Categoria: O mundo dos vinhos (Page 24 of 72)

Com tantas opções, qual vinho comprar?

As escolhas podem começar com uma simples decisão sobre a cor do vinho: tinto, branco, rosado ou laranja. Talvez a decisão tenha que recair sobre o tipo de vinho: tranquilo, espumante, generoso. Podemos acrescentar, seco, meio seco e doce. No caso dos espumantes, Brut, Demi-sec etc.

Pensam que parou por aí?

Nada disto. Temos um grupo de enófilos que decide pelo tipo de uva ou uvas, já escolhendo entre um corte ou um varietal. Não podemos nos esquecer das regiões produtoras e das vinícolas.

Não terminou, ainda…

Para fechar o quadro, temos os métodos de vinificação que vão do clássico aos naturais, orgânicos, biodinâmicos e veganos. Só para dar mais uma enfeitada, podemos escolher os tipos de leveduras, as técnicas de maceração, o uso de barricas e muito mais.

Honestamente, conhecemos enófilos que chegam a mínimos detalhes sobre o vinho que vão degustar. São perfeccionistas e, talvez, o seu grande prazer seja escolher o vinho. Tudo bem, faz parte do jogo.

Para os apreciadores comuns, existe um arsenal de informações que, se bem usadas, vão resolver o problema da escolha perfeitamente. Temos à nossa disposição livros e revistas especializadas, a avaliação dos críticos de vinhos, resultados de concursos e aplicativos para o celular ou computador.

O fator mais importante para podermos lidar com toda esta informação é conhecer bem o nosso paladar. Um pouco de observação e experimentação vai nos ensinar que o nosso gosto não é estável: ele muda ao longo da vida. Tão pouco é uniforme, no sentido que um determinado sabor que nos é importante, pode não agradar a outras pessoas. Simplificando: cada indivíduo tem um paladar único.

Para navegarmos em águas tranquilas, precisamos estar seguros do que nos agrada. Quanto mais vinhos experimentarmos, maior o nosso leque de opções. Para não esquecermos delas, devemos anotar tudo que passou no nosso crivo. Nestes tempos modernos, fotografamos os rótulos dos vinhos que nos emocionaram, ou usamos aplicativos como o Vivino ou o Cellar Tracker.

Imaginemos uma situação bem rotineira: entramos em uma loja de vinho e encontramos uma garrafa com um selo de pontuação bem elevado, segundo um renomado crítico de vinhos. É um vinho que ainda não provamos.

Podemos comprar com a certeza que vai nos agradar?

Isso é o mesmo que perguntar se o nosso paladar tem similaridades com o do expert que o avaliou. Pode não ter…

Uma das opções para resolver este dilema é conversar com o Sommelier da loja. Devemos expor nossas preferências para ele: “prefiro um vinho maduro, pouco tânico, para consumo imediato.” Ou então, “prefiro os vinhos italianos da Toscana.”

Toda informação que pudermos passar será útil, inclusive se pretendemos fazer algum tipo de harmonização e, muito importante, qual o nosso orçamento de compra.

Para fazermos um voo solo temos que estar mais preparados e saber como são elaborados os guias de vinho, as normas que regem alguns concursos e como os críticos trabalham.

Os mais sérios procuram ser os mais imparciais: compram os vinhos que vão provar em lugar de pedir amostras dos produtores. Esta foi a característica que tornou Robert Parker Jr. famoso. A publicação que ele fundou, “Wine Advocate” ainda é considerada como a referência quando o assunto é criticar vinhos. Parker já não está mais à frente da revista, aposentou-se. Talvez a sua maior contribuição tenha sido popularizar o sistema de 100 pontos.

Quase que corroborando o assunto do paladar, há quem não goste dos vinhos “Parker”. Dizem que o seu gosto é voltado para o consumidor norte-americano.

Concursos e guias são fontes de informações bem interessantes, também. Há uma infinidade deles e cada um tem suas regras. Há concursos em que o produtor paga para participar. Há guias que só avaliam o que for enviado, graciosamente.

Não existe, portanto, um caráter universal nestas formas de pontuar vinhos. São fotografias de um momento específico, de uma região ou de uma safra. Uma característica da maioria dos concursos, inclusive presente nos mais famosos, é a presença de novos produtores. Os rótulos já consagrados raramente aparecem. Há uma lógica: estes resultados, quando amplamente divulgados, são a melhor vitrine para quem precisa ser conhecido.

