Categoria: O mundo dos vinhos (Page 50 of 82)

Vinho na folia

Imagem de lumpi por Pixabay

As comemorações carnavalescas têm múltiplas origens, todas na antiguidade. O carnaval não é uma festa brasileira, mas somos os especialistas nesta comemoração, que descende de ritos ou celebrações originais da Babilônia, Mesopotâmia, Roma e Grécia.

Muito ligada ao catolicismo, o que explica a denominação carnaval, decorrente do Latim Carnis Levale, que pode ser compreendido como “sem carne”, numa referência direta ao jejum realizado durante a Quaresma.

Os ritos mencionados envolviam situações como a subversão de posições sociais, o que explica a fantasia, ou mesmo a humilhação, com surras diante da estátua de um Deus, muito semelhante ao que fazem hoje os “bate-bolas” ou “Clóvis”, por sua vez uma corruptela de clown ou palhaço, no idioma Inglês.

Não podemos esquecer das festas que celebravam Baco ou Dionísio, onde o vinho era consumido em larga escala.

Esta é a parte que nos interessa: vinho, durante o carnaval, sempre foi uma tradição.

No Brasil é que houve mais uma subversão, entrando a cerveja como a libação predileta dos foliões.

Dois fatores são preponderantes nesta análise: a praticidade das latinhas e a forma moderna desta festa, quase sempre comemorada a céu aberto.

Ainda existem bailes carnavalescos, em grandes salões ou clubes, mas perdem feio para as comemorações mais populares como os blocos, que podem desfilar ou não, e o show das espetaculares Escolas de Samba.

Honestamente, cerveja tem tudo a ver.

Já existe o vinho em lata, inclusive espumantes. Será sempre uma opção, mas creio que jamais encontraremos um ambulante nos oferecendo estas delícias.

Numa analogia ao papel das louras suadas, que são perfeitas para o “terroir” das ruas e arquibancadas, o vinho é a bebida que vai preencher os salões e, melhor ainda, o conforto de nossas casas, se optarmos por um bom ar condicionado, uma TV de última geração, bons petiscos, um animado “bloco” de amigos, para assistir tudo que se passa nas ruas, Sambódromos e nos bailes que ainda resistem aos modismos.

Este é o “terroir” dos vinhos, particularmente os espumantes.

Se algum leitor decidir por este caminho, aqui vão alguns conselhos:

– Moderação é a chave de tudo;

– Além dos espumantes, vinhos tranquilos rosados e brancos são os mais indicados. Escolha os mais jovens, leves e frutados. Gelados, por favor;

– Um único tinto poderia fazer bonito nesta festa – Beaujolais Noveau;

Evoé!

(Significa bons vinhos…)

Entendendo a “estrutura” de um vinho.

Nem sempre os descritores de um vinho são claramente compreendidos pelos leitores. A definição de estrutura pode tomar rumos bem complexos, podendo beirar as ciências ocultas e esotéricas.

Não há um consenso entre os diversos autores e críticos que tentam, cada um a seu modo, explicar esta colocação.

Usando uma aproximação, bem cartesiana, podemos entender que sem uma estrutura não existiria nem vinho e nem uma série de outras coisas em nossas vidas, por exemplo, as edificações onde residimos ou o próprio ser humano, que sem seu esqueleto não sobreviveria.

Deixando de lado os ossos, pilares, vigas e lajes, vamos refletir sobre quais elementos constituem a estrutura de um vinho.

Alguns deles são óbvios e de fácil reconhecimento como os taninos e a acidez. Outro fator, de fácil compreensão, é o teor alcoólico.

A partir destes, precisamos usar algumas metáforas, nem sempre aceitas, para enriquecer esta importante definição.

Podemos acrescentar: glicerol, corpo e doçura.

