Categoria: O mundo dos vinhos (Page 52 of 73)

Resultados da International Wine Challenge (IWC) 2018

Avaliações de vinhos sempre são importantes. Existem em várias modalidades: as dos críticos renomados; as grandes degustações anuais promovidas pelas revistas especializadas e os concursos. Cada uma tem um propósito e são dirigidas para diferentes tipos de enófilos.

Os concursos são os mais importantes tanto para os produtores como para os consumidores. Dois motivos se destacam: 1 – só participa do concurso quem se inscrever e enviar suas amostras de acordo com as regras do evento; 2 – os vinhos que já ganharam fama preferem ficar de fora, mantendo uma certa aura sobre sua qualidade, para sempre. (Já imaginaram perder para um vinho desconhecido?)

O International Wine Challenge (*) é reconhecido como a mais rigorosa análise de vinhos do mundo. Esta é a sua 34ª edição e o número de inscritos sempre surpreende o gabaritado corpo de jurados. As provas são realizadas em duas etapas, onde serão definidos os ganhadores das cinco categorias: Troféu, Ouro, Prata, Bronze e Recomendação.

Há vinhos de lugares tão improváveis como o Azerbaijão, que obteve uma medalha de prata com um corte branco das uvas Chardonnay, Muscat e Traminer.

Vale a pena destacar que são vinhos ‘palatáveis’, nada de raridades extraordinárias e safras ocultas e misteriosas. Pelo contrário, para um produtor que quer abrir portas para um mercado, seja nacional ou internacional, a chancela garantida pelo IWC é fundamental, mesmo que seja a mais simples, o selo azul da Recomendação.

Um dos resultados mais aguardados desta competição é o Great Value Awards, em bom português, os melhores ‘custo x benefício’. Para fazer parte desta listagem, os produtores têm que enfrentar uma série de exigências adicionais, que envolvem, obviamente, preço e disponibilidade no mercado, neste caso, na Inglaterra. Há vários vinhos de produção exclusiva para supermercados.

Apresentamos, a seguir, a relação de vinhos brasileiros que se classificaram em 2018: (NV significa Non Vintage ou Não Safrado)

Medalha de Prata

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Medalha de Bronze

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Recomendação

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Ainda não ganhamos nenhuma medalha de ouro, como os nossos vizinhos Chile e Argentina. Mas vamos chegar lá. Destaque para os nossos bons espumantes.

Fica o recado para os leitores que se sentem intimidados com os resultados destes concursos, achando que são vinhos de sonho e que nunca poderão provar um. Não é bem assim.

Com poucas exceções, compre no supermercado ao lado de sua residência.

Saúde e bons vinhos!

(*) Para saber mais resultados acesse: https://www.internationalwinechallenge.com/canopy/search.php (em inglês)

Vinho da semana: querem sentir o gostinho de um medalha de ouro? Esta indicação levou este prêmio na safra de 2014, que ainda não chegou por aqui. Mas a de 2013 é uma pechincha.

Torreón de Paredes Reserva Merlot 2013

Apresenta aromas de amora, tabaco e notas de especiarias. Esse tinto chileno envelheceu durante 10 meses em barricas de carvalho francês. No palato exibe taninos maduros, redondos, de suave textura e uma deliciosa fruta.

Harmonização: frios e embutidos, queijo Canastra curado, massas ao ragu de funghi ou bolonhesa, peru ou faisão assados, bisteca, língua, filé ao alho, cordeiro ou javali assados.

Compre aqui: www.vinhosite.com.br

E se a Copa fosse disputada com Vinhos?

Seleções de rótulos e Sommeliers no lugar dos técnicos. As partidas seriam disputadas em belas mesas com representantes das diversas culturas enogastronômicas. Esta seria uma bela Copa.

Uma das expressões mais antigas do nosso popular esporte, “Futebol é uma caixinha de surpresas”, pode ser facilmente adaptada para: Cada garrafa é uma caixinha de surpresas…

Deixando a imaginação correr solta, podemos traçar um paralelo entre as seleções que disputam e as que não se classificaram, com o mundo do vinho, criando uma competição imaginária onde povoam craques, cartolas e pernas de pau, entre outros jargões para lá de manjados.

