As Combinações Clássicas
Algumas são mais que conhecidas. Nem por isto podem ser consideradas como definitivas. Haverá, sempre, uma nova harmonização a ser descoberta. Então, experimente!
Peixes e Frutos do Mar:
Ostras e Mariscos – Espumante Brut, preferencialmente Champanhe ou um bom Chablis;
Peixes crus, ou grelhados-
ou com molho suave – brancos jovens frutados, o Sauvignon Blanc e o Chardonnay reinam aqui. Espumante pode ser uma opção interessante;
com molhos pesados – branco maduro, tinto jovem, rosé;
Anchova, Atum, Salmão, Sardinha e peixes levemente defumados – tintos jovens de corpo médio, brancos madeirados ou barricados, rosés com boa estrutura;
Bacalhau (***) – bom branco envelhecido em carvalho, Chardonnay preferencialmente, ou um tinto jovem, de corpo médio. Há ainda uma opção muito sofisticada – Pinot Noir da região de Alto Ádige, Itália.
Carnes Brancas (aves):
Aves Grelhados ou Assado –
com molho suave – espumantes, brancos estruturados ou maduros, tintos jovens;
com molhos pesados – tintos maduros de corpo médios a encorpados;
Pato, Marreco, aves de caça – tintos maduros de corpo médio a encorpados;
Arroz de Pato – Pinot da Borgonha;
Peru – tinto leve a médio ou branco maduro.
Carnes Vermelhas:
Grelhados ou Assados –
molho suave – espumantes, tintos jovens;
molhos pesados, caças – tintos encorpados;
Churrasco – Malbec, Tempranillo, Tannat, Cabernet Sauvignon – quanto mais gorda a carne, mais tanino no vinho;
Massas:
Em molhos leves ou brancos – espumantes, brancos de boa qualidade, tintos leves e jovens;
Em molhos vermelhos ou condimentados – tintos maduros e encorpados, alguns espumantes. Destacam-se os vinhos italianos como o Chianti, o Barolo ou Nebbiolo;
Alho e Óleo – Prefira um vinho mais leve.
Queijos (muitos leitores vão se surpreender aqui):
Minas Frescal, Ricota, Requeijão, Mozzarela – vinhos leves e jovens, brancos ou tintos;
Brie, Camembert e assemelhados – branco maduro (Chardonnay), tintos;
Emmental, Gouda, Reino, Prato, Saint-Paulin, Tilsit, Port-Salut – tintos maduros e encorpados;
Provolone – branco maduro, tinto de corpo médio;
Roquefort, Gorgonzola e assemelhados – tintos maduros, brancos doces de qualidade, fortificados;
Parmesão, Pecorino – tintos maduros, fortificados.
Patés – brancos doces de qualidade, fortificados doces.
(***) Bacalhau: aqui cabe uma historinha – tradicionalmente este prato era acompanhado por um tinto de Portugal. Existe uma razão; não se faziam bons brancos por lá até algum tempo atrás. Hoje esta regra foi abandonada.
Curiosidade – espumantes, de boa qualidade, combinam com todos estes queijos ou patés.
As Incompatibilidades:
– temperos fortes como curry, azeite de dendê, molho de soja, wasabi;
– alcachofra, aspargos, couve, repolhos etc;
– ovo de galinha, codorna ou pato; vinagre, frutas cítricas como limão, grapefruit (toranja) e similares.
– chocolate – aqui a controvérsia é grande. Há quem afirme que não combina com nenhum vinho. Alguns enogastrônomos harmonizam com Vinho do Porto ou um vinho doce francês chamado Banyuls.
Dentro da estratégia de contrastar, experimentei uma mousse de ricota, canela e chocolate, servida com um potente Malbec, vinho top da vinícola que visitávamos. Simplesmente a combinação perfeita.
Desafio para os leitores: Feijoada combina com vinho? Qual? Garanto que há uma resposta escondida no texto…
Dica da Semana:
Tegole IGT Toscana 2004 Piccini
Produtor: Piccini – Itália
Região: Toscana
Uva: Sangiovese
Um belo Sangiovese, marcante e saboroso, com um bouquet repleto de frutas maduras. Ótimo para acompanhar pratos de carne ou massas.
Saúde!