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Vinho e dor de cabeça

Esta é uma queixa que temos escutado com frequência, e não estamos falando daquela decorrente de uma tremenda ressaca após exagerar no número garrafas, mas das que são provocadas por uma taça apenas.
 
Pesquisas recentes demonstram que duas substâncias comumente encontradas nos vinhos podem ser as culpadas: sulfitos e aminas. Vamos conhecer um pouco mais sobre isto e algumas sugestões para evitar este incômodo, afinal, deixar de beber vinho está fora de questão.
 
Sulfitos, nome genérico para o dióxido de enxofre e seus sais, são conservantes adicionados ao vinho para prevenir sua deterioração, principalmente devido à presença de bactérias comuns na casca da uva que podem transformar tudo em vinagre. Também evita alterações de sabor.
 
Muitas pessoas têm intolerância a este produto, muito comum em alimentos industrializados onde são empregados como aditivo antimofo e antioxidante, entre eles os biscoitos do tipo cream crackers, massa de pizza, atum em lata, picles, azeitonas, camarões empacotados e frutas secas. Se algum destes alimentos também provoca a sua dor de cabeça é bem possível que você seja alérgico aos sulfitos.
 
As aminas decorrem, naturalmente, do processo de fermentação do vinho. Comumente encontramos dois tipos: histaminas e tiaminas.
 
As histaminas são vasodilatadores, enquanto as tiraminas são vasoconstritores. Atuam principalmente na região do cérebro e ambas podem causar cefaleias. A contraprova se você tem alguma intolerância a elas está nos seguintes alimentos: queijos, chucrute, salame e outros embutidos similares, pães de massa azeda (sourdough), raiz forte, cerejas ao marasquino.
 
Vinhos costumam ter teores maiores destas substâncias do que nos alimentos citados, o que significa que as chances de ter uma dor de cabeça são diretamente proporcionais ao número de taças degustadas.
 
Para os que identificaram a incompatibilidade com os sulfitos, a solução é passar a consumir apenas os vinhos orgânicos, biodinâmicos ou naturais, que não recebem a adição deste conservante.
 
Uma solução ampla que costuma dar certo em ambos os casos é fazer uso de um medicamento antialérgico antes de tomar um vinho. Preferencialmente os remédios classificados como OTC, que podem ser vendidos sem uma receita específica.
 
Mas nunca é uma boa coisa se automedicar. Para poder desfrutar de uma das boas coisas da vida sem efeitos colaterais indesejáveis, vale a pena consultar um médico e fazer os testes adequados para identificar o problema e ser corretamente orientado sobre a melhor solução: álcool e medicação nunca tiveram uma convivência harmônica.
 
DICA DA SEMANA: um belo orgânico espanhol.
 
Tarima Orgânico 2012
 
 
Um super vinho, 100% da uva Monastrell, produzido organicamente, com certificado!
Vermelho rubi profundo com reflexos violáceos, opaco por se tratar de um vinho orgânico que geralmente tem uma coloração mais rústica. Aromas intensos de morango, framboesa. Corpo de médio para encorpado, excelente concentração e um final de boca persistente e saboroso.

Mais uma coluna da série “Como funciona”…

Acreditem: um Chardonnay brasileiro, do Vale dos Vinhedos, ficou em 4º lugar na 22ª edição (2015) do prestigiado concurso “Chardonnay du Monde”, uma competição entre os melhores Chardonnay do mundo. Além deste, outros 5 vinhos ficaram muito bem classificados. Totalizamos três medalhas de ouro e outras três de prata. Nada mal.
 
Antes de sair em louca corrida atrás destes vinhos, vamos analisar um pouco mais os fatos, o que não traz nenhum demérito ao bom vinho nacional, mas precisamos conhecer um pouco mais sobre como é realizado este julgamento, quais são os participantes e sua relevância no cenário vinícola.
 
A versão de 2015 foi realizada na Borgonha, no Château des Ravatys, a propriedade vinícola do Instituto Pasteur em Saint-Lager. O corpo de jurados foi composto por 300 membros dos quais 150 eram franceses. Participaram da competição 794 amostras oriundas de 41 países. Impressionante.
 