Para começo de conversa, alguns favoritos ficaram de fora: a fortíssima Itália, com seu reconhecido time onde despontam Barolo, Chianti, Brunello e muitos outros. Daqui da América do Sul, um dos grandes deste esporte vínico, o Chile, nos deixou sem os seus reconhecidos Sauvignon Blanc, Cabernet Sauvignon e o polivalente Carménère. Outra seleção, que embora não seja uma candidata ao título máximo do esporte bretão, sempre é franca favorita no escrete de vinhos, com jogadores de alto nível: EUA. Nesta edição, não contaremos com estrelas do porte de Zinfandel, Chardonnay, Cabernet Sauvignon e Pinot Noir.

Mas há uma turma de peso que está, pelo menos, disputando esta primeira fase.

França: uma das grandes. Múltiplos craques que nunca desapontam: Bordeaux, Pinot Noir, Chardonnay, Champanhe, GSM, etc…

Espanha e Portugal: duas seleções de peso que representam toda a gama de castas autóctones da Península Ibérica. Os dois times estão na ponta dos cascos e têm surpreendido o resto do mundo nos mais variados concursos de vinho. Destaques para Tempranillo, Mencia, Garnacha e Jerez, pela Espanha; Touriga Nacional, Castelão, Alvarinho e Porto, defendendo Portugal.

Alemanha: um time fortíssimo prematuramente eliminado. Nesta copa não teremos Riesling, Gewürztraminer, Sylvaner…

Uruguai e Argentina: dois dos melhores representantes sul-americanos. De um lado Tannat, do outro Malbec. Mas não ficam só nisto. Impossível ignorar os Cabernet Franc e Torrontés argentinos e os Sauvignon Gris e Sauvignon Blanc uruguaios. Olho neles, podem facilmente chegar ao título máximo.

Brasil: está muito bem representado pelos excelentes espumantes que produz. Na linha defensiva temos bons Merlot, Tannat e até umas castas portuguesas.

Austrália: a terra dos Shiraz é outro time interessante. Parece que não vai passar da fase inicial. Pena. Para sorte dos apreciadores, esta relevante casta pode aparecer em outras seleções.

Sérvia e Croácia: ótimos vinhos de ambos países, com potencial para enfrentar qualquer das seleções favoritas. A Sérvia já deixou a competição, mas a Croácia entra em campo com Grasevina, Plavac Mali, Frankovka, entre outros. Pode aprontar.

México: uma surpresa. Um time que volta a surpreender no cenário dos vinhos depois de muitos anos de esquecimento. Sua seleção é formada com as uvas clássicas europeias, nada de muita inovação, mas um time sólido. Vale a pena descobrir mais.

Para terminar, algumas seleções que estão mais para a lanterna do que outra coisa, embora produzam bons vinhos.

Suíça: a casta Chasselas é a mais conhecida. Elaboram vinhos com quase todas as grandes castas europeias. Pequenas produções apenas.

Inglaterra: embora seja um dos maiores consumidores da nossa bebida favorita, sua produção está mais para time de várzea. Alguns espumantes e vinhos brancos apenas razoáveis. São, reconhecidamente, os Cartolas do vinho.

Bélgica: pouca tradição neste ramo, mas apresenta alguns brancos de responsabilidade. Destaques para Chardonnay e Chenin.

Japão: É a terra do Sake, considerados por muitos como um vinho de arroz. Por influência dos Jesuítas, vinificam desde o século XVI. Nada significativo internacionalmente. A casta Koshu é a mais importante localmente. Cabernet Sauvignon e Merlot são outras cepas de referência por lá, com alguns resultados surpreendentes.

A próxima fase está praticamente definida. Duas disputas serão emocionantes: Tannat contra Touriga Nacional; Malbec contra Bordeaux.

