Categoria: O mundo dos vinhos (Page 40 of 72)

Críticos de vinhos: para que servem?

Foto por Matthieu Joannon para Unsplash

O mundo do vinho tem diversos reis e rainhas, eternas referências para um tipo de vinho ou mesmo para determinadas castas que são tão populares que recebem este apelido.

Curiosamente, também existe um “Imperador” do vinho, um crítico tão influente que mudou os rumos de diversos produtores e foi mentor de diversos outros autores. Estamos falando de Robert Parker, o “cara” dos 100 pontos.

Parker já se aposentou, abrindo espaço para uma miríade de outros críticos. Muitos faziam parte da equipe da Wine Advocate, publicação que divulgava as análises do “Imperador”. Nenhum deles ocupou, realmente, o espaço aberto.

Pudera! Os tempos são outros.

O mundo digital e as diversas redes sociais mudaram completamente este panorama, se encarregando de oferecer um serviço mais completo e barato que o de qualquer crítico de vinhos, ou de qualquer outro produto/serviço, quase sempre a custo zero. Agora, nós somos os críticos ou influenciadores, palavrinha da moda, no Instagram, Vivino e outros mais.

O problema é a confiabilidade. As “fake News” estão à solta por aí, e a falta de senso crítico, por nossa parte, é um combustível de fácil ignição.

Uma recente pesquisa sobre os fatores que realmente influem na compra de um vinho, realizada pela Wine Opinions, mostrou que o peso da opinião dos profissionais do vinho está perdendo força neste mercado. Eis os principais destaques:

– O vinho é de um determinado país ou região do meu agrado – 91%

– Provei o vinho na loja antes de comprar – 89%

– Indicação de amigos ou familiares que compram vinhos – 86%

– Recomendações dos vendedores – 82%

– Análises de publicações, inclusive on line – 79%

– 90 pontos ou mais de algum crítico – 75%

– Pontas de estoque ou preços reduzidos – 57%

– Recomendação pelo app do celular – 39%

– Boa aparência de rótulo ou embalagem – 39%

A tendência é clara e bem objetiva: os melhores críticos somos nós mesmos e a forma de divulgação é o antigo boca a boca. Este papel, atualmente, é desempenhado pelo Twitter, Facebook e principalmente pelo Instagram.

Atire a primeira pedra quem nunca postou uma foto de uma garrafa de vinho numa destas redes…

A coletividade também tem boa voz ativa neste cenário: o app Vivino, especializado em vinhos, pode ser considerado como o “grande” crítico especializado, computando os votos e opiniões de todos que degustaram este ou aquele rótulo.

O Boletim do Vinho faz parte desta rede. Veja nossas avaliações neste link:

www.vivino.com/users/tuty.pi

Para arrematar esta análise sobre críticos e suas influências, não poderíamos deixar de citar os grandes guias de vinhos, impressos ou na rede.

São sempre muito especializados e os mais famosos se dedicam, exclusivamente, a um país. Por exemplo o Guia Peñin da Espanha, O Guia de vinhos portugueses de João Paulo Martins, Gambero Rosso na Itália, etc…

Na América do Sul, o mais importante é o Guia Descorchados, um grande trabalho realizado por Patricio Tapia, abrangendo Chile, Argentina, Uruguai e Brasil.

A edição 202º será lançada agora neste mês. Vejam os detalhes nesta nota de divulgação:

“O maior guia de vinhos sul-americanos do mundo, é lançado em eventos de grandes degustações em São Paulo e Rio de Janeiro

Na edição deste foram batidos todos os recordes de amostras provadas, nada menos que 4.664 vinhos, de 540 vinícolas, estiveram sobre a mesa de degustação do Descorchados.

Com isso temos mais de 3.000 rótulos descritos e pontuados na 21ª edição do Guia que será lançado em grande estilo, nos dias 31 de março, em São Paulo, e 2 de abril, no Rio de Janeiro.