Eis os 10 melhores classificados (devido às pontuações idênticas estão relacionados 13 vinhos):
 

Esta é a hora do “não entendi”, afinal de contas o primeiro lugar coube a um vinho sul-africano, seguido de um australiano, um suíço e o brasileiro. O primeiro vinho francês a aparecer está na quinta posição, e é um Champagne. 

 
Pode?
 
Onde estão os famosos Chablis, Meursault, Puligny-Montrachet, entre outras delicias de lá. E os famosos vinhos da Califórnia que impuseram uma importante derrota aos franceses no famoso Julgamento de Paris. Nenhum chileno ou argentino que já adquiriram status de grandes Chardonnay.
 
Alguma coisa está fora de lugar!
 
Vamos explicar como funcionam estes concursos.
 
O primeiro ponto a ser considerado envolve as grandes vinícolas: excetuando-se ocasiões muito especiais, nenhum dos consagrados grandes vinhos do mundo vai submeter amostras para um concurso.
 
Não precisam mais, já conseguiram seu destaque neste competitivo mundo dos vinhos e a grande preocupação é manter-se lá em cima. Para isto, contam com a opinião de críticos como Parker, Robinson ou Johnson e a boa aceitação no mercado.
 
Este fato não invalida nenhum concurso, o que nos leva ao segundo ponto de nossa explicação: eles são muito importantes para os produtores que ainda não ficaram conhecidos. Muitos deles, como no caso da brasileira Valduga, precisam conquistar a confiança de compradores internacionais. Qualidade não lhes falta. Fazer bonito num concurso como este é uma grande vitória.
 
Vamos conhecer os participantes do Brasil e seus prêmios:
 
4ª lugar: Casa Valduga Leopoldina Gran Chardonnay – D.O. Vale dos Vinhedos – 2013
 
Medalha de Ouro:
 
Aurora Reserva Chardonnay – 2014
 
Cerro da Cruz Chardonnay – 2012
 
Medalha de Prata:
 
Aurora Pinto Bandeira Chardonnay – 2012
 
Santa Colina Estilo Chardonnay – 2013
 
Aurora Varietal Chardonnay – 2014
 
275 vinhos de trinta e cinco países receberam medalhas, o que valoriza o resultado obtido por nossas vinícolas. Destacam-se:
 
França com 30 medalhas de ouro, 103 de prata e 8 de bronze;
 
Itália com 4 de ouro e 5 de prata;
 
África do Sul com 2 de ouro e 13 de prata;
 
Chile com 3 ouro, 4 de prata e 1 de bronze.
 
A relação completa está aqui:
 
 
DICA DA SEMANA: só podia ser este.
 
Casa Valduga Leopoldina Gran Chardonnay – 2013
Apresenta coloração amarelo palha com reflexos dourados, límpido e brilhante. A passagem por barricas francesas e romenas proporciona complexidade aromática com notas de baunilha e chocolate branco, aliados aos aromas de abacaxi e pêssego em calda. No palato é untuoso, de acidez moderada, com retrogosto marcante.
Harmonização: Massas, carnes brancas, fondues, queijos médios e fortes.
Outras premiações: Melhor Vinho Branco do Brasil de 2014 (safra 2012): Revista Adega; Melhor Nacional de 2013 (safra 2012): Revista Gosto; Medalha de Ouro (safra 2008) Challenge International du Vin; Gran Menzione (safra 2008): 17º Concurso Enológico Internacional (Vinitaly 2009); Medalha de Prata (safra 2008) 16ª edição do Concurso Chardonnay du Monde.

Hoje, 17/04, é o Dia do Malbec!

Foi nesta data em 1853, que o Presidente da Argentina, Domingo Faustino Sarmiento, encarregou o agrônomo francês Michel Aimé Pouget com a tarefa de trazer uvas da França e aclimatá-las em solo argentino. Era o início da indústria vinícola no país. Entre as espécies estava a Cot, que já existia no vizinho Chile desde 1840.
 
Mas esta história começa muito atrás no tempo, antes mesmo dos vinhos de Bordeaux se tornarem famosos. Na idade média, o principal vinho exportado, principalmente para a Inglaterra, era conhecido como “vinho negro”, elaborado na região de Cahors, sudoeste de França, com uma pequena uva denominada Cot. Esta era a época dos Cavaleiros Templários, que inspirou autores como Alexandre Dumas e seus Três Mosqueteiros: Porthos, Athos e Aramis bebiam este vinho!
 