São conceitos um tanto subjetivos e a inclusão do “corpo”, nesta explicação, é muito questionada pelos profissionais do mundo do vinho. Há quem afirme que corpo ou estrutura é a mesma coisa. Glicerol é um álcool e a doçura decorre de um maior ou menor teor alcoólico.

Aproveitando, ainda, a analogia com uma estrutura predial, os taninos seriam a viga mestra desta construção, o que nos traz um novo problema: será que vinhos brancos não têm estrutura?

É um conceito bem amplo, e a melhor maneira, de compreender e usá-lo, é pensar que a nossa estrutura vínica é maleável e adaptável, esquecendo a rigidez dos outros tipos estruturais mencionados.

Imaginemos um equilíbrio entre os três elementos básicos: tanino, acidez e teor alcoólico. Um vinho tinto, mais tânico, com pouca acidez e com 14%, ou mais, de álcool é uma bebida bem estruturada, ou com uma estrutura pesada e marcante.

Por outro lado, um branco, sem taninos, com ótima acidez e um álcool compatível, tem uma estrutura leve ou pouco estruturado.

Para classificar a estrutura de um vinho podemos usar algumas indicações visuais e no paladar.

Começamos pelo volume de álcool, que está no rótulo. Assumindo que o vinho está bem equilibrado: quanto maior o teor, mais pesada é a estrutura. O nível de álcool funciona como um compensador dos taninos e da acidez. Uma regrinha prática seria: 10-12% vinhos leves; 12.5-13.5% médios e 14-15.5% pesados.

Servido o vinho, observemos as discutidas “lágrimas”, que são indicadores da presença, mais intensa ou não, de glicerol, um dos componentes do teor alcoólico: se escorrem rapidamente, o vinho é pouco estruturado, e vice-versa.

A coloração é outro fator que ajuda a classificar mas, cuidado! Há diversas exceções aqui. A regra seria direta: quanto mais denso o vinho, maior a estrutura. Algumas castas como a Nebbiolo ou a Pinot Noir, produzem vinhos de coloração suave e transparente, mas que são muito estruturados.

Na prova, podemos identificar mais algumas pistas: vinhos estruturados nos deixam a sensação que poderiam ser mastigados. Sabores advindos da passagem por madeira acrescentam peso ao vinho. Vale para os brancos que foram barricados, também.

Para encerrar esta pequena aula sobre a estrutura, aqui vai mais uma regrinha de algibeira:

Vinhos estruturados ficam melhores se combinados com comidas mais pesadas.

Saúde e bons vinhos!

Ávidos e apaixonados

Uma das melhores coisas da vida é estar apaixonado. É um potente sentimento que nos estimula a fazer as coisas mais inesperadas para alcançarmos os nossos objetivos, sejam eles pessoas ou projetos de vida.

Apreciadores de vinhos são eternos apaixonados, sempre em busca do seu “Santo Graal” que vai torná-lo o mais realizado dos homens. Poder ser aquela garrafa mítica ou, por que não, produzir o seu próprio vinho, uma realização máxima.

Transformar sonho em realidade foi o que levou dois amigos a adquirir terras em Portugal, na região do Alto Douro. Compraram a Quinta do Sardoal e a Quinta das Salgueiras, com uvas já plantadas e em franca produção.

Assim surgiu a Ávidos Douro, com o propósito de produzir excelentes vinhos, que foram apresentados num evento, exclusivo, nesta semana.

Há um enorme caminho a ser percorrido entre ser produtor de uvas e ser um vinhateiro de sucesso. Decisões importantes devem ser tomadas, que envolvem desde o tipo de castas que serão aproveitadas até o estilo de vinho que vai marcar e acompanhar os produtos desta nova casa.

Era preciso buscar inspiração, que veio na forma de uma bonita lenda:

“Nos primórdios da Lusitânia, uma jovem donzela se perdeu de amores por um alto oficial do Império Romano. Não aceitando o romance, a família retirou-a da Lusitânia, levando-a para além do Rio Douro. Ali, na margem direita, no Douro Superior, passou a viver entre os vinhedos, por onde errava, dia e noite, mergulhada em lágrimas por seu apaixonado.