Para os enófilos mais ousados é uma ótima oportunidade de conhecer e experimentar novos aromas e sabores e, quem sabe, redefinir o paladar.

Nada impede que passemos o resto da vida degustando os mesmos vinhos de sempre. A cada safra haverá pequenas diferenças para nos surpreender, ou não. Mas a verdadeira experiência de viver o mundo dos vinhos não pode ser limitada. Temos que nos aculturar da melhor forma possível e passar a apreciar não só aromas e sabores, mas toda uma história que existe por trás de cada rótulo. Tudo fica muito melhor.

Para ajudar os nossos leitores, elaboramos uma pequena lista onde podemos obter preciosas informações sobre nossos vinhos:

Revistas: Adega; Gula; Wine Spectator e Decanter;

Guias: Descorchados (América do Sul); Peñin (Espanha); Gambero Rosso (Itália);

Livros: Guia de bolso de Hugh Johnson; Anuário de vinhos do Brasil;

Na lateral direita da nossa página (O Boletim do Vinho) há uma série de links para sites sobre vinhos.

Saúde e bons vinhos!

Foto de Czapp Árpád no Pexels

Sobras de vinho – de volta ao básico

Uma das situações mais comuns entre enófilos, seja depois de uma reunião ou mesmo degustando em voo solo, é sobrar vinho numa garrafa aberta. No nosso país, onde a cultura do vinho ainda engatinha, as ofertas de meias garrafas é parca e nem sempre de bons vinhos.

Para felicidade geral da nação, existem algumas formas bem interessantes e práticas para lidar com este probleminha. Algumas são simples e óbvias, outras, sofisticadas e caras. Existem, ainda, as soluções “fora da caixa”. Vamos abordar algumas delas.

A coisa mais simples que se pode fazer é recolocar a rolha original, se ela estiver em bom estado. Atenção para um pequeno e importante detalhe: não invertam a rolha, mesmo que seja mais fácil de inserir. Recoloque na mesma posição que estava antes de ser aberta. Isto vai evitar uma série de outros problemas, inclusive contaminações indesejadas.

Uma ótima alternativa são as rolhas de silicone. Boas, baratas e fáceis de encontrar. Um bom enófilo tem, pelo menos, um par delas em sua caixa de acessórios.

O grande inimigo da sobra de vinho é o oxigênio que está no ar que respiramos. Diminuir a área de contato é outro caminho, preferido por um grande grupo de entusiastas. O mais conhecido acessório para este fim é o “Vacu Vin”, uma bombinha de vácuo acompanhada de rolhas que funcionam em conjunto. Há vários modelos similares, igualmente bons.

Com relação à durabilidade do vinho devemos levar em conta algumas variáveis. Uma regra segura são dois dias, se guardado em local fresco e com pouca luz solar, outro inimigo. Em locais muito quentes, a geladeira é uma boa opção.

Alguns vinhos se prestam mais a isto: os mais encorpados tendem a durar mais que os leves, principalmente os tintos. Espumantes também podem ser rearrolhados, existindo tampões específicos para eles.

Já vinhos envelhecidos e que foram decantados antes de servir nem sempre vão resistir serem novamente “engarrafados”. O melhor, neste caso, é fazer um esforço e consumir tudo. Há poucas alternativas nesta situação. Uma, óbvia, seria não decantar toda a garrafa, somente o que seria degustado.

Seguindo nesta linha, há uma solução pouco usada por aqui, talvez por ser meio assustadora: congelar a sobra do vinho. Novamente, alguns cuidados são necessários. O primeiro é verter o que não foi consumido em recipientes menores, de plástico, que possam ir ao refrigerador. Garrafinhas de água mineral, devidamente limpas e sanitizadas são perfeitas. Não encham até o topo. Para consumir, procedam como qualquer outro produto congelado.

