Categoria: O mundo dos vinhos (Page 63 of 77)

Presenteando com Vinho

Uma das participantes da Aula sobre Vinhos que ministrei, recentemente, na Maison du Chef, colocou esta interessante questão: Como escolher um vinho para levar ou presentear?

Múltiplos aspectos devem ser considerados antes de fazer esta escolha, mas não é uma tarefa difícil ou impossível. Com um pouco de organização podemos simplificar e diminuir, consideravelmente, as opções.

Para fazer uma hipotética escolha perfeita, precisamos saber: qual o tipo de evento, o gosto do presenteado ou anfitrião, o que vai ser servido ou se o vinho que vamos levar vai ser consumido logo.

A questão chave é saber se a garrafa que vamos levar será um presente, para ser degustada quando e onde o anfitrião quiser, ou se será aberta para acompanhar algum prato específico. Cada situação pede um vinho que podem ser diametralmente opostos.

Atender ao gosto do presenteado é a situação mais simples: levem um tinto ou um branco que agrade ao nosso amigo.

Para harmonizar com algo que será servido podemos seguir desde a clássica regrinha de “carne vermelha com tintos…”, ou sermos um pouco mais sofisticados e harmonizar da seguinte forma:

– Vinhos leves para comidas leves;

– Vinhos encorpados com pratos mais pesados.

Há um complicador aqui: como identificar um ‘vinho encorpado’?

As boas lojas de vinho e os bons supermercados dispõe de profissionais capazes de fazer as indicações corretas. Se, por outro lado, desejamos fazer esta escolha pessoalmente ou numa compra on line, nada é melhor que termos provado o vinho alguma vez. Uma analogia que é muito útil para entendermos estas sutilezas de estilos é imaginar as diferenças com alimentos que aparecem rotulados como integrais ou light. Com o vinho é muito semelhante, funciona sempre.

Outras regrinhas que podem ser seguidas com facilidade:

– Acidez harmoniza com vinhos mais ácidos. Um Sauvignon Blanc seria a escolha correta para acompanhar uma salada com molho à base de vinagre ou limão e azeite;

– Sal e gordura são fatores que pesam muito na escolha do vinho certo. Podem amenizar as sensações tânicas, seja com uma massa com molho cremoso ou um corte de carne marmorizada.

Em linhas gerais, estas mesmas regrinhas podem ser usadas para uma reunião tipo Queijos e Vinhos: queijos suaves com vinho branco, queijos duros com tintos.

A escolha mais difícil será quando não obtivermos nenhuma destas respostas. Uma verdadeira compra às cegas.

Existem alguns vinhos que funcionam como um curinga do baralho. Agradam a quase todos os paladares e combinam com uma infinidade de pratos.

Da famosa região de Saint Emilion, em Bordeaux, vem o primeiro destes vinhos, um bom Merlot, seja ele varietal ou em um corte com Cabernet Franc. Um clássico.

St. Emilion é a maior e mais antiga região produtora de Bordeaux, remontando ao tempo dos Romanos. O seu vinho típico tem textura rica e aveludada, sobressaindo aromas e sabores de ameixas, alcaçuz, amoras, chocolate e cerejas maduras. Quando associado ao Cabernet Franc, surgem notas florais e de especiarias. O vinho ganha estrutura e um pouco mais de tanicidade.

Ao redor do mundo, todos os produtores de Merlot buscam este mesmo equilíbrio. No Brasil existem excelentes produtores que trabalham esta casta com maestria.

Quando pensamos em harmonizações, a versatilidade é enorme: carnes, grelhadas, assadas, cozidas ou na brasa; caça, aves, suínos, diversos tipos de cozidos e até pescados, dependendo da forma de preparo.

Pode ser servido para acompanhar queijos macios ou duros, sendo considerado um vinho perfeito para harmonizar.

