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Os melhores Vinhos de 2015 – Argentina

A variedade de vinhos disponível no mercado brasileiro ainda é pequena se comparada a outros países, principalmente aqueles que incluem esta bebida na dieta básica. Mesmo o produto nacional de alta qualidade é escasso nas prateleiras das nossas principais lojas e mercados.
 
Por outro lado, encontramos uma grande oferta de vinhos do cone sul, principalmente Argentina e Chile, com, quase sempre, ótima qualidade e preços atrativos. A grande dificuldade é escolher o que vale a pena nesta extensa paleta de opções.
 
Um dos recursos é consultar um guia de vinhos e, quando se trata de sul-américa, a referência é o Descorchados. A edição de 2015 recém saiu do forno e traz algumas interessantes novidades.
 
Apresentamos primeiro os vinhos argentinos, mas vamos nos limitar aos tintos desta vez. Antes de partir em busca de qualquer um deles, devemos observar estes pontos importantes:
 
– a maioria dos vinhos degustados para a elaboração deste guia ainda demora alguns meses para chegar ao mercado;
 
– as maiores pontuações são para os vinhos top de linha, mas isto não significa que sejam únicos. Uma das boas táticas é ficar de olho nos demais produtos das vinícolas premiadas;
 
– como de hábito, evitem comprar vinhos em supermercados. O volume exigido para entrar numa grande rede é imenso, o que significa que há uma sensível redução na qualidade final;
 
– o mercado virtual tem sempre ótimas opções, mas cuidado com os fretes. Se for o caso, procure por promoções e faça uma compra associada com amigos para garantir, por exemplo, um volume mínimo que seja beneficiado por descontos ou transporte por conta do vendedor;
 
– clubes de vinhos estão sempre ligados nos resultados dos grandes guias de todos os países, oferecendo boas compras e escolhas seguras.
 
Em se tratando de Argentina, vamos começar pela casta emblemática da vinicultura de lá, a Malbec:
 
9 vinhos receberam notas entre 96 e 97 pontos, todos muito caros. Apresentamos os 3 melhores classificados:
 
97 pts – Catena Zapata Adrianna Malbec 2012 (acima de R$ 500,00)

 

 
96 pts – Achaval Ferrer Finca Bela Vista 2012 (acima de R$ 400,00)

 

 
96 pts – El Enemigo Malbec 2012 (na faixa de R$ 130,00, boa compra).
 
Neste guia há uma classificação que valoriza a relação custo x benefício, denominada “Super-preço”, onde encontramos estas pechinchas:
 
90 pts – Tilia Malbec 2013, que custa menos de R$ 50,00;

 

 
92 pts – Zorzal Terroir Unico Malbec 2014. A safra de 2013 está à venda por R$ 60,00.
 
Duas outras cepas se destacam neste país: Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc, que os hermanos afirmam ser a nêmesis do Malbec. 16 Cab. Franc e 18 Cab. Sauvignon foram ranqueados. Eis os melhores de cada casta:
 
95 pts – Gran Enemigo Cab. Franc Gualtallary (acima de R$ 400,00)

 

 
94 pts – Catena Zapata Alta C. Sauvignon 2011 (indisponível no Brasil)
 
Para terminar, vamos apresentar os cortes melhores pontuados:
 
97 pts – Zorzal Eggo Tinto de Tiza 2013 (Malbec, C. Franc e C. Sauvignon – indisponível)

 

 
96 pts – Cheval des Andes 2010 (Malbec, C. Sauvignon, Petit Verdot – indisponível)

Faça uma visita virtual às vinícolas premiadas:
 
 
 
El Enemigohttp://enemigowines.com/ (em inglês)
 
 
 

Dica da Semana: além de todas estas delícias, algumas com preços exorbitantes, selecionamos esta opção para os leitores.
 
 
Ruca Malen Petit Verdot 2012
 
Rubi com reflexos violáceos intensos e brilhantes.
No olfato apresenta frutas vermelhas combinadas com os aromas de caramelo, baunilha e moca.
Paladar fresco e equilibrado com taninos firmes.
Harmoniza com: Cupim no bafo, virado à paulista, arroz carreteiro, risoto de calabresa, quiche de queijo, legumes gratinados, queijos e embutidos.
91 pontos Descorchados 2015

Uma orquestra afinada

Recentemente assisti a um concerto da famosa Jazz at Lincoln Center Orchestra com Wynton Marsalis, o mais importante trompetista deste gênero na atualidade. O que me chamou a atenção foi a incrível afinação do grupo e a consistência do que os músicos apelidaram de “cozinha”, o trio de piano, baixo e bateria. Houve um momento que os demais músicos se retiraram ficando apenas este trio. Honestamente, parecia que a orquestra toda ainda estava no palco. Embora fosse a grande estrela do espetáculo, Marsalis compunha o naipe de trompetes, como qualquer outro músico, sem estrelismos.
 