A solução sofisticada e cara é o famoso Coravin. Um aparelho que retira a quantidade necessária de vinho sem sacar a rolha. Em seguida, injeta um gás inerte, o Argônio, para não dar chance ao oxigênio. A eficácia está mais que comprovada, mas é para poucos, seu preço é abusivo, sem falar nas recargas do gás…

Se nada disso for satisfatório, existem algumas soluções criativas. Obviamente, vamos utilizar o vinho que sobrou para fazer outras preparações. A primeira opção é na cozinha, onde pode ser usado para fazer desde marinadas, (vinha d’alhos vem disso), até sofisticados pratos como um Coq au Vin, ou um Beef Bourguignon e outros molhos. A pegadinha fica por conta do próximo conselho, que veio de um renomado Chef: “vinho bom para cozinhar tem que ser bom para beber”. Logo, não esperem muito tempo para vestir o avental e pilotar o fogão.

A última sugestão é para a turma que gosta do “faça você mesmo”: Que tal elaborar o seu próprio vinagre gourmet?

Sobras de vinho são a matéria prima ideal. Tudo que será necessário são um pote de vidro ou cerâmica, um pano fino que possa cobrir o pote e, o mais difícil, a “madre” ou cultura para vinagre, que pode ser comprada em sites como o Mercado Livre ou preparada em casa.

Uma pesquisa na Internet vai fornecer uma série de sites e vídeos com todas as técnicas e truques necessários. Este link, a seguir, mostra um deles:

Faça seu vinagre

Para dar um toque de sofisticação, podemos envelhecer uma parte de nossa produção em um barrilete de carvalho para tentar obter um saboroso vinagre balsâmico.

A Tanoaria Mesacaza tem uma boa seleção de pequenos barris que servirão perfeitamente para esta aventura.

Saúde e bons vinhos!

(você pode envelhecer uma boa pinga também, mas em outra barriquinha, OK?)

Abertura: Foto de Grape Things no Pexels

Qual é a sua taça?

Tão importantes quanto o vinho, as taças são indispensáveis para o sucesso de uma boa degustação. Tradicionalmente três tipos são usados: espumantes, tintos e brancos

As taças utilizadas para os vinhos espumantes são as que passaram por maiores transformações. As mais tradicionais eram as do tipo Coupe (foto), hoje mais usadas para servir outros coquetéis. Há inclusive uma lenda que este formato original teria sido moldado nos seios de Madame Pompadour ou de Marie Antoinette…

Hoje as taças mais usadas são as “Flutes”. Lentamente estão mudando para as “Tulipes” e já houve quem propusesse aberrações como a da foto a seguir, estilo “betoneira”.

Este pequeno universo não para por aí. Um dos maiores fabricantes de taças de cristal tem como seu principal apelo de vendas a ideia de elaborar um formato para cada tipo de vinho produzido. Quem já assistiu uma de suas apresentações sai convencido. Mas, convenhamos: é preciso muito espaço para guardar tudo isto, sem falar no investimento.

A função da taça é meio óbvia: prover um meio, confortável, de se degustar o vinho. Com a evolução da qualidade nas diversas formas de vinificação, tornou-se muito importante que a transparência seja absoluta, o cristal deve ser o mais plano possível para não introduzir deformações no momento de avaliar a coloração e o “bojo” tenha a capacidade de reter os importantes aromas. No caso dos espumantes, a discussão toda recai sobre o “perlage” e sua permanência.

Para as degustações técnicas, geralmente feita por enólogos, críticos e jornalistas avaliadores de vinhos, foi desenvolvida uma prática taça padronizada, conhecida como ISO.

A partir desta ideia, surgiu a “Taça Universal”, que serve para qualquer tipo de vinho, inclusive generosos como Porto, Xerez e de colheita tardia. Seu tamanho fica entre o das taças tradicionais para vinhos tintos e brancos.

Cada fabricante vai dar o seu toque no design final. As fotos que escolhemos são da Zalto, austríaca, considerada como uma das melhores. Seu formato de linhas quase retas é muito elegante.

Agora é só vocês escolherem suas taças.

Saúde e bons vinhos!

Créditos:

Foto de abertura por Nick Fewings no Unsplash

Taças Zalto: https://www.zalto.co.uk/

Taça ISO: https://alwaysfinaltouch.com/products/wgt406

Defeitos dos vinhos- de volta ao básico

O rito é universal: ao se abrir uma garrafa de vinho, primeiro “cheiramos” a rolha. Depois, uma pequena quantidade é servida para quem abriu ou pediu a garrafa – é a prova. Examinamos a cor, sentimos os aromas e um gole é degustado. Se tudo estiver correto, o vinho poderá ser servido.