Mas não reina sozinho. Não menos versátil, o Pinot Noir é outra boa escolha. Nem sempre é bem compreendido, principalmente por sua coloração mais clara. Mas não lhe faltam estrutura, aromas e sabores, quando bem vinificado. É a escolha dos especialistas.

Por último, os espumantes. Não tem como errar aqui. São os verdadeiros quebra-galhos e conseguem proezas como acompanhar uma feijoada, tipicamente brasileira, num verão escaldante.

Uma última recomendação: só levem um vinho gelado se tiverem certeza que será aberto naquele momento.

Saúde e bons vinhos!

Vinho da Semana: bom e versátil.

Vega Sindoa Merlot 2014

Cor vermelho púrpura brilhante. Aromas intensos de frutas maduras como ameixa e toques de chocolate e grãos de café. Em boca é jovem, macio, tem média estrutura, boa acidez e um final de boca elegante e com boa persistência.

Harmonização: Carnes moída com vegetais, Paleta assada, Massa com funghi no tomilho, Pastelão/Carne, Peru assado, Porco, Presunto, Queijo Prato.


CASA RIO VERDE: 1º LUGAR NA SELEÇÃO DA “ENCONTRO GASTRÔ  2017”  COM O BRANCO PULPO ALBARIÑO 2015

O vinho Pulpo Albariño 2015, importado com exclusividade pela Casa Rio Verde, de Belo Horizonte, ganhou o 1º lugar em teste cego realizado pela Revista Encontro Gastrô 2017/2018, a principal referência em publicação gastronômica em Minas Gerais. No certame do ano passado, a importadora mineira também faturou o 1º lugar na seleção de Brancos, com o Offida Pecorino de Angelis 2014.

A proposta do concurso é mostrar vinhos até R$100 de excelente qualidade e custo/benefício. Em teste às cegas, foram avaliados vinhos de nove importadoras com atuação em Belo Horizonte. Participaram da avaliação os sommeliers: Denis Marconi, Renato Costa e Robson Santiago.

De importação exclusiva da Casa Rio Verde, o campeão Pulpo Albariño 2015 (R$99,90) leva a assinatura da vinícola espanhola Pagos del Rey. É descrito pelo júri, como “límpido e brilhante no olfato. Destacam-se as flores brancas e os aromas de pêssego e damasco. Na boca é fresco, frutado, volumoso e de final longo”.

O vinho premiado é encontrado nas cinco lojas físicas da Casa Rio Verde e também no VinhoSite (https://www.vinhosite.com.br/vinhos/pulpo%20albari%C3%B1o%202015), loja virtual da importadora.

Vinhos não filtrados: modismo?

Não faltam tendências no mundo do vinho. Se combinarmos os diferentes ‘terroirs’, a variedade de castas e as técnicas de vinificação, temos farto material para criar infinitos ‘trends’, palavrinha do momento que, na falta de termo mais adequado, tenta reunir debaixo de um só guarda-chuva tudo que pode acontecer no universo do vinho.

Muitas vezes são pequenos detalhes que passam desapercebidos pelos consumidores menos atentos. Um dos mais comuns é o tipo de recipiente utilizado para a fermentação, quase nunca declarado em rótulos ou contrarrótulos. A variedade é grande passando por diferentes materiais como aço, madeira, cerâmica, concreto e até materiais plásticos. Cada um exige uma técnica específica, obtendo-se vinhos bem distintos entre si.

Depois de fermentados, que é o principal processo na elaboração dos vinhos, o líquido obtido passa por uma série de outros procedimentos que, durante muito tempo, forma considerados como padrões, entre eles a clarificação e a filtragem.

Estas duas operações têm por objetivo remover uma série de impurezas, como os resíduos de fermentação, bactérias, entre outros, deixando a parte líquida limpa, estabilizada e com uma excelente aparência. Alguns produtos de origem animal, como clara de ovos ou uma espécie de gelatina obtida a partir da bexiga natatória de peixes, são usados na clarificação, o que chamou a atenção dos produtores que seguem a linha de vinhos naturais, orgânicos, biodinâmicos e veganos.

