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Aventuras na cidade do Porto

Antes de retornar para o Rio de Janeiro, ainda tivemos bastante tempo para desfrutar as delícias oferecidas por esta adorável cidade, sejam elas voltadas para o forte turismo ou apenas para viver, um pouquinho, o dia a dia dos seus cidadãos.

Degustação de Vinhos do Porto na loja da Quinta do Noval, em Gaia.

Um visual espetacular e cinco rótulos para ninguém botar defeito. Não é preciso agendar, basta ter lugar no simpático estabelecimento, que oferece várias opções de provas bem como uma boa ementa de petiscos.

Começamos pelo branco “Extra Dry”, seguimos com o Noval Black Reserva e o LBV 2019 de parcela única, ambos Ruby. Fechamos com o Vintage Quinta do Silval 2002 e o Noval Tawny 10 anos, servido a partir do decantador.

Um show! Difícil decidir qual foi o melhor. Cada um deles tem o seu momento.

Visita ao complexo World of Wine

Quem vai ao Porto e gosta de vinho não pode perder esta atração. Um verdadeiro mundo de opções, refletindo o seu nome. São vários espaços, todos interconectados, oferecendo divertidas e interessantes experiências sobre os diversos aspectos dos vinhos e sua elaboração, chamadas de “Museus”, oito restaurantes, lojas, quiosques, exposições temporárias e uma escola de vinhos com cursos e degustações orientadas, formando um grande distrito cultural.

Nesta oportunidade, optamos por conhecer o “Planeta Cortiça” e o “Palácio Rosa”, uma viagem pelo mundo dos vinhos rosados.

O passeio pela história da cortiça é surpreendente, mesmo para Enófilos experientes. Há vários cenários para fotos, como esta que ilustra este trecho, bem como simpáticas brincadeiras como aferir o seu peso em “rolhas”, comuns ou de espumante, ou uma maquininha que imprime, na hora, o seu nome ou uma mensagem numa rolha (custo de 1 Euro).

A viagem pelos rosados tem um outro tom: é pura diversão. São cinco degustações, controladas por uma pulseirinha com adornos que vão sendo trocados pelos vinhos. Cada ambiente nos leva a uma região produtora destes rosés. Assim como no museu anterior, também há espaços reservados para fotos e brincadeiras, entre elas, uma piscina de bolas, todas rosas, ou este belo automóvel que reflete o status dos apreciadores deste tipo de vinho.

A última sala está decorada como um Saloon, do velho oeste americano, onde é servido um saboroso Porto Rosé. Nas prateleiras, ao fundo, estão todos os vinhos provados.

Uma sobremesa de Bacalhau!

Que Portugal é a terra desta iguaria ninguém discute. Uma pena que isto ofusque as verdadeiras delícias da gastronomia portuguesa. Na hora de escolher, quase ninguém se lembra das alheiras, do arroz de pato, do porco preto e dos espetaculares peixes e frutos do mar, em toda a costa deste país.

Mas, como ninguém é de ferro, fomos conhecer o “Culto ao Bacalhau”, no Mercado do Bolhão, altamente recomendado.

O prato escolhido foi um Bacalhau Gratinado com Gambas. Estava saboroso e foi, sem dúvida, um dos melhores que já experimentamos. Mas a surpresa estava na sobremesa. Vejam este destaque do cardápio:

Simplesmente delicioso. Tem que provar para entender. As “folhas” deste doce são feitas com a pele do Bacalhau, seca e tostada, criando um espetacular contrate entre o doce e o salgado.

Deixou saudades.

Saúde, bons vinhos!

Dica da Karina – Cave Nacional

Michael Scott Carter – Ilê Amora Tinto Reserva 2023

Ilê Amora é produzido pela Michael Scott Carter que se intitula a primeira vinícola idealizada por um homem negro no Brasil. Ele é o norte-americano Michael (tal qual seu projeto), economista que encontrou em nosso país o caminho para um dos maiores projetos de sua vida. Tal projeto prevê aprofundamos dos laços culturais entre o Brasil e a diáspora africana, como já refletido nos nomes dos seus rótulos.

