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O Serviço do Vinho ou O Paraíso dos Enochatos – 2ª parte


Episódio II – Abrindo uma garrafa

Pode até parecer uma bobagem, mas tem sua ciência. Para os puristas, é o momento que denuncia um mau enófilo. O alvo de nossa brincadeira pode mesmo ter um infarto se duas ou três condições não atingirem suas especificações pessoais. Até o saca-rolha vai ser alvo de análise detalhada.
A primeira providência é retirar, corretamente, a cápsula que protege a rolha. A imagem a seguir esclarece bem:

Corte, com uma boa faca, na posição indicada pela linha amarela. Tente girar a mão em torno do gargalo, minimizando os movimentos da garrafa.

A seguir, introduza o saca-rolha, girando-o no sentido horário e mantendo a garrafa estática.

Remova a rolha. Aproveite e examine o estado dela. Deve estar inteira, firme e com boa aparência. Olhe a parte que esteve em contato com o líquido: cor uniforme e aroma agradável.

Atenção especial ao abrir um espumante: evite fazer ruído e NUNCA deixe a rolha voar. Segure-a com um pano para ajudar. Um leve psst está dentro dos padrões de boas maneiras.
Para o leitor fazer um treino, eis a 

Dica da Semana:

Villaggio Grando Brut

Região: Serra Catarinense – Brasil
Tipo: Espumante
Uva(s): Chardonnay, Pinot Meunier, Pinot Noir
Um Brut produzido pelo método charmat, espumantizado com muito capricho, mantendo sua cor leve e sua perlage extremamente fina e intensa. Aromas muito agradáveis.
Contato – http://www.villaggiogrando.com.br/ 
Perlage – adjetivo que indica o tipo e quantidade de bolhinhas num espumante.
Saúde !

O Serviço do Vinho ou O Paraiso dos Enochatos – 1ª parte


Além dos críticos, o mundo do vinho está coalhado de enochatos, aqueles palpiteiros que acham que sabem mais que os outros e vivem dando opiniões não solicitadas.
Como todo bom assunto relacionado às delícias de Baco, divide-se em categorias:
– enochato – fácil de despachar e ir beber um vinho;
– enomala – só se bebe o vinho com ele atrelado;

– enobaú – é capaz de azedar o vinho…
Para não dar chances a eles, a partir desta semana, em episódios consecutivos, vamos conhecer algumas regrinhas básicas. Procedendo assim, ninguém vai criticar. 
Episódio I – Temperatura de Serviço (eles adoram bochechar sobre isto…)
Regra básica: espumantes, brancos e rosés são servidos gelados; tintos são servidos na temperatura ambiente.
Temperatura ambiente de onde Cara-pálida?
É aqui que começa a confusão. Em geral, estamos nos referindo ao país ou região produtora, quase sempre, climas frios ou muito frios.
Existem diversas tabelas que servem como indicadoras. Nada mais que isto. Colocar o vinho exatamente na temperatura mencionada nem sempre é a melhor solução.
Esta lista a seguir é bem conhecida e respeitada:
Tintos Encorpados • 19ºC – 20ºC
Tintos mais leves • 16ºC – 18ºC
Rosados e Brancos Secos encorpados • 11ºC – 13ºC
Brancos leves e aromáticos, Jerez • 9ºC – 11ºC
Champagne e Espumantes encorpados • 7ºC – 9ºC
Brancos Doces e Espumantes mais leves e descompromissados • 7ºC – 8ºC
A nossa recomendação para os tintos é que não sejam resfriados em um balde com gelo e água, exceto em situações extremas e por pouco tempo. Refrigere o ambiente e deixe a garrafa lá pelo tempo que for necessário.
Em locais de clima muito frio será necessário chambrear o vinho, ou seja, aquecê-lo ligeiramente. Se for o caso, existem acessórios para isto. 
Dica da Semana – Nossa primeira indicação com 90 pontos (Parker) 
Cocina Blend

Produtor: La Posta

País: Argentina, Mendoza
Este cativante corte de Malbec com Bonarda e Syrah foi classificado com nada menos que 90 pontos por Robert Parker – nota muito impressionante para um vinho desta faixa de preços. Mostra ótima complexidade e um delicioso toque sedoso no palato. Sem dúvida uma das melhores relações qualidade/preço da América do Sul na atualidade!