Embora existam agentes clarificadores de origem não animal e alguns sintéticos, o que também não respeita a cartilha de algumas destas linhas de produção, diversos vinificadores estão abandonando, pelo menos num primeiro momento, estas duas técnicas, deixando, apenas, que os vinhos decantem naturalmente seus sólidos em suspensão, o que exige um tempo bem maior de produção, impactando no preço final.

Apesar de não ser uma unanimidade, há uma corrente que acredita que estes vinhos são superiores aos clarificados e filtrados, e os consideram melhores para a saúde de todos.

O debate entre produtores é intenso. Sempre se acreditou que os processos mencionados fossem imperativos e muitos vinificadores se valiam disto para corrigir pequenos problemas ou falhas da fermentação e maceração.

Como a tecnologia de vinificação evoluiu muito e, atualmente, é quase ‘a prova de balas’, ficou mais simples controlar estes resíduos e o que seria removido pode, eventualmente, contribuir para melhorar a qualidade do vinho e deixa-lo com uma maior capacidade de envelhecimento, se armazenado nas condições ideais.

Por outro lado, isto só não garante que o vinho não clarificado e não filtrado seja melhor que outro que passou por estas etapas. Muito mais importante é a forma como cada produtor decide como vai vinificar, sua filosofia vínica, do que usar ou não determinados processos ou equipamentos.

A higiene da cantina é fundamental, diminuindo os riscos de contaminação por agentes estranhos que, eventualmente, seriam eliminados nas etapas de filtragem. Existem vinhos maravilhosos, obtidos com qualquer uma das técnicas, assim como vinhos sem nenhum caráter.

Para o consumidor final é interessante saber como foi tratado o caldo que está prestes a comprar. Um não filtrado pode trazer algumas interessantes características.

Mas o que vai garantir sua qualidade não são os processos, mas sua origem e quem o vinificou.

Saúde e bons vinhos!

Vinho da Semana: com o verão se aproximando, é hora de pensar nos brancos.

Chardonnay Santa Augusta

Fermentado 50% em barricas de carvalho francês e 50% em tanques de inox com temperatura controlada. Seu visual é amarelo palha brilhante. No olfato, um aroma fino e complexo, destacando-se abacaxi, banana e nuances de tostados e baunilha, muito elegante. Na boca é frutado, harmônico e leve. Percebe-se as mesmas frutas encontradas no aroma, retrogosto elegante, estruturado e com acidez muito equilibrada.

Harmoniza com peixes em geral, camarão, crustáceos, culinária japonesa e oriental, carnes brancas, coelho e comidas leves.

Compre aqui:

Vina Brasilis – Rômulo – [email protected] – (21) 99515-1071

Supermercado Farinha Pura (Rio)http://www.farinhapura.com.br/

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Cozinhado com Vinho – 2

Vinho na gastronomia não vive só de tintos, brancos e rosés. Espumantes, vinhos fortificados, licorosos e os de sobremesa podem ser usados na elaboração de pratos bem específicos.

A regra básica é a mesma: deve-se cozinhar com um vinho que você consumiria sem nenhum problema.

O vinho Madeira é um dos que se destacam neste segmento, o Filé ao seu molho é um dos pratos clássicos dos restaurantes tradicionais. Faz sucesso até hoje sendo frequentemente reproduzido em casa. Invistam numa garrafa autêntica, evitando as imitações baratas. Vale a pena.

Molho de Champagne, para camarões, lagostas, peixes e aves de carne branca, é outra receita que faz bom uso de um vinho que só é lembrado no momento de grandes comemorações. Nada mais errado. Espumantes são formidáveis em qualquer ocasião.

Atribuem a Napoleão uma famosa declaração sobre este vinho, que seria merecido nas vitórias e necessário nas derrotas. Apesar de existir alguma controvérsia quanto ao autor desta máxima, ela demonstra toda a versatilidade das “estrelas engarrafadas”.

