladar.

Um segundo ponto, bastante interessante, mas quase sempre pouco divulgado, é como se subdivide uma escala e quais os parâmetros que são usados na hora de analisar.

Tomamos como exemplo a escala de 100 pontos.

Um crítico tem que analisar os seguintes aspectos:

– Cor, 15 pontos;

– Aroma, 25 pontos;

– Estrutura, 25 pontos;

– Qualidade como um todo, valendo 35 pontos (este item é muito subjetivo e o que agrega a maior pontuação).

Há também (como nas Escolas de Samba) limites para os menores valores, embora existam 100 pontos disponíveis:

– As melhores notas se situam entre 90 e 100 pontos;

– As notas médias estão entre 80 e 89 pontos;

– As notas aceitáveis ficam entre 70 e 79.

Fora deste escopo, notas não são mais atribuídas e nem os vinhos são recomendados.

Aqui vai o truque que ninguém explica: as diferenças são mínimas dentro destas faixas. Para o consumidor final, mesmo sendo alguém muito tarimbado, um vinho de 90 pontos é muito perto de outro com 100 pontos.

Tanto é verdade que se tornou comum classificar pela faixa de notas do que pela pontuação exata. Exemplo, “este é um vinho de mais de 90 pontos”.

Se a escala for outra, basta fazer uma correlação. Não importa se são os “bicchieri” (taças) do Gambero Rosso, as estrelinhas do Hugh Johnson ou outra simbologia, há muita qualidade nos vinhos que, por algum motivo, não obtiveram nota máxima.

Pensem nisto na próxima compra.

Saúde e bons vinhos!

CRÉDITOS:

Imagem de Freepik

Usar gelo na taça vinho é aceitável?

Uma resposta adequada seria: “não se deve fazer isto”.

Mas o que fazer quando já existem vinhos próprios para serem resfriados com pedras de gelo, um modismo que, dizem, é coisa das novas gerações.

Na ponta do lápis, colocar gelo na sua taça é um gesto de total desrespeito ao produtor do vinho, que esperou, pacientemente, as uvas do seu parreiral amadurecerem.

Depois as colheu, selecionou, fermentou, macerou, filtrou, esperou o vinho maturar no ponto certo, engarrafou, vendeu; e você, desavisado, jogou um cubinho na taça, mudando completamente aromas e sabores. Pense nisto antes de repetir esta proeza, principalmente se for um vinho de qualidade.

Se, ainda assim, você insiste em transformar uma taça de vinho num reles coquetel, acrescentado mais coisas como gominhos disto ou daquilo, folhinhas diversas e até fatias de pepino, lamento, mas pediu a bebida errada.

Honestamente, uma Sangria não seria uma escolha perfeita? (ótimas receitas neste link: Sangria e Clericot)

Curiosamente, existem algumas razões para se colocar uma ou mais pedrinhas de gelo na nossa taça:

– Quando o vinho é ruim. Neste caso, a diluição pode ajudar a deixá-lo mais palatável. A temperatura mais baixa inibe as nossas papilas gustativas, fazendo com que taninos mais agressivos sejam menos percebidos;

– O mesmo raciocínio vale para quando o vinho está muito adocicado;

– No preparo de um Tinto de Verano, uma refrescante mistura de vinho tinto, muito gelo e água gasosa ou soda limonada;

Se de alguma forma for inevitável gelar um vinho desta forma, aqui vão outros conselhos úteis:

– Alguns vinhos brancos (Sauvignon Blanc e Riesling) e os rosados, toleram melhor o gelo;

– Use gelo fresco, feito com água mineral e recém-saído do congelador;

– Um bom truque é utilizar cubos de materiais como aço inox, pedras ou cápsulas plásticas que contenham um líquido refrigerador (etilenoglicol);

– Bagos de uva também podem ser congelados para este fim. Fica bem elegante;

Não podemos esquecer alternativas menos radicais como resfriar a garrafa ou as taças. Neste caso, deixe-as na geladeira por algumas horas antes de usá-las. Podem ser embrulhadas em papel filme, evitando odores desagradáveis.

