Categoria: O mundo dos vinhos (Page 31 of 72)

Novidades, novidades…

“E pour si muove!”, afirmava Galileu sobre o movimento heliocêntrico da terra. O mundo dos vinhos também está em eterno movimento, sempre surpreendendo os Enófilos mais atentos. A primeira novidade chega a ser um paradoxo: um vinho do Porto da safra de 1896.

A respeitada Taylor’s, seguindo a tradição do raríssimo Porto Scion de 1855 e do Single Harvest (colheita única) de 1863, o último produzido antes da devastação nos vinhedos provocada pela Filoxera, lança este Single Harvest de 1896, uma safra magnífica, já do período de renovação dos vinhedos devastados. Serão 1.700 garrafas, apenas.

A comercialização será feita em luxuosa caixa de madeira de cerejeira que acomodará um decantador de cristal, soprado à mão. Cada peça é única. Acompanha um certificado assinado pelo CEO da Taylor’s, Adrian Bridge.

Preço estimado: € 5.000 (cinco mil Euros)

Porto-Tonic ou simplesmente Portonic, em lata, é o outro lançamento da Taylor’s. Um drink, polêmico, que deve ser preparado com Porto Branco seco, o da Taylor’s é ótimo, e água tônica. Foi pensado para ser uma alternativa ao Gin Tonic, mas nem todo mundo gostou da inovação.

Sou um dos apreciadores desta singular mistura. Mas, sempre que a preparo, tenho que escutar alguma chacota desabonadora. É leve, saborosa, refrescante e com baixo teor alcoólico. Esta nova latinha tem tudo para dar certo.

A propósito: existe uma Caipi-Porto, coquetel que leva Porto Branco seco, limão, gelo e açúcar (opcional). Quem sabe não aparece uma versão em lata também?

Vinhos coloridos propositadamente estão se tornando uma tendência mais que uma novidade. Conheçam o australiano Purple Reign, o primeiro vinho de cor púrpura do mundo.

Elaborado pela vinícola Masstengo, é um corte das castas Semillon e Sauvignon Blanc que recebe um aditivo de origem botânica, uma alternativa ao uso de sulfitos, conferindo essa vibrante coloração ao vinho.

Notas de prova destacam boa mineralidade, acidez equilibrada e discreto paladar vegetal. Um vinho refrescante para ser bebido ainda jovem. 12% de teor alcoólico.

Quem começou esta moda foi um vinho espanhol, o Gik, que escolheu a cor azul como seu cartão de visitas. Foi muito criticado e recebeu algumas proibições, em determinados países, que o impediam de ser comercializado como um “vinho”.

Não surtiu o efeito desejado pelos burocratas. A foto a seguir dispensa comentários.

Saúde e bons vinhos, coloridos ou não!

Fotos obtidas nos sites das vinícolas e em “Under the Moonlight

Vale a pena comprar um vinho premiado?

Numa das boas confrarias das quais participei houve uma cisão por conta da grande diferença de qualidade entre os vinhos levados pelos confrades. Dois grupos se formaram: aqueles que só se interessavam por vinhos com pedigree e os que compravam vinhos no esquema do custo x benefício.

O assunto esquentava quando alguém preferia um vinho muito barato, comprado na oferta do mercado da esquina, em vez de um consagrado e muito premiado rótulo cheio de medalhinhas. Nunca houve consenso entre os confrades resultando na divisão, definitiva, em duas outras confrarias.

Muito mais do que egos feridos, a análise deste problema envolve uma generalização que, em condições normais, não poderia deixar dúvidas: vinhos premiados deveriam ser melhores que os demais. Mas nem sempre isso é verdadeiro, nos levando a acreditar numa segunda forma de universalizar esses fatos, onde vinhos baratos podem ser melhores do que vinhos caros. Tampouco é verdadeiro.

Um dos grandes prazeres de um enófilo é dedicar algum tempo e dinheiro para garimpar vinhos. Pode ser numa boa loja em sua cidade, numa viagem e, atualmente, numa navegada pelos sites de vendas on-line. Apesar das ajudas indiretas dos mecanismos de pesquisas e de uma infinidade de aplicativos de análise de vinhos, se a escolha recair entre duas garrafas, uma com prêmios e a outra não, temos uma forte inclinação em ficar com a primeira.