O molho de Champagne, que pode ser elaborado com um bom espumante brut, de qualquer origem, é preparado a partir de um Roux (manteiga ou azeite e farinha de trigo em partes iguais), ou com base em creme de leite fresco. Delicado e delicioso.

Chefes de Confeitaria também usam vinhos em seus doces, bolos, tortas e outras delícias. Um dos destaques é o Vinho do Porto.

Duas receitas, com este vinho, muito apreciadas, são a Calda para as Rabanadas natalinas e um Chantilly perfumado com ele (*).

Chefs contemporâneos, sempre em busca de outros caminhos que proporcionem sabores inusitados e que conquistem os paladares mais exigentes, começam a olhar, com carinho, para alguns subprodutos da vinificação, como ingredientes para preparações inéditas.

Alguns destes produtos são obtidos somente a partir de uma vinícola, como é o caso das borras de fermentação. Se utilizada numa marinada é um dos melhores amaciantes para carnes de caça.

Outra novidade é usar o mosto, ainda não fermentado. Um dos pequenos segredos da culinária grega que começa a ser desvendado por outras culturas. Fervido e reduzido, se torna um xarope quase doce que tanto pode ser utilizado em pratos salgados ou em doces.

Para finalizar, mesmo um vinho oxidado ou avinagrado, pode encontrar seu lugar na cozinha. Um dos melhores usos é numa marinada. A maior acidez do vinho oxidado amacia de forma mais rápida, diminuindo o tempo de espera. Mas não use o líquido para mais nada. Descarte, escorra a peça de carne e a seque com papel toalha antes de cozinhá-la.

Molho para salada ficam interessantes com os avinagrados. Dilua na proporção de 60/30 e acrescente outros sabores como ervas. Lembrem-se que haverá algum resíduo alcoólico e, portanto, não deve ser oferecido para todos, indiscriminadamente.

Para terminar, mais alguns conselhos, para usar bem este fabuloso ingrediente:

– Ao reduzir um vinho, numa fervura, acentuam-se suas características dominantes como o tanino ou a acidez. Cuidado com as quantidades que for usar na preparação final. Prove e ajuste;

– Evite marinadas longas com vinho. Embora cumpra bem o papel de amaciar a carne, tende a alterar o sabor, deixando-o mais rústico, se deixada de molho por muito tempo. Evite usar o líquido na cocção;

– Tenha sempre por perto um outro agente culinário como caldos (os de frango funcionam muito bem), passata de tomates ou creme de leite. Ajudam a equilibrar sabores, acrescentar cremosidade e corrigir pequenos excessos;

– Sobrou vinho? Coloque em formas de gelo e congele. Use quando precisar.

Saúde e bons vinhos.

(*) Calda de Vinho do Porto

500 g de açúcar

300 ml de água

Casca de uma laranja

1/2 cálice de vinho do Porto

Preparo:

Misture o açúcar e a água com a casca de laranja. Leve ao fogo e ferva por uns 3 minutos. Acrescente o vinho do Porto, e ferva até o ponto de fio fino. Espere esfriar e sirva sobre bolos, rabanadas, etc…

Chantilly ao Porto

Bata uma xícara de creme de leite (fresco, não serve de lata ou caixa) num recipiente gelado até que comece a firmar.

Acrescente, pouco a pouco, 3 ½ colheres de sopa de Porto e 2 ½ colheres de sopa de açúcar de confeiteiro, batendo até firmar.

Sirva com sorvetes, gelatinas, tortas e bolos. Salpique com pistaches ou nozes picadas.


Vinho da Semana:
um Porto para preparar uma das delícias acima.

Porto Ruby Maynard’s

Este Vinho do Porto Ruby é resultado de uma combinação de jovens Portos selecionados, que estagiou em pequenas pipas de carvalho. Mostra suaves notas de fruta fresca junto a rica textura.