Importadora – Vinci Vinhos – (http://www.vincivinhos.com.br/phoneSell.aspx)

Os críticos e suas influências


Existe um antigo ditado popular que trata da única certeza da vida – a de que um dia não estaremos mais por aqui. Não há como negar. Mas podemos fazer uma paródia: o certomesmo é que sempre vai haver alguém para criticar o nosso trabalho.
No mundo do vinho isto é mais que fato, é a realidade. Alguns críticos ou experts são tão influentes que chegam a ditar o rumo a ser seguido por produtores.
Para os consumidores tornaram-se fundamentais. Cabem a eles testar os vinhos que pretendemos beber. Se a pontuação ou nota for alta, Oba! Vamos em frente. Caso contrário, qual é mesmo o outro vinho que ele achou melhor?
Este é um caminho fácil, quase sem erros ou percalços. Mas é realmente isto que o leitor quer provar? O paladar de determinado crítico é o mesmo que o seu?
Vamos conhecer um pouco mais sobre alguns destes curiosos personagens.
Robert Parker, Jancis Robinson, Hugh Johnson e Stephen Tanzer são conhecidos internacionalmente. Na América do sul, Patricio Tapia (Chile), Fabricio Portelli (Argentina) e Jorge Lucki (Brasil) são nomes respeitados.

O decano desta lista é Johnson, um inglês da geração de 39. Escreve desde 1960 sendo considerado o autor de maior sucesso neste segmento. Publica, anualmente, o Guia de Vinhos (Ed. Nova Fronteira, edição 2008), seu livro mais conhecido. A edição de bolso é quase uma bíblia dos enófilos. Suas informações são atuais e as indicações precisas. Adota um sistema de classificação com 4 faixas, representadas por *, não sendo um entusiasta dos sistemas de pontuação numérica. Sua influência é grande. É até hoje diretor do respeitado Chateau Latour.
Jancis Mary Robinson, nascida em 1950, é cidadã britânica, formada em Matemática e Filosofia pela Universidade de Oxford. Entrou para o mundo do vinho em 1975, tornando-se editora assistente da revista Wine & Spirits (Vinho & Destilados). Em 84, obteve o título de Mestre de Vinhos, sendo a primeira pessoa fora do ciclo de produção e comércio a obter esta honraria. Seu nicho é voltado para a educação e material enciclopédico. O Oxford Companion to Wine (ainda não traduzido) é referência absoluta. Editou, junto com Johnson, o completíssimo Atlas Mundial dos Vinhos (Ed. Nova Fronteira). Seu campo de influência é o consumidor.
Stephen Tanzer, norte americano, é o editor da publicação bimensal International Wine Cellar (Adega Internacional de Vinhos – links após a dica). Tem uma marcante preferência pelos vinhos da Borgonha, Piemonte (Itália), Califórnia, Estado de Washington, África do Sul e Bordeaux. Prova cerca de 10.000 diferentes garrafas por ano. Adota na sua classificação um sistema de 70 a 100 pontos, fazendo competição direta com Parker. Tem um estilo mais conciso e fácil de ler. Muito respeitado e influente é constantemente citado por outros críticos.