Concursos são uma poderosa ferramenta de marketing. Por outro lado, existem diversos tipos de concursos, cada um com um foco, com juízes mais ou menos ecléticos, que podem distribuir prêmios a quase todos os produtos que participam ou apenas para uns poucos, considerados como melhores. Não é uma tarefa fácil, para o consumidor final, filtrar todas as informações pertinentes e separar o joio do trigo.

Alguns resultados desses concursos já entraram para o mundo das lendas, principalmente aqueles que envolveram marcas consagradas, que ninguém discute se é um bom vinho ou não: juízes de uma destas avaliações depreciaram uma determinada safra enquanto outro grupo a colocou nas alturas. Cada cabeça uma sentença.

Aqui vai o primeiro conselho: o prêmio vale apenas para aquele concurso. Generalizar é muito arriscado. A decisão foi feita com base em uma análise técnica, com regras bem determinadas. Mas é uma prova comparativa entre todos os vinhos inscritos. O prêmio de melhor significa, apenas, que ele foi um produto superior naquela oportunidade. Para decidir se vale a pena investir os nossos recursos num rótulo desses, precisamos conhecer quem foram os avaliadores e quais eram os outros produtos na mesma categoria.

Pode parecer fantasioso, mas existem vinícolas que organizam concursos regionais quase que só com os seus vinhos e se autoproclamam “os melhores”, esquecendo de citar que se restringem a uma microrregião produtora. Uma antiga anedota, sobre 3 lojas numa mesma rua, demonstra bem esta ideia: a primeira escreveu no seu letreiro, “a melhor do mundo”; Seu vizinho, espertamente, escreveu, “a melhor do universo”; O terceiro concorrente simplesmente colocou em seu anúncio “a melhor da rua” e liquidou a fatura. A analogia é imediata: os concursos são as ruas do mundo dos vinhos.

Outro aspecto importante é a finalidade que se vai dar a um vinho premiado.

Se o objetivo for guardar a garrafa por um tempo em busca de uma evolução que agrade ao nosso paladar, usar estes resultados pode ser um bom ponto de partida. Nas análises feitas nestas degustações comparativas sempre aparecem indicações favoráveis a guarda ou não.

Para os que buscam uma indicação de um bom vinho para o seu consumo habitual, não basta aceitar tacitamente a premiação. Devemos analisar os outros pontos já mencionados, além do preço: um prêmio faz com que o valor suba rapidamente. Como os concursos se repetem anualmente, é interessante manter um pequeno histórico dos produtores que nos interessam. Assim, pode-se ter uma boa fotografia do desempenho de seus produtos, permitindo uma boa compra antes mesmo da premiação.

Por fim, se a ideia for apenas estabelecer um status ou impressionar os amigos, você nem deveria estar lendo esta coluna agora. Corra na loja e compre os rótulos com mais medalhas.

Saúde e bons vinhos!

Créditos: Foto por Tatiana Rodriguez em Unsplash

06/04 foi do dia do Carbonara!

A pasta a Carbonara é um dos pratos mais conhecidos da deliciosa culinária italiana. Nada mais justo do que dedicar-lhe uma data específica para celebrar essa saborosa combinação de uma massa longa (Spaguetti, Tagliatelle), ovos, carne de porco curtida (Guanciale, Pancetta, Bacon) e queijos como o Pecorino Romano ou o Parmigiano. Como se nada disto fosse bastante, este prato fica ainda melhor quando acompanhado por um bom vinho.

Sua origem é bastante controversa. Há versões que a colocam como tipicamente napolitana, descendente direta de uma antiga receita a “pasta cacio e uova” ou massa com ovos e queijos. Alguns autores culinários citam outra possibilidade partindo do nome “Carbonaro”, que eram os campesinos que queimavam lenha para produzir carvão: seria uma refeição simples e fácil de ser preparada no campo, sobre as brasas.

A versão mais aceita envolve os soldados americanos da 2ª guerra que chegaram a Roma e a ração militar, “K”, que alimentava a tropa.