Os eventos que acontecerão em São Paulo e no Rio de Janeiro contarão com representantes das vinícolas que apresentarão seus destaques e rótulos avaliados nesta edição do Guia.

Mais do que isso, o lançamento do Guia Descorchados 2020 conta com uma série de palestras ministradas pelo próprio Patricio Tapia.

Lançamento Guia Descorchados 2020

São Paulo, 31 de março 2020

Villagio JK – R. Funchal, 500, Vila Olímpia, São Paulo – SP. Tel.: (11) 3044-3022.

Das 14h às 17h, exclusivo para imprensa e profissionais do vinho

Das 18h30 às 21h, aberto ao público.

Ingressos no site Evenbrite – https://descorchados-2020-sp.eventbrite.com.br

Rio de Janeiro, 2 de abril

Village Mall – Av. das Américas, 3900, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro – RJ.

Das 18h às 22h30, para imprensa, profissionais do vinho e aberto ao público.

Ingressos no site Evenbrite – https://descorchados-2020-rj.eventbrite.com.br

Associados ativos do Clube Adega e do Clube Sabor.club têm condições especiais para compra. Mais informações em descorchados@innereditora.com.br

Profissionais do vinho devem fazer pré-cadastramento através do email descorchados@innereditora.com.br para receber o código de desconto exclusivo para a categoria.

Pré-venda do Guia Descorchados 2020 – https://www.selecaoadega.com.br/pre-venda-guia-descorchados-2020-guia-de-vinhos-da-argentina-brasil-chile-e-uruguai-p814/

Saúde e bons Vinhos!

Estariam as garrafas de vidro com os dias contados?

Foto por Ion Ceban para Pexels

Parece que o vidro é o novo vilão da sustentabilidade no mundo do vinho. Esta discussão já ocorre a algum tempo, a novidade é incluir o meio ambiente como um dos pontos negativos atribuídos a esta tradicional forma de embalagem.

Quase tudo está sendo questionado: o formato pouco eficiente das garrafas, o volume e principalmente as formas de transporte, estes sim, grandes vilões, levando-se em conta a ineficiência de todo este sistema.

Há, inclusive, pesquisas sobre o destino das garrafas vazias. Acreditem, raramente são recicladas…

Historicamente já se armazenou vinhos em diferentes tipos de materiais, entre eles, cerâmica, madeira e couro. O vidro foi a grande novidade, a quatro séculos atrás!

Já existem embalagens alternativas, como as latas e as caixas de papelão que, na verdade, são a roupa para um saco plástico onde está o vinho.

As conhecidas caixinhas de leite também já estão sendo utilizadas para embalar vinhos, sem muito apelo, na verdade.

Uma das novidades mais interessantes vem da Inglaterra, uma garrafa feita de material plástico reciclado, com um formato achatado. Muito mais leve, perfeita para empacotamento e com todos os méritos de ser um produto sustentável.

Nesta mesma linha há uma outra opção, que seria o resultado de “tirar a embalagem plástica que está dentro da caixa”.

Ficou alinhado!

Mais uma variante, desta vez australiana, com raízes espanholas:

Este é um sachet com 250ml, um pouco menos que o conteúdo de uma latinha de cerveja. Super prático e fácil de carregar. O plástico usado é certificado para alimentos e aceito pelos ambientalistas.

Não podemos dizer que esta última embalagem seja uma novidade. É uma atualização das famosas “botas”, muito populares na Espanha, até hoje. Avaliem:

Saúde e bons vinhos!

Vinho na folia

Imagem de lumpi por Pixabay

As comemorações carnavalescas têm múltiplas origens, todas na antiguidade. O carnaval não é uma festa brasileira, mas somos os especialistas nesta comemoração, que descende de ritos ou celebrações originais da Babilônia, Mesopotâmia, Roma e Grécia.