Ilê Amora (a palavra ‘ILÉ’ significa ‘casa’ em Iorubá, é uma forma de homenagear o terroir que os acolhe) é um vinho de corpo médio e perfil frutado. No nariz, apresenta aromas de cereja, framboesa e um toque sutil de especiarias doces. No paladar, é leve e suave, com taninos macios e uma acidez equilibrada que proporciona uma sensação de frescor. Os sabores de frutas vermelhas se destacam, acompanhados por notas sutis de baunilha e especiarias.

CRÉDITOS: Imagens próprias ou obtidas nos sites das vinícolas.

Loureiro de Ponte de Lima ConVida

Nesta temporada em Portugal, tivemos a oportunidade de conhecer um evento bem regional: uma feira de vinhos dedicada a uma única casta, neste caso, a Loureiro.

Em 2025, o Vale do Lima foi nomeado a “Região Europeia da Gastronomia e do Vinho”. A casta Loureiro está plantada por todo o vale, produzindo vinhos espetaculares.

Como se isto não bastasse, neste ano, Ponte de Lima celebra seus 900 anos de Foral (carta de foro).

Em todo o vale, são aproximadamente 40 empresas produtoras que se esmeram em obter o melhor das castas regionais do Minho, entre elas, a estrela deste evento.

A Loureiro não é uma casta fácil de trabalhar. De natureza muito ácida, é preciso muito cuidado durante toda a vinificação. Um pequeno errinho pode colocar tudo a perder.

Optamos pelo primeiro horário, o que não foi o ideal, nem todos os exibidores estavam com seus quiosques montados. Mas valeu a pena.

A entrada era gratuita. Uma taça, de compra opcional, era vendida por 3 Euros. As degustações podiam ser por taça ou garrafa, ambas pagas, ou apenas uma provinha (10ml), sem custo. Produtores regionais de embutidos, queijos e doces, além de diversos “food trucks” cuidavam da parte gastronômica.

Todos os vinhos que degustamos nos surpreenderam. Por razões logísticas, tivemos que nos limitar a comprar duas garrafas, apenas. Foi uma escolha muito difícil.

Entre os exibidores havia vinícolas grandes e famosas ao lado de interessantíssimas boutiques que elaboravam um único vinho. Os estilos, variavam desde o clássico e frisante vinho verde até elegantes e modernos “Loureiro D.O.C”. Vinhos de corte, espumantes e Pet-Nats fechavam o leque de opções.

Algumas fotos para conhecer melhor este tipo de evento que conta com master classes e palestras, além de shows musicais.

Os vinhos Portal de St. António, de José Pereira (esq.) e da Quinta do Ameal

Os divertidos rótulos da Adega Phulia e o Saravá um vinho da galáxia!

Os produtores portugueses são extremamente criativos na hora de “batizar” seus produtos.

Provamos também os vinhos da Lethes e o quase exclusivo “Insubmisso”.

A casta Loureiro produz vinhos frutados, com notas florais e cítricas. Dependendo do estilo adotado, podem ser levemente efervescentes.

Extremamente gastronômicos, harmonizam perfeitamente com a culinária típica da região, que passeia pelas carnes de porco ou gado, o Arroz Sarrabulho entre eles, frutos do mar, doces de ovos e outras delícias.

Sendo um vinho muito equilibrado e versátil, combina muito bem com pratos internacionais, sendo uma ótima opção para acompanhar a culinária asiática, com destaque para Sushis e Sashimis.

Parabéns a Ponte de Lima e todos os produtores presentes. Um belo evento.

Não deixem de visitar este site: Loureiro Vale do Lima

Saúde, bons vinhos!

D.O. Rias Baixas – Pazo de Señorans

Estamos na Galícia, uma belíssima região, onde existe uma importante D.O. (Denominação de Origem), que contempla, majoritariamente, a casta Albariño: Rias Baixas.

Rias é um termo pouco usado na língua portuguesa. Um bom dicionário define como: “Pequeno braço de mar que, em forma de baía, penetra no interior da costa”.

Na Galícia, as rias formam um interessante conjunto destas pequenas baías, muito propícias à criação de mariscos, ostras e outras delícias do mar, além de uvas viníferas, destacando a já mencionada Albariño ou Alvarinho em nosso idioma. É um terroir único, com alguns vinhedos plantados, literalmente, à beira mar.