Esta mesma casta também era plantada em Bordeaux, sendo uma das 6 uvas do corte original que, junto com a Carménère, acabou esquecida por produzir vinhos muito ásperos, duros, a ponto de ganhar o apelido de “Mal Bouche” (boca ruim). Levada para o Chile, foi rebatizada como Malbec, talvez uma corruptela do pejorativo apelido francês.
 
Embora 1853 seja o ano creditado como o que a Malbec chegou à Argentina vinda do Chile pelas mãos de Pouget, já existiam algumas experiências de cultivo de uvas bordalesas, entre elas uma denominada “uva francesa” que seria a mesma Malbec. Curiosamente, para os agricultores daquela época esta cepa parecia nativa, tal a perfeição de sua adaptação ao solo desértico da região de Mendoza.
 
Muita coisa aconteceu desde então até o Malbec ser a força que é hoje. Existe uma tipicidade única neste varietal argentino que o faz um dos vinhos mais importantes do cenário da vitivinícola internacional. Alguns autores chegam a comparar a região de Mendoza com suas contrapartes francesas: Bordeaux e Borgonha, principalmente pela qualidade e originalidade do que é produzido.
 
Apesar de não ser uma casta exclusiva, hoje está plantada na Califórnia; África do Sul; Chile; França e Brasil, foi no país vizinho que ela alcançou os melhores resultados, a tal ponto que muitos enólogos de última geração ainda não sabem qual o potencial máximo desta cepa, seja como varietal, seja num dos belíssimos cortes produzidos por lá.
 
A Malbec percorreu um longo caminho até hoje e seu incontestável sucesso se deve a várias pessoas que começam pela dupla Nicolas Catena e Paul Hobbs, sem dúvida os pioneiros do moderno vinho elaborado com esta uva.
 
Outros importantes especialistas estrangeiros têm influenciado, positivamente, os rumos do vinho argentino: Michel Roland, Roberto Cipresso e Alberto Antonini. Suas ideias e interpretações das possibilidades desta cepa formaram gerações de excelentes enólogos argentinos que já se destacam no cenário internacional: Roberto de la Mota (Mendel), Alejandro Vigil (Catena), Pepe Galante (Salentein), Daniel Py (Trapiche), Marcelo Pelleriti (Monteviejo), Mariano di Paola (Rutini), Walter Bressia (Bressia), Jorge Riccitelli (Norton), Sebastián Zuccardi (Zuccardi), Alejandro Sejanovich (Manos Negras e Tinto Negro), Matías Riccitelli (Fabre Montmayou e sua própria vinícola), David Bonomi (Norton), Edy del Popolo (Per Se) e os irmãos Michelini (Zorzal e Passionate).
 
Há muito que celebrar. Além de Mendoza, outras regiões se destacam como a Patagônia e Salta, além de novas experiências que estão sendo realizadas, com muito sucesso, em Neuquen (Familia Schroeder), La Rioja (Collovati) e La Pampa (Bodega Del Desierto), esta conduzida por ninguém menos que Hobbs.
 
Parabéns!
 
Dica da Semana:  são 3 vinhos, um para cada bolso. Não deixem de comemorar com um deles.
 
Alamos Malbec
Sem dúvida um dos melhores achados em vinhos de extraordinária relação qualidade x preço, o Alamos Malbec é uma verdadeira unanimidade.
Ele tem um estilo elegante e sofisticado, bem francês para Jancis Robinson, é sempre um Best Value para a Wine Spectator e é considerado um excellent value por Parker, que o descreve como expressivo, fresco, com adorável amplitude, textura sedosa e um final de boca estruturado e cheio de taninos.
Harmoniza com carnes vermelhas, churrasco, hamburger, massas.

Pulenta Estate Malbec
Excelente Malbec da renomada vinícola Argentina Pulenta Estate. Aromas concentrados de frutas vermelhas com belíssimas notas de baunilha.
Na boca, frutas negras como mirtillo, ameixa e amoras silvestres. Final de boca intenso e persistente.
Harmoniza com Picanha invertida recheada com linguiça.