Compre aqui: www.vinhosite.com.br


Cursos Casa Rio Verde

Novas turmas do bom curso de Iniciação ao Vinho.

Descubram neste link:

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Cozinhado com Vinho – I

Vinho e gastronomia estão embricados, a tal ponto, que muitas vezes é difícil separá-los. Quase ninguém imagina degustar um bom vinho sem ter alguma coisa para harmonizar. Pão, queijo e azeite são os mais populares.

Esta noção é tão enraizada que esquecemos que o vinho é um dos maiores aliados dos grandes chefes de cozinha. Lançam mão deste recurso para acrescentar aromas e sabores a carnes, aves, massas, peixes e frutos do mar, que se tornam verdadeiras obras de arte. Quem nunca ‘entrou’ numa cozinha pode ficar surpreso com a quantidade de pratos clássicos que dependem da nossa bebida favorita e desconhece que algumas técnicas de cozimento usam intensamente o vinho.

Eis alguns destes pratos famosos: Coq au Vin; Beauf Bourguinone, Cioppino (uma caldeirada de frutos do mar) e os saborosos Risottos que caíram no gosto brasileiro. São pratos reconfortantes, tanto para quem os saboreia como para quem os prepara. “Galo ao vinho” era um dos favoritos do meu pai, com quem aprendi a gostar de vinhos e de comida. Sua receita era mágica. Dividia alegremente a garrafa de vinho na proporção de 1 taça para o cozinheiro e outra para o galo. Vocês podem imaginar o resultado…

A esta altura dos acontecimentos, os leitores já perceberam a Regra de Ouro para o vinho na cozinha:

– Utilize um vinho que você goste de degustar.

Principalmente, nada de usar os chamados vinhos de culinária. Da mesma forma, não gaste a sua melhor garrafa. O vinho é um transformador dos alimentos, cabendo ao álcool o principal papel. Ao contrário do que é crença popular, não é completamente evaporado, sobrando algum resíduo que realça os demais componentes de uma receita.

Há uma proporção ideal, um prato encharcado e com sabores alcoólicos marcantes não é nada agradável. Deve ser usado com parcimônia, exceto em preparações muito específicas.

Uma das maneiras mais simples de aproveitar uma sobra de vinho é usá-la para deglaçar (*) a panela onde foi selada uma carne, por exemplo. Ele é perfeito para soltar aqueles pedacinhos que ficam colados no fundo da panela e absorve bem as gorduras e temperos. O líquido obtido é a base para saborosos molhos.

A turma da minha geração vai lembrar, talvez com simpatia, dos assados feitos em casa: a carne ou ave tinha que ficar em ‘vinha d’alhos’, antes de ir para o forno. Esta preparação, vinho e temperos, era um maravilhoso amaciante de carnes. Cada residência tinha sua receita, guardada com certa formalidade por mães, avós e as famosas cozinheiras de forno e fogão. Bons tempos…

Em outras preparações o vinho pode passar a protagonista, como nos Fondues de Queijo. O ácido tartárico combina com o cálcio do leite evitando a coagulação e mantendo a deliciosa textura aveludada deste prato.

A próxima regra a ser observada para quem quer trilhar este caminho é buscar vinhos jovens, secos, com corpo médio a intenso e que não tenham passado por madeira: as notas de carvalho tendem a ficar amargas. As castas Merlot (tinto) e Pinot Grigio (branco) são as referências. Não precisam ser varietais, cortes são bem-vindos.

Vinhos são muito versáteis na culinária. Podem ser usados em sopas, cozidos, assados, como agente deglaçador, como líquido de cozimento para ovos e massas, substituindo água ou algum tipo de caldo.

Técnicas que utilizam vapor ganham novos sabores trocando-se a água por vinho. Peixes e frutos do mar ficam incríveis. Experimentem cozinhar uma massa longa no vinho tinto. Depois de escorrida, salpique alho dourado, pignoli tostado e parmesão.