Podemos, ainda, colocar os cubos de gelo num saquinho plástico para removê-los depois que a temperatura ficar agradável ao seu paladar …

Mas, se vocês estiverem degustando uma Moët Ice Impérial Rosé ou uma Veuve Clicquot’s Rich, o gelo é obrigatório. Foram elaboradas com este objetivo.

Saúde e bons vinhos!

CRÉDITOS

Ice-Cube-Splash” por Andrew 3457 está licenciada sob CC BY 2.0.

Uma casta, um vinho, cinco estilos

Dizia uma antiga professora:

“Quem acertar a resposta ganha um doce da Colombo”!

A casta, em questão, é a uva Palomino e o vinho, o Jerez, um dos grandes produtos da Espanha, adorado e reverenciado em todo o mundo.

Um vinho fortificado, ou seja, em algum momento de sua elaboração, aguardente vínica é acrescentada ao mosto até que a graduação alcoólica, desejada, seja atingida.

Além da Palomino, que produz os vinhos secos, outras duas uvas são utilizadas, a Moscatel e a Pedro Ximenes, para o estilo adocicado.

A ilustração mostra a Palomino, também conhecida como Bianco, no Piemonte, Fransdruif, na África do Sul, Golden Chasselas, na Califórnia, Listan, na França e algumas outras denominações, mundo afora. Embora seja originária da Andaluzia, foi plantada em diversos países.

Mas na Espanha, em Sanlúcar de Barrameda, brilha, a tal ponto, que é mais conhecida como “uva Jerez”, uma identidade que explica tudo.

O grande enigma por trás desta casta e o seu magnifico vinho está na maneira como é elaborado, até os dias atuais. Alguns registros diligentemente guardados em algumas bodegas, demonstram que desde o final do século XVIII, vinhos brancos espanhóis já eram exportados para a Inglaterra. Para que aguentassem a viagem, um processo, idêntico ao que era feito em Portugal, foi adotado: acrescentava-se aguardente.

Nascia o Jerez, Xeréz, Sherry ou Sack, como preferia Shakespeare.

O processo de elaboração é atípico. Após a primeira fermentação, aguarda-se a formação de uma “flor”, uma espécie de véu que vai cobrir todo o mosto em repouso, na barrica parcialmente cheia.

O bodegueiro faz uma prova que vai decidir o destino do vinho: pode acrescentar aguardente, buscando um mínimo de teor alcoólico de 15% e máximo em torno de 17%. Deve decidir, também, sobre o tipo de envelhecimento ou amadurecimento, que pode ser biológico (a flor continua) ou um processo oxidativo (sem a flor).

Interessante notar que são decisões extremamente pessoais. Cada produtor tem suas razões para escolher que rumos seguir. Uma das preocupações atuais, de diversas empresas, é treinar novos “provadores” para continuar a tradição. As novas gerações, aparentemente, não estão interessadas neste assunto.

Aqui estão explicados, de modo suscinto, os cinco tipos:

Fino – 15% álcool. Maturação biológica (flor) e dois anos, no mínimo, em madeira;

Manzanilla – idêntico ao Fino, mas só pode ser elaborado na região de Sanlúcar de Barrameda (D.O.). As notas aromáticas são características;

Amontillado – começa sua vida como um fino e a flor se encarrega de sua maturação até um período, quando, por decisão do produtor, a graduação alcoólica é elevada para 17%, matando o véu de leveduras. Segue-se um processo oxidativo. É um dos preferidos para harmonizar com comida. Existem algumas variações deste tipo, como o Manzanilla Amontillada ou o Amontillado del Puerto;

Oloroso – quando o mosto já demonstra qualidades acima da média, é encabeçado com aguardente até 17% ou um pouco mais, e passa por maturação oxidativa. As barricas são marcadas, primeiro com um traço (ver foto de abertura) e, se a maturação toma o rumo previsto, recebe a letra “o”, sobre ele. Um grande vinho. As barricas usadas são disputadíssimas pelos produtores de Whisky;

Palo Cortado – para muitos, o grande Jerez. Dizem que não pode ser elaborado, simplesmente, acontece. Sua origem é, até hoje, um intrigante mistério. Segundos as regulamentações, ele deve ter as notas aromáticas de um Amontillado e, no palato, ser confundido com um Oloroso.