Não importa o resultado, ganhamos sempre. Abra um bom rótulo de cada e comemore a vitória ou a derrota do seu time preferido.

É assim que se joga esta Copa.

Alguém arrisca um palpite para a final?

Saúde e bons vinhos!

Vinho da Semana: uma tripla homenagem. Vinho italiano, uva originária da Croácia, que é famosa nos Estado Unidos.

Primitivo di Manduria DOC Mottura 2015

Cor é vermelho intenso tendendo a violeta. Sua fragrância é jovem, quente e intensa. Já o seu gosto é rico em sabores, aveludado e harmonioso.

Compre aqui: www.vinhosite.com.br

Tudo Começa no Vinhedo!

Esta é a máxima dos produtores de vinho. Agrônomos, Enólogos, produtores amadores, negociantes e quem mais trabalhar neste segmente estão sempre com esta ideia na cabeça. De nada adianta ter uma moderníssima e tecnológica vinícola se a matéria-prima não for de excelente qualidade.

O trabalho de campo é intenso, começando pela escolha do terreno, a combinação com o microclima, e a correta orientação. Mais tarde é preciso decidir sobre sistemas de condução, irrigação, tratamentos, culturas que possam ser feitas em paralelo, proteção contra intempéries, poda…

Mas todos concordam que o pronto crucial neste enorme universo é decidir a hora da colheita. Garanto que é uma boa encruzilhada, daquelas que nos fazem recordar o grande poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade:

“E agora José”?

Mais trabalho pela frente e muita gente envolvida.

A rotina básica é coletar amostras, testá-las no campo, ensaiar em laboratório, e provas subjetivas o que envolve um grande conhecimento prático decorrente de vários anos de erros e acertos.

Uma escolha fundamental é decidir de quais parreiras serão retiradas as amostras. Uma regra básica sugere 50 videiras por hectare. A seleção destas plantas pode significar sucesso ou fracasso.

Na busca pelo ponto ideal de maturação, os bagos serão pesados e passarão por diversos ensaios físicos e químicos para determinar os prováveis valores de importantes parâmetros como teor alcoólico, acidez, antocianinas, compostos fenólicos (índice de Folin-Ciocalteu) e flavonoides, que vão indicar a possível coloração final do vinho. Até as borras e bagaços serão avaliados nesta etapa.

O conhecimento empírico dos Agrônomos e Enólogos, é fundamental, resultado de toda a sua experiência. Observam detalhes como a coloração das películas, a facilidade de desprendimento do bago e a sensação tátil e gustativa do mosto.

Muitas vezes a data da colheita (safra), que vai se refletir nos rótulos de vinhos famosos, é decidida desta forma subjetiva. A experiência é arma mais poderosa que a tecnologia.

E você achou que era fácil!

Saúde e bons vinhos.

Vinho da Semana: um belo ‘caldo’ italiano.

Cantina Tollo Biologico Montepulciano D’Abruzzo D.O.P 2016

Apresenta cor rubi intensa com reflexos violetas. Revela aroma de frutas
vermelhas frescas e toque de alcaçuz. No paladar é bem estruturado e macio,
com taninos suaves.

Harmonização: Assados, Salsichas, Queijos meia cura e cremoso, rosbife, massa ao funghi,
terrinas e patês de fígados de frango.

Compre aqui: www.vinhosite.com.br


NOVA DATA – VINHO NA VILA BELO HORIZONTE (*)

O Vinho na Vila, evento itinerante que irá acontecer no bar Benfeitoria, na rua Sapucaí, foi remarcado: a nova data é o fim de semana de 17 a 19 de agosto.

A boa notícia é que a festa ganhou dia extra – a sexta-feira, dia 17/8 –, mais uma oportunidade para provar cerca de 200 rótulos nacionais e de pequenos produtores, com duas horas livres de degustação.