Esta D.O. é formada por 5 sub-regiões: Vale do Salnés; O Rosal; Ribeira do Ulla; Condado do Tea e Soutomaior.

Não é uma área muito grande. São cerca de 180 vinícolas que utilizam uvas plantadas em pequenas propriedades. São chamadas de “minifúndios”. No último levantamento havia 22.800 deles, espalhados por cerca de 4.300 hectares.

Cada sub-região tem características próprias, permitindo outras castas além da Albariño. Optamos por conhecer o Vale do Salnés, a única em que são produzidos varietais com 100% desta casta.

Selecionamos duas empresas para visitar. A primeira foi a espetacular Pazo de Señorans, uma vinícola de porte pequeno a médio, totalmente familiar e dirigida, atualmente, por um matriarcado.

O Pazo, ou Paço em português, é uma mansão senhorial, adquirida pelo casal Marisol Bueno e Javier Mareque. Além de passar por uma perfeita restauração, foi parcialmente adaptada para servir como vinícola. Sua primeira safra foi em 1989, já usando vinhedos próprios, plantados anteriormente.

Ao longo do tempo, novas instalações foram construídas. O Pazo, que segue em constante restauração, tornou-se um sofisticado espaço para eventos, contando, inclusive, com uma capela.

A principal filosofia desta empresa, hoje já dirigida pelos filhos do casal fundador, é produzir vinhos que traduzam a terra em que as uvas estão plantadas. São produtos de altíssima qualidade e produção muito pequena.

A visita se divide em 3 etapas. Começamos pelo Pazo passando por um pequeno vinhedo, onde uma importante diferença se fez notar: as uvas são plantadas em Latada, um sistema de condução da videira que forma uma pérgola. Apenas como exemplo, no Minho, Portugal, onde plantam a mesma casta, o sistema mais comum é a Espaldeira.

Segundo nosso anfitrião, são muitas as razões para manter o sistema atual, que vão desde a origem cultural até a necessidade de uma maior proteção climática contra as chuvas abundantes e a defesa contra alguns fungos decorrentes de alta umidade.

O solo é composto de um tipo de Saibro, decorrente da degradação de blocos graníticos. Drena muito bem. A colheita é manual, o que implica numa seleção de melhores cachos.

Em seguida, visitamos as instalações produtivas atuais, que inclui uma boa destilaria que elabora aguardente a partir dos restos da vinificação. Para o vinho, somente utilizam tanques de Inox, de diferentes tamanhos.

A Pazo de Señorans teria sido a primeira empresa a adotar o amadurecimento de seus vinhos sobre as borras (sur lie) antes do engarrafamento. Não usam madeira.

A última parte da visita é a degustação de três vinhos, 100% Albariño, e duas aguardentes:

– Pazo de Señorans – vinho jovem com 5 meses sobre as borras. Coloração amarelo palha brilhante com reflexos verdosos. Intensidade alta e caráter varietal bem definido. Aromas e sabores típicos da casta, fácil de beber, bom corpo e retrogosto.

– Pazo de Señorans Colleccion – um vinho de guarda, com mais de 5 meses sobre as borras e 30 meses em garrafa. Coloração amarelo pálido. Apresenta um perfil delicado, sutil, com matizes muito varietais. Boa estrutura em boca, muito equilibrado, com ataque firme, sem arestas. Retro nasal elegante.

– Pazo de Señrans Selecion de Añada – uvas oriundas de parcela única, com um mínimo de 30 meses sobre as borras. Coloração amarela, viva e brilhante. Intensidade alta, muito significativa. Grande profusão de aromas terciários e traços minerais, devido ao longo amadurecimento. Corpo volumoso. Sofisticado, deixa um longo e marcante final de boca.

São três vinhos completamente diferentes e espetaculares. Tudo muda entre eles, aromas, sabores e corpo, trazendo uma experiência inesquecível.

As duas aguardentes fecham a degustação, uma branca e outra macerada com ervas.

Esta visita é uma das que podem ser classificadas como imperdíveis. Tudo que observamos mostrava, claramente, todo o empenho desta família em produzir vinhos que traduzem toda a cultura desta região, cujas origens remontam ao povo Celta.