A explicação mais aceita é que a flor, que ocorre após a primeira fermentação, desaparece de maneira natural, por conta de fatores não compreendidos. A barrica, antes marcada com um traço inclinado (palo) é cortada por outro risco, na perpendicular.

Novamente, a decisão sobre se este vinho é ou não uma raridade é 100% do vinhateiro. São elaboradas, anualmente, cerca de 100.000 garrafas. Os demais tipos chegam a 60 milhões de envases.

Saúde e bons vinhos!

CRÉDITOS:

Fotos obtidas nos seguintes sites:

Bodegas Lustau

Wein plus

Wine Scholar Guild

Confrarias valem a pena?

Pertencer a uma confraria ou mesmo organizá-la é quase uma certeza na vida de um Enófilo de boa cepa. Nada melhor que degustar um belo rótulo na companhia de bons amigos, em ambiente agradável e com alguns petiscos para harmonizar.

Uma confraria é tudo isto e muito mais, basta ter um pouco de imaginação e uma atitude positiva para, com a força de um grupo, descobrir novos e interessantes caminhos.

Organizar uma confraria é muito simples, basta reunir um grupo, escolher o local e as garrafas e deixar acontecer. Difícil é mantê-la viva, criando desafios a cada encontro, de tal forma que todos fiquem na expectativa do como será o próximo.

Alguns truques são quase óbvios, por exemplo, fazer eventos temáticos abrangendo vinhos e alimentos. Outro caminho é convidar algum especialista para dar uma aulinha sobre o que vão provar. Pode ser um Sommelier conhecido, o simpático vendedor da loja onde compram ou o professor de um curso sobre vinhos.

A escolha do local do encontro também é chave para o sucesso. Uma sugestão, bem aceita, é fazer um rodízio entre os confrades: a cada encontro, um se encarregará de escolher o local e o que será servido. Claro, notas serão atribuídas para cada encontro e um “vencedor” será declarado.

Uma boa confraria pode (e deve) ir além das reuniões periódicas. Um dos pontos fortes é usar a força de um grupo para obter algumas vantagens. Aqui estão algumas delas:

Comprar vinhos em caixas – sempre há descontos para caixas fechadas, seja diretamente na vinícola ou em lojas especializadas. Há, também, a possibilidade de se obter frete grátis, em algumas situações. A compra não precisa ser de um único tipo de vinho, caixas mistas são comuns;

Passeios e viagens – grupos são sempre bem-vindos e, na maioria das vezes, há bons descontos nos ingressos e degustações. Outra grande economia se faz no transporte; alugar uma van é mais interessante do que diversos carros. Dependendo da negociação, os preços de passagens e hospedagem podem ser mais interessantes para um grupo do que individualmente;

Aluguel de espaços para eventos – embora não seja exatamente uma vantagem, dividir o custo por todo o grupo pode viabilizar muita coisa, por exemplo, um curso, uma degustação voltada para algum produtor específico, outros temas como azeites, gastronomia etc.

Alguns subprodutos interessantes:

– Possibilidade de uma vinificação dedicada à confraria, com rótulo personalizado;

– O mesmo raciocínio se aplica para taças e outros acessórios, como decantadores, saca rolhas, bolsas para transporte de vinhos e muito mais.

A pegadinha fica por conta do trabalho para organizar isto tudo, ou seja, não é mais só degustar bons vinhos…

Dois fatores são fundamentais para o sucesso de qualquer confraria, não importando, muito, o tamanho dela:

– Um bom nome;

– Alguém que assuma as rédeas, pelo menos, no início.

Saúde e bons vinhos!

 CRÉDITOS:

Imagem de Freepik

Há controvérsias 3:
Carvalho francês, americano, outras madeiras

Todos sabem que existem vinhos que passam por madeira, a mais conhecida é o carvalho, e que existem vinhos que sem madeira. São dois produtos bem diferentes em termos de aromas e sabores, bem como na maneira de harmonizar com alimentos. Cada um tem o seu nicho.

Então, onde está a controvérsia?

O melhor seria colocar no plural, “controvérsias”.

Eis algumas delas:

– Carvalho francês, americano ou do leste europeu?

– Barricas, cavacos, aduelas ou adição de extratos?

– Por que só carvalho, e as outras madeiras? Quais?