Afinal, o que estamos procurando, exatamente, com estas etapas? Alguém já pensou nisto?

A resposta é simples: procuramos defeitos no vinho.

Para encontrá-los, não basta seguir os passos e fazer cara feia, algum conhecimento é necessário. Vamos ajudar.

Tudo começa na rolha. Reparem que no parágrafo inicial deste texto, coloquei, entre aspas, o ato de cheirar a rolha. Sendo 100% honesto, o termo correto seria examinar e não só cheirar o pedaço de cortiça que fecha as boas garrafas. Muita informação pode vir deste gesto.

As rolhas de cortiça devem estar firmes. Se estiverem quebradiças e esfarelando já denunciam um vinho mal estocado e que pode estar com outros problemas.

Num exame visual mais detalhado, procuramos por manchas de mofo e descolorações suspeitas. Se encontrarmos, novo sinal de alerta. O último teste são os aromas, neste caso, procurando pelos que não deveriam estar ali. Para isto, deveríamos cheirar a lateral da rolha e não o seu topo. Pouca gente faz isto corretamente…

Qualquer dos problemas mencionados acima vai ter uma influência direta no vinho. Uma rolha ressecada pode permitir uma indesejável oxidação ou mesmo avinagrar o conteúdo da garrafa. O defeito mais comum é o vinho “Bouchonné”, termo francês que sugere um cheiro e sabor de rolha.

Muito fácil de identificar: é aquela sensação de papelão molhado ou de cachorro molhado, como preferem alguns críticos. A causa é a presença de um composto denominado Tricloroanisol (TCA), decorrente de problemas com fungos.

Outra falha facilmente percebida é o vinho avinagrado. Estes indicadores nem precisam ser comentados. Vinagre é uma palavra portuguesa vinda da expressão francesa “vin aigre” ou vinho azedo. Acontece quando estão presentes determinadas bactérias que podem ser oriundas da baixa higiene das áreas de produção e/ou pelo uso de rolhas de má qualidade que não cumprem o seu papel de vedar adequadamente.

Rolhas defeituosas são responsáveis por outro defeito bem comum, a oxidação. Neste caso, a falta de estanqueidade permite uma indesejável entrada de ar. Tudo vai cheirar a coisa velha e a confirmação virá na hora da prova: o vinho perde sua coloração típica, ficando sem brilho, um pouco turvo e com uma cor de tijolo. É um vinho morto.

Encontrando qualquer destes problemas, descarte a garrafa. Não vai servir para mais nada.

A prova na taça, se bem feita, permitirá identificar outros defeitos. Aquele famoso ritual de examinar a cor, o aroma e o sabor, passa a ter novo significado.

Um dos cheiros mais estranhos é o de “ovos podres” o que significa a presença de mercaptanos, compostos à base de enxofre (sulfitos), usados na conservação do vinho. Erros de dosagem ou pouca higiene na elaboração são alguns dos gatilhos de detonam este desagradável efeito.

Há quem advogue que um vinho assim ainda poderá ser recuperado usando uma longa decantação (24 horas ou mais), mergulhando algumas moedas de cobre, limpas e esterilizadas, no recipiente. Não é sem riscos, principalmente de oxidação.

Vinhos que ficaram guardados por muito tempo e que não foram elaborados com este propósito, podem desenvolver o conhecido “aroma de estrebaria”, muito desagradável. A responsável por isso é uma levedura natural, a Brettanomyces. Ela é “selvagem” e facilmente encontrada nos vinhedos. Se bem domada, o que não é fácil, pode produzir resultados interessantes ou o indesejável odor. Uma boa higiene na cantina e leveduras específicas para cada tipo de vinificação resolvem o problema.

A nossa lista de defeitos não estaria completa sem citar mais alguns que são raros, mas podem surgir a qualquer momento:

– Gosto de cloro ou de água de piscina: Decorre de excesso de alcalinidade no vinho. Mal elaborado. Descarte!

– Aromas de remédios e outros fármacos significa que as uvas já estavam atacadas pela “botrytis cinérea” ou podridão nobre. Pode indicar, também, que o vinho foi adulterado. Candidato a ser jogado fora.