Divulgado por:
Mayra Lopes | Doizum Comunicações
mayralopes@doizum.com
+55.31.9.9795.0364 | +55.31.3889.0364
Rua Antônio de Albuquerque, 377, sl. 8, Savassi, BH, MG
www.doizum.com | facebook.com/DoizumCom

(*) parece que estes eventos estão fadados a terem problemas de organização…

Em Pé ou Deitada?

Mais um mito, ou melhor ainda, um dogma do mundo do vinho está caindo por terra: armazenar as garrafas de vinho na posição horizontal, mantendo a rolha de cortiça sempre úmida.

Segundo um estudo publicado em 2005 pelo Australian Wine Research Institute, que permaneceu obscuro por um longo tempo, este mito seria uma “bobagem”.

A pesquisa acompanhou, por um período de 5 anos, a evolução de um Riesling e um Chardonnay que passou por madeira. As garrafas receberam diversos tipos de fechamento, como tampa de rosca, rolha de cortiça natural e artificial e até uma ampola de vidro foi utilizada. Adotou-se ambas posições de armazenamento, horizontal e vertical, em condições controladas de temperatura e umidade.

Diversos testes foram realizados ao longo deste período. Numa simplificação dos extensos resultados obtidos, os vinhos que menos perderam em qualidade foram aqueles fechados com a rolha natural, não importando a posição em que permaneceram guardados.

Surpreendente!

O principal motivo alegado para a estocagem horizontal seria evitar um eventual encolhimento ou ressecamento da rolha por não estar umedecida. Era tão importante que os principais Chateaus de Bordeaux sempre ofereceram um serviço de troca de rolha de seus principais vinhos. Mais tarde foram suprimidos em função da utilização deste trabalho para validar vinhos fraudados.

Numa recente entrevista para o site Drink Business (*), o Dr. Miguel Cabral, Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Corticeira Amorim, afirmou que devido à alta umidade que existe no espaço entre o líquido de uma garrafa de vinho e a rolha, esta nunca ficará ressecada, ficando sem sentido ter que deitá-las para isto.

Foi mais longe, revelou que se a rolha ficar permanentemente em contato com o vinho, pode alterar a estrutura celular da cortiça favorecendo a sua deterioração.

De tabela, também fica meio sem sentido o controle de umidade nas grandes adegas. Segundo o Dr. Miguel, não precisam ser tão rígidos.

Mas nem tudo está perdido. Existem outras razões para dispor nossas garrafas na posição tradicional. A facilidade de manuseio é uma delas, a economia de espaço, outra. Se levarmos em conta que a maioria dos vinhos que temos em estoque estão na faixa considerada como de consumo rápido, nada disto tem uma importância considerável.

Vou continuar guardando meus vinhos do mesmo jeito que sempre fiz.

Saúde e bons vinhos, em pé ou deitados!

(*) https://www.thedrinksbusiness.com/2018/06/storing-wine-on-its-side-is-bullsht-says-scientist/

Vinho da Semana: um bom tinto, numa garrafa arrolhada

Beaujolais Villages Classic Bel Air Gamay 2014

Produzido com uvas colhidas à mão de videiras que têm idade superior a 50 anos. Estes são fatores que justificam sua alta qualidade. Seus aromas esbanjam frutas vermelhas, como morangos silvestres. Na boca mostra uma fruta deliciosa, é macio, amplo e persistente

Harmonizações: Porco com lentilhas, Presuntos e outros frios, Rins, Rosbife, Salames e outros embutidos, Steak tartar, massas com molho de tipo bolonhesa, Patês.

Compre aqui: www.vinhosite.com.br


CURSOS DE VINHO

Em Recife:

O Clube VSX oferece diversos cursos regularmente. O nível básico tem nova turma começando agora no dia 19 de junho. Possui carga horária de 14 horas aula, com prova de 20 vinhos de diferentes regiões. Tem como foco demonstrar como o clima e o terroir afetam o estilo e qualidade dos vinhos. Durante as provas os participantes serão apresentados à análise técnica dos vinhos com a finalidade de padronizar a linguagem utilizada na descrição dos vinhos.