Semana que vem tem mais. Até lá.

Saúde e bons vinhos!

Vinho da Semana: perfeito para degustar ou cozinhar frutos do mar.

Vinho Branco seco Moscato SARAU

Visual é amarelo palha, límpido e brilhante, com reflexo esverdeado. No olfato, um aroma intenso, franco e elegante, muito frutado onde se destacam as frutas, abacaxi, mamão papaia, banana, pêssego e aroma floral com uma nota flor de laranjeira. Na boca é fresco, muito frutado, persistente e harmônico.

Harmoniza com peixes em geral, camarão, crustáceos, culinária japonesa e oriental, carnes brancas, comidas leves.

Compre aqui:

Vina Brasilis – Rômulo – [email protected] – (21) 99515-1071

Supermercado Farinha Pura (Rio) – http://www.farinhapura.com.br/

Supermercado Real (Niterói) – http://www.supermercadosreal.com.br/


Não deixem de prestigiar estes eventos:



Ainda há vagas para a minha aula sobre vinhos.

Uma grande oportunidade para nos encontramos e degustar vinhos especialmente selecionados.

Data: 26/10/2017 – 5ª feira

Horário: 19:00 às 22:00

End: Shopping Cidade Copacabana, Rua Siqueira Campos 143

Investimento: R$ 150,00

Informações: (21) 3496-6894 / WhatsApp: (21) 98079-2888

E-mail: [email protected]


(*) “Deglaçar” vem da palavra francesa déglacer que significa dissolver em líquido. Depois que as carnes ou hortaliças forem douradas, junte ao recipiente (panela, frigideira ou assadeira), em fogo alto, água (ou vinho ou caldo ou cerveja ou suco). Com a colher de pau, mexa e raspe as bordas e base para soltar os resíduos, dissolvendo-os para que sejam incorporados ao Molho ou Fundo.


Argentina Wine Awards 2017

Este é o concurso de vinhos mais importante para o consumidor brasileiro, não só pela seriedade com que é realizado, mas pelo fato dos vinhos premiados estarem, quase sempre, disponíveis em nosso mercado.

Os vinhos argentinos são os que mais aprecio, comparados com os outros vizinhos, Uruguai e Chile. Há uma razão, são vinhos produzidos por quem tem o hábito de consumi-los regularmente, e isto faz toda a diferença.

O produtor argentino soube se modernizar, deixando de lado a casta Criolla, entre outras, e abraçando a Malbec, que ressurge no cenário mundial por conta da curiosidade e habilidade de um dos mais renomados enólogos, o norte americano Paul Hobbs. Apoiado por Nicolas Catena, cria um novo vinho, hoje reconhecido e copiado, o Malbec Argentino.

Enologia e agronomia são ciências importantes naquele país que soube ir além de monocastas e, atualmente, brilha com uma impressionante variedade de opções de vinhos e terroirs. A mais recente novidade é reconhecer novas áreas de cultura, ou indicações geográficas, como La Consulta, Los Chacayes, Altamira e Tunuyán.

O AWA leva isto tudo em consideração e tem, como resultado, não um hipotético “melhor vinho”, mas diversos vinhos laureados nas categorias que contemplam: preço de venda ao consumidor, região produtora e tipo de vinho. Um resultado que demonstra a maturidade de produtores e associações que organizaram esta prova (Wines of Argentina e a Corporação Vitivinícola Argentina (COVIAR)), ao contrário do que acontece no nosso país que fazem um tremendo alarde com um falso resultado de “5º melhor vinho do mundo”, obtido num concurso sem nenhum peso e disputando com outros vinhos tão desconhecidos quanto os nossos. Melhor seria se diminuíssem este ufanismo todo e reconhecessem que foram, apenas, o quinto melhor vinho, daquele concurso. E só…

Um corpo de jurados internacionais, com representantes da China, EUA, Reino Unido e Argentina, escolheram os melhores do AWA de acordo com os critérios citados.