Muito ligada ao catolicismo, o que explica a denominação carnaval, decorrente do Latim Carnis Levale, que pode ser compreendido como “sem carne”, numa referência direta ao jejum realizado durante a Quaresma.

Os ritos mencionados envolviam situações como a subversão de posições sociais, o que explica a fantasia, ou mesmo a humilhação, com surras diante da estátua de um Deus, muito semelhante ao que fazem hoje os “bate-bolas” ou “Clóvis”, por sua vez uma corruptela de clown ou palhaço, no idioma Inglês.

Não podemos esquecer das festas que celebravam Baco ou Dionísio, onde o vinho era consumido em larga escala.

Esta é a parte que nos interessa: vinho, durante o carnaval, sempre foi uma tradição.

No Brasil é que houve mais uma subversão, entrando a cerveja como a libação predileta dos foliões.

Dois fatores são preponderantes nesta análise: a praticidade das latinhas e a forma moderna desta festa, quase sempre comemorada a céu aberto.

Ainda existem bailes carnavalescos, em grandes salões ou clubes, mas perdem feio para as comemorações mais populares como os blocos, que podem desfilar ou não, e o show das espetaculares Escolas de Samba.

Honestamente, cerveja tem tudo a ver.

Já existe o vinho em lata, inclusive espumantes. Será sempre uma opção, mas creio que jamais encontraremos um ambulante nos oferecendo estas delícias.

Numa analogia ao papel das louras suadas, que são perfeitas para o “terroir” das ruas e arquibancadas, o vinho é a bebida que vai preencher os salões e, melhor ainda, o conforto de nossas casas, se optarmos por um bom ar condicionado, uma TV de última geração, bons petiscos, um animado “bloco” de amigos, para assistir tudo que se passa nas ruas, Sambódromos e nos bailes que ainda resistem aos modismos.

Este é o “terroir” dos vinhos, particularmente os espumantes.

Se algum leitor decidir por este caminho, aqui vão alguns conselhos:

– Moderação é a chave de tudo;

– Além dos espumantes, vinhos tranquilos rosados e brancos são os mais indicados. Escolha os mais jovens, leves e frutados. Gelados, por favor;

– Um único tinto poderia fazer bonito nesta festa – Beaujolais Noveau;

Evoé!

(Significa bons vinhos…)

Entendendo a “estrutura” de um vinho.

Nem sempre os descritores de um vinho são claramente compreendidos pelos leitores. A definição de estrutura pode tomar rumos bem complexos, podendo beirar as ciências ocultas e esotéricas.

Não há um consenso entre os diversos autores e críticos que tentam, cada um a seu modo, explicar esta colocação.

Usando uma aproximação, bem cartesiana, podemos entender que sem uma estrutura não existiria nem vinho e nem uma série de outras coisas em nossas vidas, por exemplo, as edificações onde residimos ou o próprio ser humano, que sem seu esqueleto não sobreviveria.

Deixando de lado os ossos, pilares, vigas e lajes, vamos refletir sobre quais elementos constituem a estrutura de um vinho.

Alguns deles são óbvios e de fácil reconhecimento como os taninos e a acidez. Outro fator, de fácil compreensão, é o teor alcoólico.

A partir destes, precisamos usar algumas metáforas, nem sempre aceitas, para enriquecer esta importante definição.

Podemos acrescentar: glicerol, corpo e doçura.

São conceitos um tanto subjetivos e a inclusão do “corpo”, nesta explicação, é muito questionada pelos profissionais do mundo do vinho. Há quem afirme que corpo ou estrutura é a mesma coisa. Glicerol é um álcool e a doçura decorre de um maior ou menor teor alcoólico.

Aproveitando, ainda, a analogia com uma estrutura predial, os taninos seriam a viga mestra desta construção, o que nos traz um novo problema: será que vinhos brancos não têm estrutura?