As lágrimas da donzela, repletas de desejo e paixão, impregnaram o solo xistoso dos vinhedos, criando um terroir único para a produção de vinhos que facilitam o entendimento entre as pessoas e despertam o amor”.

Não tinham mais dúvidas, as paixões se completavam e inspirava o nome do vinho que seria o carro chefe da vinícola: Apaixonado.

Para abrir os trabalhos, degustamos o Apaixonado Rosé 2018, elaborado com 100% Touriga Nacional.

Apresenta uma bela coloração rosa mais pálida. Agradáveis aromas de frutas tropicais e vermelhas, com notas florais. No palato, sobressaiam morango, framboesa e groselha. Boa permanência e refrescante acidez.

Talvez pelo dia ter sido muito quente no Rio de Janeiro, foi um dos vinhos mais agradáveis da noite.

O segundo vinho servido foi o Apaixonado Reserva Tinto 2016.

Um equilibrado corte das castas Tinta Amarela (Trincadeira), Tinta Roriz, Touriga Nacional, Touriga Franca. Estagia por 16 meses em barricas de carvalho, francês, de 2º uso.

Com um estilo francamente internacional, tem um enorme potencial de guarda. Mesmo no quarto ano de vida, ainda estava “jovem” para o consumo.

Surpreendeu!

Bem encorpado, estruturado, já demonstrando estas qualidades na sua cor rubi profunda. No nariz, frutas negras maduras, notas herbais, florais e de baunilha. Na boca era muito elegante, taninos bem equilibrados e fácil de beber. Ainda tem muito a oferecer, podendo ser adegado por mais 5 ou 6 anos.

O próximo rótulo degustado foi o Ávidos 2014, vinho top da empresa.

Somente elaborado em safras consideradas como excepcionais, é um corte de oito castas: Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz (Aragonez), Tinta Amarela (Trincadeira), Tinta Barroca, Tinta Francisca, Tinto Cão e Sousão.

Estagia por 18 meses em barricas de carvalho, francês, de 1º uso.

A primeira coisa que chamou nossa atenção foi a utilização da casta Sousão, neste vinho. Uva típica da região do Minho, onde é conhecida por Vinhão, foi trazida para o Douro em 1790 para substituir o uso de bagas de sabugueiro para dar cor mais escura aos vinhos do Porto, prática que foi condenada.

Blends multicastas são complexos e difíceis de serem elaborados. Neste vinho está perfeito. A Sousão foi usada para equilibrar a acidez.

A coloração rubi indicava as qualidades que vinham em seguida: aromas de frutos silvestres maduros com as esperadas notas decorrentes do estágio em madeira.

Tudo muito sutil, suave, introduzindo um palato de taninos domados e macios, com bom volume e acidez remetendo a uma agradável refrescância.

Excelente!

Ao final do evento foi oferecido mais um vinho, fora do programa original, o Amávio.

Um corte de uvas típicas da região, sem passagem por madeira, bem frutado, próprio para ser consumido jovem. Um vinho para o dia a dia.

Existem mais dois vinhos no line up da Ávidos, que provamos em outra oportunidade:

– Apaixonado Branco Reserva 2018

Delicioso corte de Viosinho, Gouveio, Rabigato, Códega do Larinho e Malvasia Fina. Esta vinificação foi de produção muito limitada. Por esta razão, este vinho não será trazido para o nosso país. Por enquanto…

– Anônimo 2014

Um corte de Touriga Naciona e Touriga Franca, com estágio de 18 meses em barricas de carvalho, francês, de 1º uso.

Talvez o mais clássico dos cortes Durienses. Estas duas castas são a assinatura desta região. Típico estilo português, num vinho sério e harmonioso. Bem frutado, com notas, no nariz e em boca, de frutas negras e maduras. Taninos bem marcados, indicando que pode ser guardado por mais alguns anos.