Robert M. Parker, Jr. é um advogado norte-americano, sessentão, considerado o mais importante e influente critico de vinhos da atualidade. Sua palavra é lei. Uma classificação negativa simplesmente faz desaparecer este ou aquele produto do mercado. Ninguém compra. Para saber sua opinião é preciso assinar a publicação Wine Advocate (Advogado do Vinho). Extremamente imparcial e justo, dizem que copiou seu estilo de outro advogado, Ralph Nader, ferrenho defensor dos direitos do consumidor. Não aceita vinho de presente das produtoras, comprando as garrafas a serem degustadas no mercado. Atribui-se a ele a criação do sistema de classificação dos 100 pontos, na verdade uma escala entre 50 e 100 pontos que leva em consideração a cor e aparência, aroma e buquê, sabor e retro gosto e o nível de qualidade ou potencial. Não há dúvidas sobre a importância deste personagem, mas dois pontos devem ser analisados com atenção:
1 – o gosto de Parker é para o mercado norte-americano, não é um paladar internacional;
2 – por ser o maior mercado comprador, este paladar acabou influenciando um série de produtores, no que foi denominado Parkerização do vinho – todos querem uma nota alta.
Mas de modo algum podemos ignorar sua opinião.
Curiosidades: pouquíssimos vinhos receberam uma nota máxima de Parker, 224 para sermos exatos. Deste lote, 69 são da região do Rhone, França e 53 rótulos, vinhos de Bordeaux. Em terceiro lugar estão alguns Californianos (EUA): 45 agraciados. A Itália, conhecida como o país de maior produção de vinhos (em volume) obteve apenas 3 notas máximas. Nenhum espumante alcançou tal distinção, e nem vinhos do Chile, Argentina, Áustria e Nova Zelândia.
Foi publicada uma biografia não autorizada dele: O Imperador do Vinho (Ed. Campus).
Seu olfato está segurado em 1 milhão de dólares…
O trio de críticos sul americano, entre outras obras individuais (muitas em português), produz um excelente guia de vinhos locais, o Descorchados (Ed Planeta). Leitura obrigatória para aqueles que apreciam as delicias destes 3 países.
Existem vários outros experts pelo mundo afora. Até mesmo esta modesta coluna, quando faz a sugestão da semana, pode ser incluída neste rol. De grande importância, também, são algumas publicações periódicas. Quem vai navegar pelo mundo do vinho não pode deixar de conhecê-las. Destacam-se a revista inglesa Decanter Magazine (links após as dicas) e a espetacular Wine Spectator, americana, que publica, anualmente, uma interessante lista dos 100 melhores vinhos (veja nos links). No Brasil, as bancas ou lojas de jornais e revistas vendem excelentes publicações como a Gula, Vino e Prazeres da Mesa.
Nas boas livrarias podem ser encontrados diversos livros e Guias sobre o assunto. Dentre os mais famosos, estão o italiano Gambero Rosso, o espanhol Guia Peñin e o português Guia de Vinhos.
Escolha o seu caminho!
Em homenagem as 69 notas 100, a dica de hoje vem do Rhone.
 