Para mais fotos, cliquem no site oferecido pela vinícola: Galeria de Fotos

Saúde, bons vinhos!

Porto, Portugal, um dia muito louco

Estamos viajando em busca de novas aventuras no mundo do vinho. Nossa base é a cidade do Porto, mais conhecida como a capital dos vinhos do Douro.

Partindo daqui, tudo é pertinho: o Minho e os deliciosos Vinhos Verdes, a Bairrada, o Dão e as diversas sub-regiões do rio Douro. Damos um passinho a mais e estamos na Galícia, região das Rias Baixas e seus fantásticos Albarinhos.

Neste primeiro, dia o plano era bem simples. Como estamos hospedados na parte alta da cidade, pretendíamos caminhar até a zona de comércio, na Rua de Santa Catarina, já na parte mais baixa. De lá, seguir até Vila Nova de Gaia, onde visitaríamos mais uma Cave de Vinho do Porto, para fazer uma boa degustação seguida de um almoço em algum local simpático. Ao fim da tarde, retornar para nosso hotel, desta vez num táxi.

Subir as ladeiras do Porto não é para qualquer um…

Nosso passeio começou absolutamente dentro do normal. Fomos caminhando rua abaixo, apreciando o antigo casario, até chegar numa primeira loja na Santa Catarina. Estava escura, com a luz apagada. Imaginamos que, por conta do ensolarado dia, estavam economizando energia elétrica.

Pouco a pouco, percebemos que todas as lojas estavam no escuro, muitas já com as portas cerradas. Seguimos até o Largo da Batalha, onde sempre tem uma feira local de artesanato. Foi quando veio a notícia: o apagão era em Portugal e Espanha. O caos começava a se instalar.

Naquele momento, não era opção retornar ao nosso ponto de partida. Com o comércio fechando, seguimos em frente atravessando a ponte Dom Luiz I, em busca de uma Cave do Vinho do Porto.

Logo, logo a “ficha” foi caindo.

Nossos celulares começaram a falhar. O sinal da operadora estava completamente instável. Para atravessar a rua era necessário um cuidado redobrado. Não havia sinais de trânsito funcionando e a faixa de pedestre era disputada com automóveis, ônibus, motos, patinetes e bicicletas.

Chegando em Gaia, o cenário não era muito diferente. As Caves, obviamente, fechadas. Os restaurantes ao longo da Ribeira, todos lotados, só serviam bebidas e alguns pratos frios. Toda a parte de cocção, em Portugal, é majoritariamente elétrica.

Pagamentos só em espécie: as maquininhas dos cartões não estavam confiáveis.

Só conseguimos lugar num simpático armazém, que abriga diferentes quiosques gastronômicos. O almejado almoço se resumiu a alguns salgadinhos, fritos antes da luz cair, um prato de tapas frias e 2 cervejas, ainda geladas.

Na hora de pagar, a simpática atendente perguntou: “O senhor aceita uma taça de Porto para arredondar a conta?”.

Grande ironia!

Claro que aceitei. Ainda me foi dada a opção de escolher entre branco, Ruby ou Tawny. Escolhi este último.

Estava ótimo, um dos melhores que já degustei. Tinha um sabor muito especial, o de vencer os percalços deste dia muito doido.

Até para usar um banheiro público eram necessários cuidados adicionais. Nunca são projetados com iluminação natural. Na hora do apagão, as portas ficavam abertas, devassando parte do ambiente.

Para chegar de volta ao hotel não restou alternativa a não ser a de caminhar ladeira acima. Com o Metro parado, os ônibus estavam lotados e os táxis sumiram. Sem telefonia, nada de Uber ou similares. Ao todo, percorremos 10 Km.

A eletricidade só normalizou às 20:30. Sorte que nosso apartamento era no térreo.

Saúde, bons vinhos!

Dica da Karina – Cave Nacional

Almaúnica Super Premium MAGNUM – Corte Bordalez 1,5 Litros 2020

Idealizada pelos irmãos Márcio e Magda Brandelli e localizada em local privilegiado no Vale dos Vinhedos, a Vinícola Almaúnica nasce no início dos anos 2000 com intuito de fazer vinhos de altíssima qualidade na Serra Gaúcha.