Datas: 19, 21, 26 e 28 de junho

Horário: das 19h às 22h30

Local: Casa dos Frios

Graças – Recife – PE

Professor: Tito Dias

Investimento: R$ 600,00

http://www.vsxclub.com.br/cursos-presenciais/curso-de-iniciacao-ao-vinho/


Em Belo Horizonte

O nosso parceiro, Casa Rio Verde, continua oferecendo seus excelentes cursos.

No Curso de Iniciação ao Vinho, você aprenderá como degustar os vinhos, analisando os aspectos visuais, olfativos e gustativos. Obterá uma visão crítica maior e com esse conhecimento poderá desfrutar mais e mais desse produto tão emblemático e muitas vezes mal compreendido.

O programa do curso abrange:

– Harmonização Vinho x Comida;

– Como degustar;

– Principais países;

– Climas e solos;

– Tipos de videiras e de uvas;

– Serviço do vinho;

– Degustação de 12 rótulos de estilos diferentes.

O curso acontece na Casa Rio Verde Lourdes.

Data: 25, 26 e 28 de Junho

Carga Horária: 9 horas – Segunda, Terça e Quinta-Feira (Das 19h às 22h)

Investimento: R$ 299,00

Endereço: Praça Marília de Dirceu, 104

Lourdes – Belo Horizonte

https://www.casarioverde.com.br/curso-de-iniciacao-ao-vinho-2/p


EVENTOS EM BELO HORIZONTE

ENCONTRO DE VINHOS (*)

A sexta edição da feira itinerante Encontro de Vinhos em BH acontece no Espaço Ilustríssimo, no bairro Santa Efigênia, no sábado, 16 de junho, e reúne aproximadamente 30 expositores. A vitrine inclui desde grandes importadoras, como a World Wine, até produtores independentes, como a Família Cassone, de Mendoza, na Argentina. O valor do ingresso inclui kits de 10 a 20 fichas de degustação para serem trocadas por doses nos estandes. As importadoras e vinícolas terão à disposição taças extras, a custo individual, e garrafas fechadas com preços promocionais, para serem consumidas no próprio evento ou levadas para casa. À parte, haverá também opções de gastronomia, com food trucks. A programação musical ficará a cargo do cantor belo-horizontino Fabiano Menezes, ao som de MPB e rock dos anos 1970 e 1980.

Serviço:

Data/horário: sábado, 16 de junho, das 14h às 20h

Local: Espaço Ilustríssimo (rua Maranhão, 56, Santa Efigênia)

Valores: R$ 90 (ingresso + kit com 10 degustações); R$ 110 (ingresso + kit com 15 degustações); R$ 130 (ingresso + kit com 20 degustações).

Vendas no site: encontrodevinhos.com.br

(*) este é um ótimo evento do qual sempre participamos nas edições do Rio de Janeiro. Recomendamos.


VINHO NA VILA BELO HORIZONTE 2018(**)

Data: sábado, 7 de julho, das 11h às 22h; domingo, 8 de julho, das 11h às 20h

Local: Benfeitoria (rua Sapucaí, 153, Floresta, Belo Horizonte)

Ingressos: de R$ 50 a R$ 80 (valores variam conforme lote e horário)

Compras pelo site: centraldoseventos.com.br/events/show/vinhonavila

Mais informações: vinhonavila.com.br

Redes sociais: facebook.com/vinhonavila / instagram.com/vinhonavila

(**) fazemos sérias restrições às edições cariocas deste evento. Vá por sua conta e risco…

Vinhas Velhas

Não chega a ser uma novidade, mas os rótulos contendo “Vinha Velhas”, “Old Vines”, “Vieille Vignes” ou em qualquer outro idioma, estão se proliferando e sempre é um motivo para aumentar o preço para os consumidores, mesmo que esta indicação não seja muito bem compreendida por todos.

Para começar, nem sempre podemos afirmar que um vinho elaborado a partir deste tipo de vinhas é, por si só, um vinho de qualidade diferenciada.