Foi a melhor definição de equipe, conjunto ou time que pude assistir: todos em uníssono em prol da boa, ou melhor, excelente música. Para os leitores entenderem melhor do que estamos falando, afinal esta é uma crônica sobre vinhos, assistam a este pequeno vídeo onde a orquestra apresenta um tema bem conhecido: “Jingle Bells”.

 

 
 
Percebe-se facilmente que, se cada instrumento desempenhar bem a sua parte, o resultado, mesmo para uma canção quase banal, pode ser espetacular.
 
Produzir um grande vinho é exatamente isto, reunir a melhor matéria-prima, os melhores equipamentos e grandes vinhateiros. Juntando cada uma destas peças em seu devido lugar o resultado só pode ser igual à música para os nossos ouvidos.
 
Esta busca por vinhos cada vez melhores, que não limitem a capacidade de criar e inovar de seus produtores, tem como meta principal encontrar novos territórios para plantar diferentes castas e obter vinhos únicos.
 
São típicas, hoje em dia, as associações de vinícolas do Velho Mundo com seus pares no Novo Mundo. Muitas já se estabeleceram na Califórnia, Chile, Austrália, entre outros, ou buscam parcerias como o que aconteceu na Argentina entre Nicolas Catena e Paul Hobbs que reinventaram a casta Malbec.
 
Outra parceria, não menos famosa, foi feita entre Robert Mondavi, o mais conhecido dos produtores da Califórnia e a Baronesa Philippine de Rothschild, dona de alguns dos melhores Chateaux em Bordeaux, para produzirem o raro vinho Opus One.
 
Um dos empreendimentos mais interessantes nesta área reuniu sete grandes nomes do vinho na mais promissora área do momento, o estado de Washington, EUA, especificamente na região de Walla Walla, considerada como tendo as melhores uvas do planeta.
 
A vinícola, que se chama Long Shadows (grandes sombras), é uma criação de Allen Shoup que dirigiu por muitos anos o Chateau Ste. Michelle e suas vinícolas associadas, ficando muito famoso por ter forjado parcerias com ninguém menos que Piero Antinori (Itália) e Dr. Ernst Loosen (Alemanha), que passaram a produzir nesta região.
 
Inaugurada em 2003 a Long Shadows foi uma aposta ousada que levou alguns anos sendo maturada. A proposta, ao mesmo tempo tão simples quanto complexa, recrutaria alguns dos maiores nomes do vinho para que utilizassem a excelente matéria-prima da região e produzissem seus vinhos de acordo com as especificações de cada um.
 
Um desafio e tanto, uma senhora orquestra para afinar e apresentar um repertório de sete vinhos fantásticos, um verdadeiro “dream team”.
 
Cada vinhateiro convidado se tornou sócio do empreendimento e produz seu próprio rótulo. Como nem todos podem se dedicar integralmente ao projeto, existe um enólogo residente, o competente Gilles Nicault que comanda todas as vinificações com equipamentos de ponta.
 
Estes são os vinhos e seus produtores:
 
Poet’s Leap Riesling
 
Produzido por Armin Diel, um dos mais aclamados produtores de Riesling da Alemanha, responsável pela vinícola Schlossgut Diel, na região do Nahe.
São produzidas 5.000 caixas por ano.
90 pts Parker em 2013.
É o único vinho branco.
 
 
 
 
Chester-Kidder
 
Um delicioso corte de Cabernet Sauvignon, Syrah e Petit Verdot vinificado pelo enólogo residente, Gilles Nicault, sob estreita supervisão de Alen Shoup, que homenageia seu avô, Charles Chester com este rótulo.
93 pts de Parker em 2011
 
 
 
 
 
Feather Cabernet Sauvignon
 
Elaborado por ninguém menos que Randy Dunn, pai de grandes Cabernet da Califórnia, entre eles o famoso Caymus.
Simplesmente sensacional, oferecendo tudo que se espera de um vinho desta categoria.
94 pts Parker em 2011.
 