Uma história tão fantástica que mereceu um curta metragem da não menos famosa fábrica de massas Barilla, junto com uma ação espetacular nesses tempos pandêmicos: doou 1 milhão de pratos de massa para o projeto “Food For Soul”, uma organização sem fins lucrativos fundada pelo chef Massimo Bottura e sua esposa, Lara Gilmore, donos da Osteria Francescana, em Modena, um dos melhores restaurantes do mundo com tripla estrela do Guia Michelin. O projeto deles, que visa alimentar as populações necessitadas, tem uma filial no Rio de Janeiro, o Refeitório Gastromotivo, na Rua da Lapa, 108.

Assistam o vídeo “CareBonara”, um trocadilho com a palavra Care que significa Cuidar, em inglês. Descubram se a massa mais famosa da Itália é ou não uma fusão de duas culturas.

Harmonizar esta receita é muito fácil, diversas opções são possíveis. Um caminho óbvio é escolher um vinho italiano, que poderá ser branco ou tinto.

Importante observarmos algumas regrinhas:

– o vinho deve ter alguma estrutura se o Bacon for a opção escolhida para o preparo;

– se o foco for a massa e os ovos, opte por vinhos brancos mais frutados;

– os queijos, que devem ser abundantes, misturados ou não, pedem um vinho com boa acidez;

No capítulo dos brancos, uma boa sugestão é o Pinot Grigio, da região do Veneto. Um Chardonnay ao estilo dos Chablis, da Borgonha, é outra boa escolha.

Para os tintos, as melhores alternativas recaem nos vinhos menos tânicos como o Barbera ou o Bardolino. Na região do Lazio há vários bons tintos elaborados com castas francesas como a Merlot e a Syrah, Neste caso, optem pelos vinhos mais maduros.

Uma combinação muito interessante são os vinhos da casta Teroldego, da região de Trentino. São leves e aromáticos e combinam perfeitamente com o Carbonara. Esta casta é muito bem vinificada aqui no Brasil, trazida pelos imigrantes italianos oriundos daquela região.

Devemos muito a eles, principalmente por termos vinhos no nosso país. Para os que acessam o serviço Netflix, não deixem de assistir o documentário “O legado Italiano”, simplesmente imperdível, como um bom prato de Carbonara. (Também é possível alugá-lo neste site: https://www.legadoitaliano.com.br/o-filme)

Saúde e bons vinhos!

Foto de abertura: “Alimento”, criada por jcomp para Freepik

Estilos e tendências

Numa troca de mensagens recente, o meu interlocutor perguntou como ele poderia me descrever: você é um “influenciador”?, termo da moda entre os que vivem de postagem nas redes sociais, remunerados ou não.

De certa forma sou, mas quando tenho que me qualificar profissionalmente neste mundo do vinho, a opção onde me encaixo melhor seria a de “formador de opinião”. Na língua inglesa eu seria chamado de “wine writer”. Numa tradução ao pé da letra seria escritor de/sobre vinhos ou enoescritor, se é que este termo existe.

Me considero mais um cronista dos costumes deste encantador mundo dos vinhos, o que me permite uma boa latitude de assuntos para abordar. Posso, até mesmo, me transformar num crítico de vinhos o que não é bem a minha seara.

Explico:

Um bom crítico tem que se dedicar quase que totalmente a essa tarefa. Embora ainda existam profissionais bem ecléticos, a cada nova safra os enófilos preferem buscar as orientações dos críticos especializados nessa ou naquela região produtora.

E há gente especializada em uma casta apenas!

Estes desdobramentos têm alguns efeitos colaterais muito importantes: não é possível fazer uma honesta crítica de um vinho sem que alguns fatores sejam comparados com os de outras origens, por exemplo, teor alcoólico, presença ou não de madeira, métodos de elaboração, entre alguns outros.

Resumindo numa única palavra, o estilo do vinho.

Comentá-los só faz sentido se o comparamos com o caráter de outros vinhos. A aceitação deste ou daquele estilo, pelo mercado, é o que chamamos de tendência. Com poucas exceções, quase todas as vinícolas se dobram ao que os consumidores querem degustar.