Cellier des Dauphins 2005
País: França
Castas: Grenache (Garnacha) e Syrah
Cor escura com traços violetas. Aroma de amoras e um pouco terroso. Estilo típico europeu, muito bom de beber. Com bom corpo, agrada ao palato, suculento e com acidez bem equilibrada. Ótimo para combinar com uma boa refeição.
A partir desta coluna, sempre que houver uma classificação ela será indicada.
Saúde ! 
Links citados no texto:
Stephen Tanzer(assinatura) – http://www.wineaccess.com/expert/tanze/newhome.html 
Robert Parker(assinatura)- http://www.erobertparker.com/
Revista Decanterhttp://www.decanter.com/
Atenção – todos os sites estão em inglês.

Ah! Os tintos


O leitor seria capaz de afirmar qual o vinho da última ceia?

Tinto, com certeza. Já a casta… Há diversas teorias.
O vinho tinto foi o primeiro a ser vinificado e, até hoje, é o tipo mais produzido e consumido. Logicamente, as uvas vermelhas tem maior extensão de plantio do que outras cepas.
Vinho tinto é uma bebida nascida no Velho Mundo. Sempre foi considerada nobre. Algo capaz de transferir certo status. Beber um tinto, um bom tinto, bem entendido, exige certos requintes, quase um rito. Há quem afirme ser impensável bebê-lo sozinho ou desacompanhado de uma boa refeição. Exageros. Mas vinhos melhoram muito se forem compartilhados.
Escolher um bom tinto está se tornando uma arte. Produtores de todo o mundo se esmeram em produzir mais e melhores vinhos. O mercado ficou complexo. Comparações se tornam inevitáveis assim como o surgimento de uma série de experts, que através de suas críticas, passam a influenciar e mesmo ditar os caminhos a serem seguidos.
Faca de dois gumes! Ao mesmo tempo em que estes personagens conseguiram criar um sistema de avaliação de vinhos, também impõe uma pasteurização na produção final: todos querem uma boa critica ou uma nota máxima. Os vinhos acabam ficando parecidos…
Mas é o nosso paladar que vai mandar. O vinho bom é aquele que a gente gosta. Que desce prazerosamente pela boca. Que nos dá vontade de repetir e, por que não, deixa os convidados embasbacados, arrebatados.
A primeira regra para conseguir este sucesso é experimentar muito. Se o leitor for do tipo organizado, compre um pequeno caderno para fazer suas observações. Procure na mídia especializada algum teste comparativo recente. Use o resultado para escolher uma linha de vinhos e tire suas próprias conclusões.
Por exemplo: vinhos do tipo Bordalês são sempre bem aceitos pela crítica. É uma escolha certeira na maioria das vezes. Um segundo caminho que funciona muito bem é trilhar pelos varietais, provando caldos de diferentes regiões e produtores. Algumas castas são perfeitas para isto, Cabernet Sauvignon, Merlot e Syrah ou Shiraz.
O Cabernet caracteriza-se pelos taninos densos e aristocráticos, cor profunda, complexos aromas de frutos tais como ameixa, cassis.
O Merlot é encorpado, intensamente frutado. Seu paladar é rico, macio, perfeitamente equilibrado, sedoso e de grande classe. Agrada muito ao público feminino.
O Syrah é um vinho complexo e distinto, de cor escura, alcoólico e com aromas e sabores de especiarias. Pode ser bebido com grande prazer desde a juventude graças à rotundidade e doçura dos seus taninos.
Os brasileiros apreciam muito duas castas ícones da América do Sul, a Carménère chilena, que é uma prima do Merlot, e a Malbec argentina, que produz um vinho potente, mas ao mesmo tempo muito redondo e fácil de beber. Ótimo com um bom churrasco.
Tanino é uma substância que está presente na casca da uva tinta e que se transfere ao vinho. Quimicamente é um polifenol. Se não forem bem tratados durante a vinificação dão uma sensação desagradável à bebida. O vinho fica rascante. Por outro lado, a ausência deles deixa o vinho insosso. Outras frutas como cereja, morango, mirtilo e romã são ricas em taninos.
Escolha uma bela ampola. Tire a rolha e deixe o líquido respirar um pouco. Sirva em uma taça adequada, com um pequeno bojo. Não ponha muito, cerca de 1/3 do volume. Segure pela haste e faça pequenos movimentos circulares, oxigenando mais um pouco o adorável liquido. Olhe a cor contra um fundo branco, sinta os aromas que se desprendem do copo. Quais memórias vêm à mente? Prove. Aprecie.
Calma! Calma!
Não precisam se insurgir. Um bom Bordeaux é a dica da semana.

Château Gabaron 2006
País: França
Região: Bordeaux Uva: Merlot (40%), Cabernet Sauvignon (30%), Cabernet Franc (30%)
Uma boa descoberta, este saboroso petit château – de uma pequena propriedade no coração de Bordeaux – apresenta uma excelente relação qualidade/preço e um estilo bem francês. Equilibrado e macio, fácil de beber, é um ótimo vinho de bistrot.
Saúde!