Não pretendemos esgotar o assunto, apenas enfatizar os aspectos que consideramos mais relevantes e que vão contribuir para se obter vinhos de melhor qualidade.

O debate sobre com ou sem madeira já está decidido. Cada um tem um objetivo e público específico.

Mais interessante é discutir sobre qual tipo de carvalho traz a melhor contribuição para o vinho. Tradicionalmente, duas espécies são as favoritas.

A primeira é o carvalho francês (Quercus robur, petraea ou sessilis) das florestas de Allier, Limousin, Nevers, Tronçais e Vosges. O mais famoso é o de Tronçais. A principal característica são os aromas de feno e notas vegetais.

A segunda é o carvalho americano (Quercus alba), que tem uma textura diferente da dos franceses e sua principal característica é agregar aromas de baunilha, manteiga e notas adocicadas.

Ambos transmitem taninos e coloração adicional ao vinho armazenado em seus tonéis.

Com o fim dos regimes totalitários do leste europeu, foi possível obter madeira de carvalho de mais uma origem, as florestas da Eslavônia, na Croácia. A madeira é mais granulosa permitindo uma ótima micro-oxigenação. Também é menos tânico e passa aromas e sabores bem equilibrados para o vinho.

Qual usar?

Para nossa alegria, os produtores preferem usar as 3 espécies, mesclando as influências a seu gosto. Há quem só use um tipo ou outro, há quem misture madeiras numa mesma barrica e há que amadureça vinhos em diferentes madeiras de carvalho para misturá-los (corte) posteriormente.

Nem só de barricas vive o vinhateiro. Existem outros recursos, alguns bem fora da curva. Para algumas vinícolas, o preço de um conjunto de barricas é proibitivo. Soluções engenhosas foram encontradas e bem utilizadas, apesar das “controvérsias”.

Usar cavacos de madeira ou aduelas inteiras, imersas no tanque de inox é uma solução muito utilizada por produtores australianos e neozelandeses. O resultado é excelente e muito difícil de ser identificado por degustadores experimentados.

Já os críticos preferem fazer coro afirmando que “não seguem as tradições”. Imaginem o que pensam sobre alguns produtores, pouco ortodoxos, que preferem “temperar” seus vinhos com “extratos de carvalho”, como se fosse um perfume…

Haja controvérsia, com razão.

Por fim, a maior e eterna discussão é a hegemonia dos carvalhos. O que acontece com outras madeiras?

Faltam conhecimento adequado, recursos para investir em pesquisa, matéria-prima em algumas regiões – uma árvore de carvalho pode demorar 150 anos para chegar no momento do corte – e falta vontade para mexer num time que dá certo há séculos.

Curiosamente, algumas outras madeiras já foram usadas ou ainda são empregadas para funções menores. Por exemplo, tonéis de castanheira, uma madeira de baixo custo, ainda são usados para armazenar ou transportar grandes volumes de vinho. Algumas de suas características protegem o precioso líquido em seu interior.

Acácia e cerejeira têm sido usadas, em menor escala, aproveitando características bem específicas como adicionar cor ou permitir um amadurecimento mais rápido. Vinhos brancos são os grandes beneficiados.

No Brasil, tanto a EPAMIG como alguns produtores arrojados têm usado madeiras tipicamente nacionais para obter vinhos de qualidade: jequitibá rosa, grápia, ipê-amarelo e castanha-do-pará. Os resultados são promissores.

Dois vinhos já se destacam no nosso mercado, o Sauvignon Blanc Barrica Brasileira da Vinhética e o Juju, da vinícola Arte Viva, um rosé elaborado com Marselan, Chardonnay e Riesling. Antes do blend, o tinto estagia em barricas de jequitibá rosa e os brancos em carvalho francês.

Não temos carvalho como na Europa ou na América do Norte, mas temos as maiores florestas do mundo e uma variedade quase inesgotável de madeiras para testarmos.

Os pesquisadores da EPAMIG se basearam nas madeiras utilizadas na produção da nossa cachaça, para iniciar suas pesquisas e estão no caminho certo.

Interessante sinergia…

Um dia chegamos lá.

Saúde e bons vinhos!

CRÉDITOS:

Imagem de Leo Hau por Pixabay

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