– Aromas metálicos indicam que o vinho passou por materiais impróprios para sua elaboração, como ferro, chumbo etc. Lixo!

– Vinho sem aroma ou sabor. Este é um defeito muito curioso, comum em vinhos ainda jovens que teriam sido comercializados antes do tempo de repouso necessário, logo depois de vinificados. É como se estivessem em choque. Neste caso, deixem num decantador por um par de dias e provem novamente.

Saúde e bons vinhos!

Foto de abertura criada por Luis Molinero no Freepik

Presente para o Dia das Mães? Vinho Rosé!

Pode ser um espumante ou um vinho tranquilo. Quanto a coloração, rosado, numa das milhares de tonalidades possíveis, desde os mais clarinhos até os mais escuros.

Existe a turma que torce o nariz e acha que isso não é vinho e tratam, logo, de depreciar afirmando que são inocentes misturas de sobras da vinificação de tintos e brancos. Estão redondamente enganados.

Os mais famosos são os elaborados na região da Provence, França. Um Rosé de Provence dispensa comentários. As castas tintas Cinsault, Grenache e Syrah são as mais utilizadas na elaboração.

No nosso país, muitos vão lembrar do famoso Mateus Rose, português, ou do Rosé d’Anjou, francês, que ajudaram a embalar alguns encontros românticos, num tempo que os nossos filhos classificariam de “Jurássico”. Os dois rótulos ainda podem ser encontrados nas prateleiras das lojas…

Os rosados andaram sumidos, saíram de moda, simplesmente. Um belo dia reapareceram, com novas opções, e caíram no gosto, novamente, principalmente do público feminino.

A cor é o grande chamariz. Num país como o nosso, de clima tropical e quase sempre com lindos dias, assistir um pôr do sol com uma taça de Rosé é a combinação perfeita.

Ao contrário do que se possa imaginar, elaborar um bom rosado não é uma tarefa simples. Existem cinco métodos que podem ser empregados. Além das castas citadas, outras uvas clássicas são vinificadas em rosa como a  Cabernet Sauvignon, Tempranillo, Merlot, Malbec e muitas mais.

O segredo é o tempo de contato das cascas com o mosto que será fermentado. Controlar este tempo, associado com o tipo de uva, terá como resultado uma coloração mais ou menos intensa com sabores e aromas equivalentes.

Os detratores deste tipo de vinho entendem que nada mais é do que um corte entre tintos e brancos. Infelizmente existem produtores que preferem elaborar assim. O resultado é ruim, refletindo a má qualidade da matéria prima, do processo e do produtor. São vinhos grosseiros.

O método mais tradicional é Maceração Curta: são os mesmos passos para a elaboração de um vinho tinto. Num determinado momento, as cascas serão removidas e o processo segue como se fosse um vinho branco.

A Prensagem Direta é outra técnica bastante empregada. Neste caso as uvas tintas são esmagadas, delicadamente, fazendo com que o mosto já saia com alguma cor. Para refrescar a memória, na vinificação em tinto as uvas não precisam ser esmagadas. Para os brancos, sim.

O processo mais complexo para a elaboração de um Rosé é chamado de Cofermentação. Apenas nesta opção, uvas tintas e brancas são misturadas e fermentadas de uma só vez. Os resultados podem ser interessantes, mas o controle deste processo é extremamente difícil. Uma pequena desatenção pode estragar tudo.

Outra solução bastante utilizada, principalmente por produtores de grandes volumes, é a Sangria. Durante a fermentação de um tinto, uma parte do mosto é separada (sangramento) e vinificada como se fosse um branco. O resto do mosto segue como tinto.

O presente do Dia das Mães não estaria completo sem um bom almoço ou jantar. O que harmonizar com o Rosé?

São vinhos muito versáteis, cobrindo uma boa variedade de opção de pratos que vão desde os peixes e frutos do mar, saladas, massas e até carnes leves como aves, suínos, ovino e caprinos.

Uma das clássicas combinações são as Quiches com salada, perfeita para o nosso Outono.

Saúde e bons vinhos!

Imagens:

Rose Wine Selection 1” de NwongPR – sob  CC BY-ND 2.0.

Pôr do Sol – obtida no Pixabay

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