Troféus Regionais:

– Vales do Norte – Colomé Malbec 2015, Bodegas Colomé;

– Vales de San Juan e Rioja – Bodega Salentein, Pyros Special Blend 2013;

– Vales de Mendoza – Grand Medal Cabernet Franc 2014, Bodega Trapiche;

– Vales Patagônicos e região Atlântica – Grand Reserve of the End of the World 2013, Bodega del Fin del Mundo.

Troféus por categoria:

– Fabre Montmayou Reserva Malbec, 2016 – Bodegas Fabre S.A.

– Doña Paula 969, 2017 – Doña Paula

– Cocodrilo Corte, 2015 – Viña Cobos SA

– Riccitelli & Father, 2014 – Riccitelli Wines

– Finca Los Nobles Cabernet Bouchet, 2012 – Bodega Luigi Bosca /Familia Arizu

– Santiago Graffigna, 2014 – Bodegas Graffigna

– Alta Vista Premium Extra Brut – Alta Vista

– Agostino Familia White Blend, 2014 – Finca Agostino Hnos. S.A.

– Cadus Vistaflores Appellation Chardonnay, 2016 – Cadus Wines

– Gran Medalla Cabernet Franc, 2014 – Trapiche

– Santa Julia Reserva Malbec, 2016 – Bodega Santa Julia

– Tito Zuccardi Paraje Altamira, 2015 – Bodega Zuccardi Valle De Uco

– Santa Julia Reserva Malbec Cabernet Franc, 2016 – Bodega Santa Julia

– Rutini Apartado Gran Malbec, 2014 – La Rural Viñedos y Bodegas SA Ltda

– Grand Reserve Del Fin Del Mundo, 2013 – Bodega Del Fin Del Mundo

– Colomé Malbec, 2015 – Bodega Colomé

– Cafayate Gran Linaje Torrontés Cosecha Tardía, 2015 – Bodegas Etchart (Pernod Ricard Argentina S.R.L.).

Tintos, brancos, cortes, espumantes e vinhos de sobremesa. Fácil entender o tema escolhido para este ano:

‘Breaking new ground’ ou ‘Explorando novos territórios’.

A relação completa está neste link: Ganhadores AWA 2017

Saúde e Bons vinhos!


Para leitores do Rio e Niterói:

Nova turma para a minha aula sobre vinhos.

Uma grande oportunidade para nos encontramos e degustar vinhos especialmente selecionados.

 

 

 

Data: 26/10/2017 – 5ª feira

Horário: 19:00 às 22:00

End: Shopping Cidade Copacabana, Rua Siqueira Campos 143

Investimento: R$ 150,00

Informações: (21) 3496-6894 / WhatsApp: (21) 98079-2888

E-mail: [email protected]


Vinho da Semana: para enfrentar a concorrência, um bom vinho da Serra Catarinense, elaborado pela Vinícola Santa Augusta.

Cabernet Sauvignon/ Merlot MAESTRIA

Elaborado a partir das uvas Cabernet Sauvignon (70%) e Merlot (30%), amadurecido em barricas novas de carvalho francês durante o período de 8 meses. Seu visual é vermelho rubi, com reflexos violáceos, límpido. No olfato, um aroma fino, frutado e franco com média intensidade, com notas de amora, ameixa seca e uma nota discreta de vegetal e de tostado. Na boca tem ótima acidez, os taninos não agressivos, harmônico e persistente.

Harmonização: carnes vermelhas, aves, caças, massas condimentadas com molhos de carne e queijos de sabor intenso.

Compre aqui:

Vina Brasilis – Rômulo – [email protected]    (21) 99515-1071

Supermercado Farinha Pura (Rio) – http://www.farinhapura.com.br/

Supermercado Real (Niterói) – http://www.supermercadosreal.com.br/

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