Promete!

Para adquirir estas delícias, entre em contato com Maurício Kaufman:

e-mail: [email protected]
cel: 55 21 99956-1912

Para contato com os produtores, use:

e-mail: [email protected]

site: http://www.avidosdouro.com/

Saúde e bons vinhos, como estes!

O quanto você sabe sobre vinhos?

imagem de DarkWorkX por Pixabay

A grande questão é determinar o quanto a nossa capacidade de apreciar um (bom) vinho pode ser expandida ao se aumentar o conhecimento sobre esta apaixonante bebida.

Nosso país ainda não é um líder em dados estatísticos sobre as mais diversas facetas do consumo, vinhos inclusive. Nos grandes países produtores, estes dados são de suma importância: determinam os rumos que o negocio do vinho deve tomar para continuar vivo.

Isto tem um grande alcance. Por exemplo, pode determinar que tipos de castas devem ser plantadas, replantadas ou até erradicadas. Na cantina, pode influenciar desde os métodos de vinificação até a destinação do produto: supermercados, lojas especializadas ou alto luxo.

Para os consumidores também é fundamental, pois vai balizar suas compras e definir, em algum momento da vida de enófilo, quais são as suas reais preferências.

Um dos estudos mais recentes, realizado por empresa de “Wine Inteligence”, apontou um curioso resultado: ao mesmo tempo que aumenta o interesse e o consumo de vinhos (nos grandes centros) diminui o grau de conhecimento dos interessados.

Há uma explicação viável que está ligada à facilidade de consultar, sobre qualquer assunto, através da tela de seu smartphone, em um site de pesquisas ou em aplicativos sobre a nossa bebida favorita.

Aparentemente fica fácil se tornar um expert em vinhos, assim.

Quem já teve, em eras Jurássicas, que buscar uma informação numa biblioteca, consultando fichas de catalogação, já deve estar imaginando o que vem a seguir: Se você não sabe como perguntar, não pode avaliar a resposta que vai receber.

Na língua inglesa existe um ditado muito significativo, que cabe perfeitamente nesta situação: “Garbage in, Garbage out” (Garbage significa Lixo).

Degustar um vinho é mais que um ato de engolir um líquido. Começa no momento que se decide ir às compras. São múltiplas escolhas que passam pelas lojas a serem visitadas, as diferentes regiões produtoras e suas castas típicas, os vinhateiros, as embalagens e os preços.

Claro, nada disto faria sentido se, como pano de fundo, ainda não se pensasse numa companhia específica e, talvez, numa boa refeição.

Neste ponto é que sentimos falta, ou não, de um bom conhecimento que nos permita fazer tudo que foi mencionado de forma natural e sem estresse.

Convencidos que estudar sobre vinhos vale a pena?

Se ainda não estão seguros, que tal lembrar que a apreciação de um vinho passa pelos nossos sentidos: cor, aromas, sabores, retrogosto, corpo, textura e muito mais. Sabem avaliar isto tudo e o respectivo grau de importância?

Existem inúmeras publicações sobre esta bebida, que vão das mais simples até tratados sobre vinificação dedicados aos mais eruditos. Se for este o seu estilo, parabéns.

Outro excelente caminho são os famosos cursos sobre vinhos, que vão desde os genéricos até aqueles orientados especificamente para uma região produtora ou tipo de vinho.

Como efeito colateral, estas reuniões acabam se desdobrando em confrarias ou grupos de degustação, onde se conhece novos amigos e se pode experimentar alguns vinhos que estão fora do alcance dos simples mortais.

Um dos cursos mais conhecidos e respeitados são os oferecidos pela ABS (Associação Brasileira de Sommeliers), em suas várias localidades.

As grandes lojas especializadas também oferecem cursinhos, periodicamente. São do tipo “oficina de vinhos” e podem ser adequados a cada estação do ano.