Espumantes, Brancos, Rosés, Tintos, Doces e Fortificados


Fortificados? Será que alguém construiu uma fortaleza só para guardar vinhos?
Vamos deixar todos com curiosidade, mas não existe nenhuma muralha em torno dos vinhos fortificados. Só por uma questão de tradição, os deixaremos por último. Para começar, como manda o ritual de uma degustação, vamos abrir um espumante.
Nesta categoria de vinhos, os Champanhes reinam absolutos. E só os que são produzidos na região de Champagne, na França, podem receber esta denominação. O resto é espumante.
Mas e os maravilhosos Proseccos, não são champanhes? Não! Aliás, desde a introdução no nosso mercado deste simpático e refrescante espumante italiano, a expressão tomar um prosecco virou sinônimo de tomar um espumante. Um engano curioso: prosecco é a uva a partir da qual se faz o borbulhante vinho. Existem vinhos brancos tranquilos (os que não espumam) com a mesma uva e a mesma denominação.
Vinhos espumantes são fabricados em diversos países e, acreditem, alguns podem ser melhores que os endeusados Champãs, como gostava de grafar o saudoso Ibrahim Sued. No Brasil são produzidos excelentes espumantes, apreciados por degustadores internacionais. Na Espanha, espumantes são conhecidos como Cavas, na Alemanha denominam-se Sekts, pouco apreciados por aqui. Na Itália, além do já citado, vamos encontrar o Lambrusco e o Asti, entre outras. Na França fazem espumantes em outras regiões adotando a expressão Cremant.
As castas mais tradicionais na produção destes vinhos são a Chardonnay e a Pinot Noir.
Um detalhezinho: espumante que se preze é Brut, que se traduz como seco. Bebe-se gelado, em torno de 9° C.
Além dos espumantes, a uva Chardonnay produz os melhores vinhos brancos, na opinião de muitos enófilos. A referência, como sempre, são os vinhos da Borgonha, França. Mas não reinam mais sozinhos e podem mesmo, ter perdido a majestade. Os chardonnays Norte-Americanos tem simplesmente arrasado a concorrência, aliando qualidade a um preço imbatível. A perfeita relação custo x benefício.
Outras uvas brancas desafiam a nossa Rainha (Chardonnay). Sauvignon Blanc, Semillon, Pinot Gris, Riesiling, são algumas das castas que produzem vinhos fantásticos, principalmente no novo mundo. Existem, também, brancos feitos a partir de uvas tintas. Nenhuma mágica nisto, basta remover as cascas no processo de fermentação. A Pinot Noir, classuda e complexa uva tinta, costuma ser vinificada em branco para compor os champanhes. A expressão blanc des blancs indica os vinhos feitos unicamente com uvas brancas.
Já adivinharam qual seria a casta que reina nos tintos? Pinot Noir é uma delas. Mas não é a única. Dependendo do paladar de cada um, e isto é extremamente significativo, os melhores tintos poderão ser das castas Cabernet Sauvignon, Nebbiolo, Sangiovese, Syrah ou Merlot. Isto sem levar em conta as sul-americanas Malbec (Argentina), Carménère (Chile) e Tannat (Uruguai), cujo reconhecimento e consumo mundiais aumentam espetacularmente.
Os Tintos são vinhos sérios, para serem bebidos com certa circunstância. Existe mesmo um rito para aprecia-los. Mas não sejam tão precisos assim, um cálice de tinto nas refeições não só as tornam mais saborosas como traz ótimos benefícios à saúde. Mas sem exageros OK?
Vinho tinto é o maior mercado vinícola e será objeto de uma coluna só para eles.
E o Rosé? É simplesmente uma mistura de tinto com branco?
Não é bem assim. Sua agradável coloração é obtida controlando-se o tempo que as cascas da uva tinta permanecem em contato com o mosto em fermentação. O Rosé é descompromissado, refrescante, para ser degustado informalmente. É ideal para o verão brasileiro. Boa companhia para uma praia ou piscina. Bebe-se quase como uma cerveja – bem gelado. Para os enochatos a temperatura indicada é cerca 12° C. (boa pra um branco também)
Acredito que os leitores já estão impacientes: e o tal fortificado?
Posso afirmar, com segurança, que todos nos já provamos um fortificado. Vinho do porto, por exemplo. Outros da mesma categoria são o Madeira, o Jerez e o Marsala. Junto com os vinhos doces, também chamados de sobremesa, formam uma categoria à parte.
Neste segmento dos adocicados, pensados para acompanhar uma sobremesa, reinam o Tokai, produzido na Hungria, e o Sauternes, francês. No Novo Mundo, são comuns vinhos de sobremesa produzidos a partir das castas Gewurztraminer e Riesiling. Tintos doces são raros, mas deliciosos. Um exemplo dos mais conhecidos é o Vin Santo italiano.
Vinho do Porto é a referência entre os chamados fortificados. Recebem esta denominação porque são misturados com aguardente vínica, processo que permite que estes vinhos durem mais de 100 anos. Assim como os doces, completam uma refeição tendo a fama de serem digestivos. Mas há que os beba como aperitivos.
Saca Rolhas em punho!

Montes Chardonnay 2009 (Viña Montes)
País: Chile
Tipo: Branco Seco
Ótimo branco elaborado com a nobre uva Chardonnay. É fermentado parcialmente em carvalho, o que confere esse agradável toque de baunilha bem equilibrado com as frutas exóticas. Encorpado, rico, cremoso e de moderada acidez. Apresenta uma excelente relação qualidade/preço.
Saúde !
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