E essas tendências mudam. Não de forma muito rápida, mas parecem ser reguladas pelas novas levas de consumidores que passam a apreciar um “bom” vinho.

Embora não goste de criticar vinhos, há pouco tempo participei da apresentação de uma nova vinícola, com vinhos orientados para consumidores do mais alto poder aquisitivo. Eram alcoólicos, pesados, encorpados e com muita, muita madeira mesmo. Os donos da vinícola pediram a seu enólogo que os vinhos fossem assim. Esse era o estilo que eles apreciavam.

Eu não gostei dos vinhos apresentados e comentei, reservadamente, que aquele estilo estava ultrapassado. Lembrava os primeiros Malbec argentinos, ainda pela mão de Michel Rolland, que alguns críticos, maldosamente, chamavam de “suco de carvalho”.

São vinhos difíceis e caros.

Já apreciei este tipo de vinho, mas ele cansa o paladar em pouco tempo, sem falar que para o clima brasileiro é quase um contrassenso degustá-los: dia frio e ar condicionado no limite!

Olhando para o que as principais regiões produtoras estão elaborando e vendendo vamos perceber que houve uma guinada para outra direção.

Como um bom vinho começa no vinhedo, ali está a primeira transformação, a mudança para cultivos mais orgânicos, o que gera frutos com outras características, obrigando ao time da enologia a rever e adaptar seus processos.

Novas práticas são introduzidas, principalmente na fase de maceração, onde as principais características de um vinho são obtidas. Algumas técnicas muito antigas são revividas, com grande sucesso e aceitação do mercado. Um bom exemplo são as talhas ou ânforas.

O elegante e tradicional amadurecimento em madeira é meio que deixado de lado em favor de ovos de concreto, resultando em vinhos que apresentam sabores originais, sem o acréscimo de aditivos. E que delícia de vinhos!

Castas que eram só coadjuvantes viram protagonistas a ponto de gerar ciúmes em alguns países. Imaginem que a França já está propondo que os nomes de suas principais castas sejam protegidos, como já fazem com o Champagne e o queijo Roquefort. A cada menção de Cabernet, Merlot, Syrah e mais algumas, por qualquer produtor fora da França, implicaria no pagamento de royalties…

Nos brancos, reparem a ascensão dos vinhos macerados com as cascas, denominados “laranja” ou “amarelo”. Sabores que eram desconhecidos por uma ou duas gerações.

Uma outra tendência, que veio para ficar, são os rosados, que já foram taxados de tudo, até de não serem vinhos, se comparados aos “senhores tintos madeirados”. O que me faz lembrar um dos “causos” mais simpáticos que conheço.

Um amigo, da minha juventude, um pouco mais velho, querendo impressionar sua namorada da época, com a qual veio a se casar anos mais tarde, levou-a para um fim de semana em Paris e, claro, para um jantar no que era, naquela época, o melhor restaurante do mundo, o Maxim’s.

Escolhidos os pratos, ele foi abordado pelo Sommelier que lhe entrega uma enigmática, para ele, Carta de Vinhos, seguido pela clássica pergunta:

“Monsieur, le vin”?

A graça fica por conta da completa ignorância dele sobre vinhos. Passa os olhos rapidamente por algumas páginas e decreta:

“Un rosé, si vous plait”.

“Trés bien, monsieur, parfait”!

Segundo o Sommelier, era a escolha perfeita…

Quer ficar dentro do que é considerado atual em termos de estilos de vinhos?

Anote:

– menor teor alcoólico, em torno de 12%;

– pouca madeira ou vinhos elaborados em talhas e recipientes fechados de concreto;

– vinhos de corpo mais leve, elaborado com uvas mais jovens, mais frutados e aromáticos;

– brancos de regiões mais frias;

– castas pouco globalizadas e regiões que ficaram esquecidas, como os Crus de Beaujolais (Morgon, Fleurie, Moulin a Vent, etc.).

Saúde e bons vinhos.

Foto de abertura por Markus Spiske para StockSnap

Quais as suas manias ao escolher um vinho?

Nem tentem negar! Todos temos pequenos cacoetes em algum momento de nossas vidas. Quem sabe o seu não aparece na hora de escolher um vinho?