Este grande vinho nasce de uma paixão incondicional de Márcio Brandelli pela região de Bordeaux na França, mais precisamente em Saint Emilion, onde busca sempre muita inspiração para a elaboração dos vinhos da Almaúnica.

Desta memorável safra de 2020 foi feito este corte em separado, com 50% Merlot, 25% Cabernet Franc, 25% Cabernet Sauvignon. Sua maturação ocorreu por 24 meses em barricas de carvalho francês novas.

Vinho de cor intensa com notas violáceas. Nariz muito complexo que vai desde baunilha, chocolate preto, especiarias, café, defumados e calda de frutas vermelhas. No paladar ele é encorpado e potente com uma persistência longa e taninos maduros.

A Cave Nacionalenvia para todo o Brasil.

CRÉDITOS: Imagem de abertura por Wirestock no Freepik

Essência do Vinho 2024, Porto, Portugal

Esta feira poderia ser chamada de “Um luxo só”, se comparada com a “Simplesmente Vinho”.

Cerca de 400 exibidores, divididos entre produtores, distribuidores, lojas, acessórios, gastronomia etc. Tudo isto distribuído em salões e corredores do luxuoso Palácio da Bolsa, solene edificação em estilo neoclássico, construído em 1842 que, por si só, já é um espetáculo.

Nitidamente dedicada a outro público, outros objetivos e muito portuguesa. Esta exibição é organizada por um grande grupo editorial e empresas de aviação e turismo. Tem edições em Lisboa, na ilha da Madeira e no Porto, que é considerada como a mais importante.

Um selecionado júri escolhe o “TOP 10”, que neste ano foi dominado pelos vinhos do Douro.

O grande vencedor foi o Memórias Alves de Sousa, um lote de diferentes colheitas da década de 2010 (2011, 2012, 2013, 2015, 2016, 2017, 2018 e 2019), que tem por base as vinhas da Gaivosa, Abandonado, Lordelo, Vale da Raposa, Caldas e Oliveirinha, encepamento antigo com médias de idades que, nalguns casos, ultrapassam os cem anos.

Nem conseguimos chegar perto da mesa onde este vinho era servido, tal o acúmulo de pessoas e o pouco espaço oferecido no local. Pena.

Mas, provamos outros excelentes vinhos, como Julia Kemper, Ervideira, Pico Wines, Noval etc.

Aqui, só vinhos e espumantes que seguiam as regras tradicionais de elaboração. Havia pouco espaço para “novidades”. Tudo quase formal e muito elegante.

Notamos uma curiosa tendência: a maioria dos grandes produtores já estão em quase todas as regiões produtoras de Portugal. Alguns com o mesmo nome, outros com diferentes Quintas.

Cada mesa apresentava uma inacreditável variedade de vinhos. Se pedíssemos para provar um branco, por exemplo, perguntavam: “de qual região”. Às vezes, era difícil escolher.

As fotos, a seguir, mostram um pouco deste ambiente que contrastava com o da outra feira.

Os vinhos eram apresentados por agentes comerciais ou belas moçoilas (foto) em vez de um produtor. Os poucos que lá estavam eram “alugados” por autênticos “enochatos” e você não conseguia nem provar um vinho, ou mesmo saber o que estavam demonstrando.

Como dito anteriormente, uma feira para outro público, mais preocupado em “ser visto” do que ver vinhos e, claro, beber um pouco de tudo. Pena …

Como diria um “influencer”, altamente instagramável.

Mas nem tudo foi perdido. Tivemos a oportunidade de provar vinhos excelentes, conhecer novos produtores e regiões, aqueles que os stands estavam vazios, alguns maravilhosos, e fazer mais amigos.

Os ingressos custaram 25,00 €/pax, com direito a uma taça personalizada.

Vários produtores ofereciam brindes, mediante sorteios eletrônicos ou simples cadastro. Gentil, divertido e fáceis de ganhar.

Nesta edição celebravam 20 anos de existência, o que prova o sucesso deste empreendimento.

Que o sucesso continue, mas não ficou aquela vontade de voltar.

Para saber mais, visite o site: Essência do Vinho

Saúde e bons vinhos!

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