É um conceito bem amplo, e a melhor maneira, de compreender e usá-lo, é pensar que a nossa estrutura vínica é maleável e adaptável, esquecendo a rigidez dos outros tipos estruturais mencionados.

Imaginemos um equilíbrio entre os três elementos básicos: tanino, acidez e teor alcoólico. Um vinho tinto, mais tânico, com pouca acidez e com 14%, ou mais, de álcool é uma bebida bem estruturada, ou com uma estrutura pesada e marcante.

Por outro lado, um branco, sem taninos, com ótima acidez e um álcool compatível, tem uma estrutura leve ou pouco estruturado.

Para classificar a estrutura de um vinho podemos usar algumas indicações visuais e no paladar.

Começamos pelo volume de álcool, que está no rótulo. Assumindo que o vinho está bem equilibrado: quanto maior o teor, mais pesada é a estrutura. O nível de álcool funciona como um compensador dos taninos e da acidez. Uma regrinha prática seria: 10-12% vinhos leves; 12.5-13.5% médios e 14-15.5% pesados.

Servido o vinho, observemos as discutidas “lágrimas”, que são indicadores da presença, mais intensa ou não, de glicerol, um dos componentes do teor alcoólico: se escorrem rapidamente, o vinho é pouco estruturado, e vice-versa.

A coloração é outro fator que ajuda a classificar mas, cuidado! Há diversas exceções aqui. A regra seria direta: quanto mais denso o vinho, maior a estrutura. Algumas castas como a Nebbiolo ou a Pinot Noir, produzem vinhos de coloração suave e transparente, mas que são muito estruturados.

Na prova, podemos identificar mais algumas pistas: vinhos estruturados nos deixam a sensação que poderiam ser mastigados. Sabores advindos da passagem por madeira acrescentam peso ao vinho. Vale para os brancos que foram barricados, também.

Para encerrar esta pequena aula sobre a estrutura, aqui vai mais uma regrinha de algibeira:

Vinhos estruturados ficam melhores se combinados com comidas mais pesadas.

Saúde e bons vinhos!

Ávidos e apaixonados

Uma das melhores coisas da vida é estar apaixonado. É um potente sentimento que nos estimula a fazer as coisas mais inesperadas para alcançarmos os nossos objetivos, sejam eles pessoas ou projetos de vida.

Apreciadores de vinhos são eternos apaixonados, sempre em busca do seu “Santo Graal” que vai torná-lo o mais realizado dos homens. Poder ser aquela garrafa mítica ou, por que não, produzir o seu próprio vinho, uma realização máxima.

Transformar sonho em realidade foi o que levou dois amigos a adquirir terras em Portugal, na região do Alto Douro. Compraram a Quinta do Sardoal e a Quinta das Salgueiras, com uvas já plantadas e em franca produção.

Assim surgiu a Ávidos Douro, com o propósito de produzir excelentes vinhos, que foram apresentados num evento, exclusivo, nesta semana.

Há um enorme caminho a ser percorrido entre ser produtor de uvas e ser um vinhateiro de sucesso. Decisões importantes devem ser tomadas, que envolvem desde o tipo de castas que serão aproveitadas até o estilo de vinho que vai marcar e acompanhar os produtos desta nova casa.

Era preciso buscar inspiração, que veio na forma de uma bonita lenda:

“Nos primórdios da Lusitânia, uma jovem donzela se perdeu de amores por um alto oficial do Império Romano. Não aceitando o romance, a família retirou-a da Lusitânia, levando-a para além do Rio Douro. Ali, na margem direita, no Douro Superior, passou a viver entre os vinhedos, por onde errava, dia e noite, mergulhada em lágrimas por seu apaixonado.

As lágrimas da donzela, repletas de desejo e paixão, impregnaram o solo xistoso dos vinhedos, criando um terroir único para a produção de vinhos que facilitam o entendimento entre as pessoas e despertam o amor”.