 
 
 
Pedestal Merlot
 
Ninguém melhor para elaborar este vinho que o genial Michel Rolland, o rei desta casta e consultor de 10 entre as 10 maiores vinícolas do mundo.
Embora declare ser um Merlot, recebe pequenas porcentagens de Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e Petit Verdot.
94 pts Parker em 2011.
 
 
 
Pirouette
 
Um corte bordalês com Cabernet Sauvignon, Merlot, Petit Verdot e Cabernet Franc, produzido pelas mãos de Philippe Melka e Agustin Huneeus.
Melka, trabalhou nas principais casas francesas, entre elas Petrus, Haut Brion e Dominus.
Huneeus, teve sob sua responsabilidade a Veramonte, Concha y Toro, Franciscan Oakville Estate e Mount Veeder, entre outras.
É considerado um inovador. 93 pts Parker em 2011.
 
 
Saggi
 
Interessante corte de Sangiovese, Cabernet Sauvignon, e Syrah vinificado pelos toscanos Ambrogio e Giovanni Folonari (pai e filho).
Saggi quer dizer “Sabedoria” e isto não falta a esta dupla: a família produz vinhos desde 1700.
Ambrogio foi presidente da Ruffino, comprada por seu avô em 1912. Produzem alguns dos ícones do Chianti e dos Supertoscanos.
92 pts Parker em 2011.
 
 
 
Sequel
 
Este nome significa “sequência”, nada mais justo segundo seu enólogo o australiano John Duval, responsável pelo formidável Penfolds Grange, um dos grandes vinhos do mundo.
Um é a continuação do outro.
Um corte de 94% de Syrah com uma gota de Cabernet Sauvignon.
94 pts Parker em 2011.
 
 
 Uma orquestra afinadíssima!
Pena que ainda não chegaram por aqui…
 
Dica da Semana: um bom tinto que não faz feio entre estes citados.
 
Von Siebenthal Parcela #7, 2009 
 
No olfato apresenta notas intensas de cerejas em compota e nítidos matizes a alcaçuz.
No palato é de uma concentração completa, com muita intensidade de sabores e em várias camadas.
A textura dos taninos é de bom nível qualitativo e tem excelente equilíbrio.
Harmonização: carne bovina ou suína em molho saboroso. Confit de Pato. Queijos de consistência firme e sabor forte.

Os melhores vinhos nacionais da Expovinis 2015

Considerado o principal evento da nossa maior feira de vinhos, o “Top Ten” é um concurso aberto a todos os produtores que desejarem participar, que seleciona os melhores entre as amostras recebidas.
 
A premiação é dividida em 10 categorias, havendo uma distinção entre os vinhos nacionais e os estrangeiros. 
Nesta edição foram analisadas 125 amostras, assim distribuídas:
 
16 Espumantes brasileiros;
 
8 Espumantes importados;
 
15 Vinhos Brancos importados;
 
12 Vinhos Brancos nacionais;
 
10 Vinhos Rosados;
 
18 Vinhos Tintos brasileiros;
 
13 Vinhos tintos do Novo Mundo;
 
11 Vinhos Tintos de Portugal e Espanha;
 
15 Vinhos Tintos de França e Itália;
 
7 Vinhos Fortificados e Doces.
 
A difícil tarefa coube a um júri composto por importantes nomes do cenário enológico atual:
 
Hector Riquelme – Sommelier chileno; Mario Telles Jr – ABS-SP; Beto Gerosa – Blog do Vinho; Celito Guerra – Embrapa; Jorge Carrara – Revista Prazeres da Mesa; José Luis Borges – ABS-SP; José Maria Santana – crítico de vinhos da revista Gosto; José Luiz Paligliari – Senac; Manoel Beato – Sommelier do grupo Fasano; Marcio Pinto – ABS-MG; Ricardo Farias – ABS-RJ e Tiago Locatelli – Sommellier do Varanda Grill.
 
Aqui estão os nossos representantes premiados:
 
Espumante:
 
Aracuri Brut Chardonnay 2014
 
Região: Muitos Capões, Campos de Cima da Serra – RS
 
Uva: 100% Chardonnay, método Charmat
 
Produtor: Aracuri Vinhos Finos (www.aracuri.com.br)
Elegante e refrescante de perlage fina e abundante. No aroma destacam-se as notas de damasco, raspas de limão e pão fresco. O paladar é envolvente e cremoso com acidez cativante.
 