Vinhedos assim ainda produtivos são raros, não há dúvidas sobre este ponto, principalmente por conta da devastação causada pela Filoxera no século XIX. Nos países produtores do Novo Mundo as chances de encontrar estas parreiras centenárias são maiores.

Um outro aspecto pouco percebido pelos entusiastas deste tipo de vinho é que as técnicas de cultivo de 100 anos atrás eram muito diferentes das de hoje, inclusive quanto aos tipos castas de que estavam sendo cultivadas. Em poucas palavras, provavelmente não existem vinhedos antigos com uma única varietal. São sempre o que chamamos de “Field Blends”, várias espécies misturadas, aleatoriamente, como se encontra com bastante facilidade na Península Ibérica.

Para que fique bem claro, nem mesmo os vinhedos modernos conseguem ser 100% varietais. As parreiras são seres vivos e se adaptam, constantemente, as condições do terroir. Acabam se reproduzindo na forma de diferentes clones, num mesmo local. Esta é uma das razões de experimentarmos vinhos de uma mesma casta, elaborados em diferentes países, e encontrarmos estilos bem distintos entre si. Os clones plantados em cada região podem ter origens diversas.

Este fato nos leva a uma outra importante constatação: vinhas velhas funcionam muito bem como repositores genéticos. Ali pode estar o DNA original de uma determinada casta.

Devemos tratar estes vinhedos com todo o respeito e cuidado.

Portugal é um bom exemplo disto. Numa recente entrevista para o site The Drink Business (*), o atual enólogo e um dos proprietários da Quinta da Gaivosa, Tiago Alves de Sousa, afirmou que “Portugal é a Disneylândia dos vinhateiros”, chamando a atenção para o grande leque de castas nativas, terrenos, micro climas e idades, o que permite, em mãos competentes, criar vinhos incríveis.

Produtores apenas de vinho do Porto durante muitos anos, arriscaram seus primeiros vinhos não fortificados na década de 90. Atualmente, estes respondem por 75% de sua produção.

Cuida, com muito carinho, da principal herança desta vinícola familiar, as vinhas velhas. Conhece todo o seu potencial, mas sabe que não vão durar para sempre. Faz um replantio destas espécies dentro do mesmo estilo de field blend original, o que é um trabalho muito meticuloso e preciso. Copiando suas palavras, “o nosso futuro pode estar no nosso passado”.

Bravo Tiago!

Saúde e bons vinhos!

Vinho da Semana: um ótimo português oriundo de vinhas velhas.

Casa Santos Lima Reserva Tinto 2013 – $$$

Este vinho oferece uma excelente experiência da Região de Lisboa. Demonstra uma cor intensa e sugere aromas de frutos vermelhos maduros bem equilibrados com notas evidentes de especiarias, produzindo assim um longo e inesquecível paladar.

Premiações: Wine Enthusiast – 90 Pontos; Concours Mondial Bruxelles 2017 – Ouro; Berliner Wein Trophy 2017 – Ouro; International Wine Challenge (Tranche 1) 2017 – Ouro; Austrian Wine Challenge 2016 – Ouro; Asia Wine Trophy 2016 – Ouro.

Harmonização: Pernil suíno com batatas douradas, Medalhões à lá Grega, Filé mignon com crosta de ervas, Sopa de grão de bico com carne de porco e legumes, Cupim assado com batatas e alecrim, Queijo Tilsit, Parmigiano Reggiano.

Compre aqui: www.vinhosite.com.br


Curso de Iniciação ao Vinho na Casa Rio Verde  – Belo Horizonte

O programa do curso abrange:

– Harmonização Vinho x Comida;
– Como degustar;
– Principais países;
– Climas e solos;
– Tipos de videiras e de uvas;
– Serviço do vinho;
– Degustação de 12 rótulos de estilos diferentes.

Data: 11, 13 e 14 de Junho de 2018

End: Praça Marília de Dirceu, 104 – Lourdes – Belo Horizonte

Investimento: R$ 299,00 em até 3 x

Sócios do Vinho Clube pagam R$ 209,30

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