Não tinham mais dúvidas, as paixões se completavam e inspirava o nome do vinho que seria o carro chefe da vinícola: Apaixonado.

Para abrir os trabalhos, degustamos o Apaixonado Rosé 2018, elaborado com 100% Touriga Nacional.

Apresenta uma bela coloração rosa mais pálida. Agradáveis aromas de frutas tropicais e vermelhas, com notas florais. No palato, sobressaiam morango, framboesa e groselha. Boa permanência e refrescante acidez.

Talvez pelo dia ter sido muito quente no Rio de Janeiro, foi um dos vinhos mais agradáveis da noite.

O segundo vinho servido foi o Apaixonado Reserva Tinto 2016.

Um equilibrado corte das castas Tinta Amarela (Trincadeira), Tinta Roriz, Touriga Nacional, Touriga Franca. Estagia por 16 meses em barricas de carvalho, francês, de 2º uso.

Com um estilo francamente internacional, tem um enorme potencial de guarda. Mesmo no quarto ano de vida, ainda estava “jovem” para o consumo.

Surpreendeu!

Bem encorpado, estruturado, já demonstrando estas qualidades na sua cor rubi profunda. No nariz, frutas negras maduras, notas herbais, florais e de baunilha. Na boca era muito elegante, taninos bem equilibrados e fácil de beber. Ainda tem muito a oferecer, podendo ser adegado por mais 5 ou 6 anos.

O próximo rótulo degustado foi o Ávidos 2014, vinho top da empresa.

Somente elaborado em safras consideradas como excepcionais, é um corte de oito castas: Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz (Aragonez), Tinta Amarela (Trincadeira), Tinta Barroca, Tinta Francisca, Tinto Cão e Sousão.

Estagia por 18 meses em barricas de carvalho, francês, de 1º uso.

A primeira coisa que chamou nossa atenção foi a utilização da casta Sousão, neste vinho. Uva típica da região do Minho, onde é conhecida por Vinhão, foi trazida para o Douro em 1790 para substituir o uso de bagas de sabugueiro para dar cor mais escura aos vinhos do Porto, prática que foi condenada.

Blends multicastas são complexos e difíceis de serem elaborados. Neste vinho está perfeito. A Sousão foi usada para equilibrar a acidez.

A coloração rubi indicava as qualidades que vinham em seguida: aromas de frutos silvestres maduros com as esperadas notas decorrentes do estágio em madeira.

Tudo muito sutil, suave, introduzindo um palato de taninos domados e macios, com bom volume e acidez remetendo a uma agradável refrescância.

Excelente!

Ao final do evento foi oferecido mais um vinho, fora do programa original, o Amávio.

Um corte de uvas típicas da região, sem passagem por madeira, bem frutado, próprio para ser consumido jovem. Um vinho para o dia a dia.

Existem mais dois vinhos no line up da Ávidos, que provamos em outra oportunidade:

– Apaixonado Branco Reserva 2018

Delicioso corte de Viosinho, Gouveio, Rabigato, Códega do Larinho e Malvasia Fina. Esta vinificação foi de produção muito limitada. Por esta razão, este vinho não será trazido para o nosso país. Por enquanto…

– Anônimo 2014

Um corte de Touriga Naciona e Touriga Franca, com estágio de 18 meses em barricas de carvalho, francês, de 1º uso.

Talvez o mais clássico dos cortes Durienses. Estas duas castas são a assinatura desta região. Típico estilo português, num vinho sério e harmonioso. Bem frutado, com notas, no nariz e em boca, de frutas negras e maduras. Taninos bem marcados, indicando que pode ser guardado por mais alguns anos.

Promete!

Para adquirir estas delícias, entre em contato com Maurício Kaufman:

e-mail: mauriciokaufman@gmail.com
cel: 55 21 99956-1912

Para contato com os produtores, use:

e-mail: contato@avidosdouro.com

site: http://www.avidosdouro.com/

Saúde e bons vinhos, como estes!

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