Harmoniza com frutos do mar, peixes em geral, carnes brancas, molhos pouco condimentados, legumes crus e queijos leves.
 
Outras Premiações:
 
– Medalha de Prata – VII Concurso Internacional de Vinhos do Brasil, 2014.
 
– Medalha de Prata – Effervescents du Monde, França, 2013.
 
– Medalha de Prata – Vinus del Bicentenario – Concurso Internacional de Vinos Y Licores, Argentina, 2014.
 
Vinho Branco:
 
 
 
 
Pericó Vigneto Sauvignon Blanc 2014
 
Região: Vale do Pericó, São Joaquim – SC
 
Uva: 100% Sauvignon Blanc
 
Produtor: Vinícola Pericó Ltda (www.vinicolaperico.com.br)
Apresenta coloração amarelo palha brilhante. Aroma complexo, franco e muito intenso com notas de frutas tropicais, (melão, mamão papaia, casca de grapefruit e uma nota discreta de maracujá). Paladar harmônico e muito persistente.
 
Harmoniza com peixes em geral, camarão, crustáceos, culinária oriental, carnes brancas, risotos, comidas leves/picantes, queijos brancos (Brie e Camembert).
 
Outras premiações:
 
Medalha de Prata – 7º Concurso Internacional de Vinhos do Brasil – Edição 2014, Safra 2013;
 
Primeiro lugar na premiação Top Ten – Prêmio Melhores do Vinho, na categoria Branco Nacional – Expovinis 2014, Safra 2013.
 
Vinho Tinto:
 
 
 
Valmarino Ano XVIII Cabernet Franc 2012
 
Região: Pinto Bandeira, RS
 
Uva: 100% Cabernet Franc
 
Produtor: Vinícola Valmarino (www.valmarino.com.br)
Lançado como edição comemorativa dos 18 anos de fundação da Valmarino, apresenta coloração vermelha com tons violáceos, límpido e brilhante. Aroma frutado e complexo aparecendo especiarias (pimenta preta, cravo, café e chocolate) com presença harmônica da madeira. Seu paladar é untuoso, com taninos de qualidade e boa acidez. Corpo e estrutura elegantes.
 
Harmoniza com massas condimentadas, queijos fortes, e vários tipos de carnes incluindo as exóticas e de caça.
 
A seguir, a relação dos vinhos estrangeiros premiados nesta edição:
 
ESPUMANTES IMPORTADO – Georges De La Chapelle Cuvee Nostalgie N/V
 
VINHO BRANCO IMPORTADO – Casas Del Toqui Terroir Selection Sauvignon Blanc 2014
 
VINHO ROSADO – Saint Sidoine Côtes Du Provence Rosé 2014
 
VINHO TINTO, Novo Mundo – Renacer Malbec 2011
 
VINHO TINTO, Espanha e Portugal – Pêra Grave Reserva Tinto 2011
 
VINHO TINTO, Itália e França – Sangervasio A Sirio 2007
 
FORTIFICADOS E DOCES – José Maria da Fonseca Alambre Moscatel de Setúbal 20 Anos
 
Dica da Semana: façam suas escolhas nesta deliciosa lista. Todos saem ganhando!

Hoje, 17/04, é o Dia do Malbec!

Foi nesta data em 1853, que o Presidente da Argentina, Domingo Faustino Sarmiento, encarregou o agrônomo francês Michel Aimé Pouget com a tarefa de trazer uvas da França e aclimatá-las em solo argentino. Era o início da indústria vinícola no país. Entre as espécies estava a Cot, que já existia no vizinho Chile desde 1840.
 
Mas esta história começa muito atrás no tempo, antes mesmo dos vinhos de Bordeaux se tornarem famosos. Na idade média, o principal vinho exportado, principalmente para a Inglaterra, era conhecido como “vinho negro”, elaborado na região de Cahors, sudoeste de França, com uma pequena uva denominada Cot. Esta era a época dos Cavaleiros Templários, que inspirou autores como Alexandre Dumas e seus Três Mosqueteiros: Porthos, Athos e Aramis bebiam este vinho!
 
Esta mesma casta também era plantada em Bordeaux, sendo uma das 6 uvas do corte original que, junto com a Carménère, acabou esquecida por produzir vinhos muito ásperos, duros, a ponto de ganhar o apelido de “Mal Bouche” (boca ruim). Levada para o Chile, foi rebatizada como Malbec, talvez uma corruptela do pejorativo apelido francês.
 