 

Cobos Malbec 2009
De cor bordô profunda e intensa, exala aromas de groselha e frutas vermelhas maduras.
Estruturado e volumoso, com taninos muito redondos e elegância na boca.
Harmoniza com espaguete a bolonhesa, pizza marguerita e pratos à base de molhos vermelhos.
Recebeu 96 pontos de Parker

Onde você se encaixa?

Quando falamos de vinhos sempre aparece alguma forma de classificação. A primeira e mais intuitiva é mencionar a cor: tinto, branco ou rosé. Outras classes podem ser menos intuitivas, como Velho x Novo Mundo, ou vinhos de cada país produtor e mais uma interminável série que inclui até mesmo o “gosto ou não gosto”, que seria, provavelmente, o primeiro ponto de cruzamento de informações entre apreciadores e sua bebida predileta.
 
O próximo passo é começar a classificar os enófilos. Não são tantas as possibilidades, mas uma delas faz uma interessante divisão: os que apreciam um bom vinho pelo prazer que isto proporciona e os que degustam o vinho em busca de uma “experiência” única. São dois patamares bem distantes um do outro apesar de uma superposição inevitável, em ambos os casos há a busca pela satisfação.
 
As diferenças começam na compra dos vinhos. No primeiro caso, não há uma preocupação com rótulos, no sentido mais objetivo da palavra. A meta é encontrar uma boa relação custo x benefício. A graça toda está em descobrir algo delicioso e quase desconhecido. Os que se enquadram neste grupo são considerados como aventureiros, desbravadores, que nem sempre encontram o pote de ouro no final do arco íris. Mas a “busca” sempre vale a pena, algo como fazer o Caminho de Santiago de Compostela.
 
O segundo grupo pode ser chamado dos que “escolhem com sabedoria”. O principal objetivo é degustar aquela garrafa icônica, rara e cara. Para isto dar certo é preciso que o lastro financeiro seja grande, pois pode sair muito caro. A compra destes vinhos é feita de maneira bem diversa da forma como o outro grupo opera. 
 
Estamos falando de leilões, visitas às grandes vinícolas do mundo e até mesmo em compras consorciadas. Para tudo dar certo, um bom conhecimento do terreno onde se vai caminhar é muito importante e um trabalho de pesquisa e informação deve ser elaborado com muita atenção antes da compra final. É nesta área que proliferam as mais diversas falsificações que vão desde um rótulo famoso retirado de uma garrafa original e colado num vinho qualquer até elaboradas preparações com um envelhecimento artificial de envases, rótulos e rolhas capazes de ludibriar o melhor dos especialistas.
 
Uma das bíblias de cabeceira dos enófilos deste grupo é um interessante guia de bolso organizado por Hugh Johnson, o mais popular crítico e autor inglês sobre vinhos, com diversos livros publicados em todo o mundo. Este guia, atualizado anualmente, tem como objetivo principal informar ao leitor quando um vinho está pronto para ser degustado. Em segundo plano, informa o quanto ele agradou ao autor através de um simples sistemas de “*”, com um máximo de 4.
 
 
O livro é organizado por países produtores e dentro de cada divisão, estão as sub-regiões, os produtores e os vinhos, separados por safras. Na edição de 2015 são contemplados cerca de 6.000 vinhos. Uma série de informações acompanham as avaliações o que transforma este livrinho numa relevante fonte de consulta. Vale a pena manusear o compêndio e apreciar como ele se utiliza das safras, muito desmitificadas em uma de nossas colunas semanais. Aqui o bom uso desta informação é a alma do negócio.
 
Numa recente comemoração, o amigo M.A.R. nos convidou para um jantar acompanhado de dois excelentes vinhos, escolhidos criteriosamente no guia de Hugh Johnson, com as 4 estrelinhas na cor vermelha, símbolo de que o vinho foi particularmente apreciado pelo autor.
 
O branco foi o Dönnhoff Felsenberg 2010, um Riesling alemão da região do Nahe classificado como um “fora de série”.
 
O tinto selecionado foi o Montille Volnay Les Champans 2006, um maravilhoso Pinot da Borgonha da região de Cote d’Or, que não ficou devendo nada ao 1º vinho. Uma experiência quase transcendental, emoldurada pela excelente cozinha de um dos bons restaurantes cariocas.
 