Um de nossos parceiros, a Casa Rio Verde, em Belo Horizonte, está oferecendo um simpático Curso de Vinhos de Verão (mais informações ao final desta matéria), contemplando, ainda, uma oferta de bons vinhos com preços de ocasião.

Para os leitores do Rio de Janeiro, a equipe do O Boletim do Vinho pode organizar uma Oficina de Degustação de Vinhos, desde que haja um quórum mínimo de 10 participantes. Basta mandar um e-mail para este endereço: [email protected]

Saúde e bons vinhos!


Curso Vinhos de Verão na Casa Rio Verde
Data: 30 de janeiro – 19h30
Valor do investimento: R$130 – sócios do VinhoClube (*) pagam R$91
Inscrições/informações: https://www.casarioverde.com.br/vinhos/cursos
Local: Casa Rio Verde – Praça Marília de Dirceu, 104 – Lourdes – BH
Telefone: 31-3116-2300
(*) Parte do lucro com as vendas do VinhoClube é doado para a Creche Nosso Lar, situada no Bairro Guanabara, na capital mineira.

O movimento “Dry January”

Imagem de Marion Wunder por Pixabay

Movimentos de Temperança nunca desapareceram completamente. De vez em quando dão as caras, novamente.

São mais comuns no exterior, Europa e EUA, principalmente na Inglaterra, onde o National Health Service se encarrega de divulgar campanhas do tipo “Drink Less” (beba menos).

Um dado curioso é a grande participação da Geração do Milênio neste tipo de movimento. Embora sejam o alvo predileto das campanhas de marketing dos produtores de bebidas alcoólicas, são, ao mesmo tempo, os grandes incentivadores por uma volta aos tempos da proibição de bebidas inebriantes. Um total contrassenso…

A novidade, em 2020, é uma campanha que viralizou rapidamente, denominada, “Dry January”, que em tradução livre seria: “Janeiro Sóbrio”.

A ideia é obter vários benefícios, para a saúde e para o bolso:

– Redução da pressão arterial;

– Diminuir o risco de Diabetes;

– Melhorar o Colesterol;

– Reduzir o nível de proteínas indicadoras de câncer, no sangue;

– Melhorar a qualidade do sono;

– Ajuda na perda de peso;

– Economia de dinheiro.

A proposta tem por pano de fundo um suposto fortalecimento do organismo, para poder enfrentar o consumo de álcool no resto do ano.

A moda pegou em vários países e até existe um tímido movimento por aqui.

Para os interessados, eis o link para maiores esclarecimentos: (em inglês)

https://alcoholchange.org.uk/get-involved/campaigns/dry-january

Existe até uma “app” para você se monitorar.

O mais interessante foram as reações adversas a este movimento que, obviamente, não interessa nem aos produtores de vinhos, cervejas e destilados, com toda sua cadeia de importadores/exportadores, distribuidores e vendedores e nem aos donos de restaurantes, que ficaram assustados com a repentina queda no consumo de vinhos, principalmente, e de outras bebidas.

A melhor resposta veio do renomado Chef Alain Ducasse, que considerou esta ideia uma verdadeira ameaça:

Reduziu, drasticamente, os preços dos grandes vinhos da carta do seu restaurante parisiense (um dos melhores do mundo!).

Perfeito!

Este é um belo incentivo ao consumo consciente de vinhos, uma das bebidas que tem por trás de sua elaboração uma característica única de respeito ao meio ambiente, além de ser geradora de empregos e de recursos para os países produtores.

Vinho, em muitas culturas, é considerado um alimento muito importante na dieta diária.

Se esta moda pega por aqui, nesta época em que as diversas estruturas de governo estão sendo regidas por pensamentos, evangélicos, pentecostais e outras crenças, apesar do Estado ser laico, fica fácil imaginar o desejo por um Carnaval sem álcool ou outra alegoria parecida.

Será que vai rolar?

Saúde e bons vinhos!

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