Eu tenho vários e nem sempre sei a razão de assim proceder. A “coisa” se manifesta principalmente no momento de decidir sobre um vinho, seja na loja onde estou comprando ou procurando uma garrafa da minha adega para consumir ou contemplar um amigo e até mesmo no momento de indicar um vinho na carta de um restaurante.

Tenho algumas regras indeléveis, por exemplo, vinho com nome de Santo ou Santa eu passo longe. Deve haver uma razão para isso, mas a minha decisão se deve ao fato de nunca ter degustado um vinho desses que prestasse. Há uma honrosa exceção: o Pinot Grigio Santa Margherita, da região do Alto Adige, Itália.

Fora esse, tolero as vinícolas que foram batizadas com esses nomes, por exemplo, a ótima Santa Rita, chilena. Claro que sou apreciador do excelente Vin Santo, da Itália. Degusto com Cantucci.

Mas se tiver santo/santa no rótulo…

Outra implicância está na aparência dos rótulos e um pouco na garrafa e seu fechamento. Já melhorei muito, mas se achar que o material empregado é de baixa qualidade ou mal feito, vai ficar na prateleira.

Por um longo tempo cismei com as cápsulas de plástico que protegem o gargalo e a rolha. Preferia as que fossem metálicas. Hoje mudei, acho as plásticas mais seguras e higiênicas, mas ainda seleciono, escolhendo aquelas que ficam menos coladas na garrafa: são mais fáceis de remover completamente.

Outra mania é não apreciar determinadas castas e dependendo da situação, evito até mesmo vinhos de certos países de origem. Isto tende a mudar. Já impliquei com Cabernet Sauvignon, hoje implico com Carménère…

Teor alcoólico é outra preocupação, prefiro os mais baixos. Ando muito interessado nos vinhos obtidos a partir de vinhedos sustentáveis. Quanto aos métodos de produção, estou na fase de “pouca madeira”.

Desde que andei provando excelentes vinhos feitos nos já consagrados ovos de concreto e nas tradicionais ânforas ou talhas descobri novos e deliciosos aromas e sabores. Para acertar neste segmento tem que analisar muito bem a compra. Como em qualquer outro segmento da nossa sociedade, há muita gente vendendo gato por lebre.

Em Portugal, um tradicionalíssimo produtor vende um “Tinto da Talha”, que é elaborado em tanques de aço inox…

Outra das minhas manias, esta eu acho bem saudável, é desconfiar de expressões como Reserva, Reservado e similares. Na grande maioria das vezes é puro marketing. Tomo como base as normas espanholas, uma das melhores, que impõe regras bem claras sobre o que um produtor deve fazer para colocar um Reserva no seu rótulo.

Honestamente, prefiro procurar por IG, DOC ou as recentes indicações de Vinhedo Único, que variam de país para país. São dados mais seguros, se você souber em que terreno está pisando.

Por último, uma mania que tem me perseguido há muito tempo, o preço. Funciona assim: não gasto mais que um determinado valor e desconfio de valores muito baixos.

Vamos começar com as “ofertas”: na maioria das vezes, o vinho já está no fim de sua vida útil e o vendedor se desfaz de seu estoque a qualquer preço.

O outro lado da moeda é não gastar demasiado num vinho. Eu creio que há um limite superior no famoso equilíbrio entre o custo e o benefício. Estabeleci um valor máximo, em moeda estrangeira, para gastar por garrafa. Nunca me arrependi e nunca degustei um vinho que ultrapassasse esse valor que realmente me surpreendesse.

Coisas da vida, talvez. Em algumas ocasiões troquei uma garrafa de valor máximo por duas ou três de menor valor e fiquei muito satisfeito com a decisão.

Apreciar vinhos é exatamente isso.

Que tal vocês contarem um pouco de suas manias?

Pode ser nos comentários, por e-mail (coluna.do.tuty@gmail.com), Instagram (@oboletimdovinho), código morse, sinal de fumaça ou batida de tambores.

Só não pode é ficar em silêncio.

Saúde e bons vinhos!

Créditos: imagem de abertura de Comfreak por Pixabay

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