 
Vinhos escolhidos com sabedoria e conhecimento e degustados com um máximo de prazer.
 
Onde vocês se encaixam?
 
Dica da Semana:  para não deixar ninguém com água na boca. Embora seja 1 ano mais novo, recebeu o mesmo OK! de Hugh Johnson.
 
Hermann Dönnhoff Riesling Fruchtige QbA 2011
 
Palha cristalino de média intensidade.
O nariz mostra sensuais notas de cítricos confitados e mel emergindo de uma afirmativa base mineral.
Em boca mostra um delicioso balanço entre os açúcares residuais e a gulosa acidez.
Camarões ao molho cremoso de curry e gengibre; Peixes de rio grelhados, servidos com gratin de batatas; Sashimi de salmão defumado.
 

Páscoa significa chocolate!

Uma das mais complexas harmonizações no mundo do vinho. Tradicionalmente o Vinho do Porto é o mais recomendado, mas não é a única opção. Vamos conhecer algumas regrinhas para aproveitar as duas delícias desta época, vinhos e chocolate.
 
1 – A regra básica desta harmonização é equiparar a doçura do vinho com a do chocolate. Um truque muito simples pode ajudar na escolha de um ou outro:
 
– faça uma provinha; se achar que o vinho ficou amargo significa que ele é menos doce do deveria ser.
 
2 – escolha produtos de qualidade. Existem 3 tipos básicos: branco, ao leite e amargo. Cada um exigirá um vinho diferente. Esqueça os chocolates comuns preferindo os de procedência conhecida que declarem o teor de cacau em sua composição.
 
3 – a outra regra importante relaciona o teor de cacau com o corpo do vinho: quanto mais escuro o chocolate, mais encorpado o vinho. Prefira os tintos com taninos muito redondos e suaves. Esta sensação de maciez ajuda na harmonização.
 
4 – vinhos brancos podem ser usados eventualmente, principalmente com misturas que combinem dois ou mais tipos de chocolate além de frutas, nozes, etc. Procure por vinhos frutados e intensos.
 
 
Uma ideia saborosa e divertida é organizar uma degustação com tipos variados.
 
Comece pelos chocolates brancos seguindo até os mais escuros. Os vinhos serão servidos nesta mesma lógica: do mais leve até o mais encorpado.
 
As sugestões a seguir são pontos de partida bem seguros, para começar. O segredo é experimentar muito, sem medo de errar.
 
Chocolates brancos: Jerez; vinhos tipo Moscatel; Chardonnay frutado; Moscato D’Asti. Para os mais corajosos, uma boa pedida pode ser um tinto mais tânico – vai ajudar a compensar o gordura deste tipo de chocolate.
 
Chocolate ao leite: um tinto mais robusto é o ideal. Experimente com Cabernet Sauvignon, Zinfandel ou Pinot Noir. Um bom Chianti pode dar certo com chocolates que contenham 65% de cacau, pelo menos.
 
Chocolates amargos (70% a 100%): este é o preferido dos especialistas e o vinho não pode ficar atrás. Boas indicações incluem vinhos de Bordeaux, Beaujolais Cru, Syrah ou Shiraz, Vinho do Porto, Malbec e Zinfandel 1ª linha.
 
Espumantes e outros vinhos fortificados costumam harmonizar com vários tipos de chocolates, não deixe de experimentar uma destas combinações.
 
Boa Páscoa!
 
Dica da Semana:  um excelente Malbec para harmonizar com carnes e com chocolate 100% de cacau.
 
Luca Malbec 2012
 
Elaborado pela talentosa Laura Catena, este Malbec poderoso e cheio de personalidade é sem dúvida um dos grandes vinhos da Argentina.
Mostra muita classe, elegância e fantástica pureza, tendo recebido nada menos do que 92 pontos de Robert Parker, premiado com 93 pontos pela Wine Spectator na safra 2012 e escolhido como um dos “100 Melhores Vinhos do Mundo em 2014”.
Um vinho profundo e com muita alma, que enche a boca com camadas e mais camadas de fruta madura e finos taninos.
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