Embora 1853 seja o ano creditado como o que a Malbec chegou à Argentina vinda do Chile pelas mãos de Pouget, já existiam algumas experiências de cultivo de uvas bordalesas, entre elas uma denominada “uva francesa” que seria a mesma Malbec. Curiosamente, para os agricultores daquela época esta cepa parecia nativa, tal a perfeição de sua adaptação ao solo desértico da região de Mendoza.
 
Muita coisa aconteceu desde então até o Malbec ser a força que é hoje. Existe uma tipicidade única neste varietal argentino que o faz um dos vinhos mais importantes do cenário da vitivinícola internacional. Alguns autores chegam a comparar a região de Mendoza com suas contrapartes francesas: Bordeaux e Borgonha, principalmente pela qualidade e originalidade do que é produzido.
 
Apesar de não ser uma casta exclusiva, hoje está plantada na Califórnia; África do Sul; Chile; França e Brasil, foi no país vizinho que ela alcançou os melhores resultados, a tal ponto que muitos enólogos de última geração ainda não sabem qual o potencial máximo desta cepa, seja como varietal, seja num dos belíssimos cortes produzidos por lá.
 
A Malbec percorreu um longo caminho até hoje e seu incontestável sucesso se deve a várias pessoas que começam pela dupla Nicolas Catena e Paul Hobbs, sem dúvida os pioneiros do moderno vinho elaborado com esta uva.
 
Outros importantes especialistas estrangeiros têm influenciado, positivamente, os rumos do vinho argentino: Michel Roland, Roberto Cipresso e Alberto Antonini. Suas ideias e interpretações das possibilidades desta cepa formaram gerações de excelentes enólogos argentinos que já se destacam no cenário internacional: Roberto de la Mota (Mendel), Alejandro Vigil (Catena), Pepe Galante (Salentein), Daniel Py (Trapiche), Marcelo Pelleriti (Monteviejo), Mariano di Paola (Rutini), Walter Bressia (Bressia), Jorge Riccitelli (Norton), Sebastián Zuccardi (Zuccardi), Alejandro Sejanovich (Manos Negras e Tinto Negro), Matías Riccitelli (Fabre Montmayou e sua própria vinícola), David Bonomi (Norton), Edy del Popolo (Per Se) e os irmãos Michelini (Zorzal e Passionate).
 
Há muito que celebrar. Além de Mendoza, outras regiões se destacam como a Patagônia e Salta, além de novas experiências que estão sendo realizadas, com muito sucesso, em Neuquen (Familia Schroeder), La Rioja (Collovati) e La Pampa (Bodega Del Desierto), esta conduzida por ninguém menos que Hobbs.
 
Parabéns!
 
Dica da Semana:  são 3 vinhos, um para cada bolso. Não deixem de comemorar com um deles.
 
Alamos Malbec
Sem dúvida um dos melhores achados em vinhos de extraordinária relação qualidade x preço, o Alamos Malbec é uma verdadeira unanimidade.
Ele tem um estilo elegante e sofisticado, bem francês para Jancis Robinson, é sempre um Best Value para a Wine Spectator e é considerado um excellent value por Parker, que o descreve como expressivo, fresco, com adorável amplitude, textura sedosa e um final de boca estruturado e cheio de taninos.
Harmoniza com carnes vermelhas, churrasco, hamburger, massas.

Pulenta Estate Malbec
Excelente Malbec da renomada vinícola Argentina Pulenta Estate. Aromas concentrados de frutas vermelhas com belíssimas notas de baunilha.
Na boca, frutas negras como mirtillo, ameixa e amoras silvestres. Final de boca intenso e persistente.
Harmoniza com Picanha invertida recheada com linguiça.

 

Cobos Malbec 2009
De cor bordô profunda e intensa, exala aromas de groselha e frutas vermelhas maduras.
Estruturado e volumoso, com taninos muito redondos e elegância na boca.
Harmoniza com espaguete a bolonhesa, pizza marguerita e pratos à base de molhos vermelhos.
Recebeu 96 pontos de Parker

Páscoa significa chocolate!

Uma das mais complexas harmonizações no mundo do vinho. Tradicionalmente o Vinho do Porto é o mais recomendado, mas não é a única opção. Vamos conhecer algumas regrinhas para aproveitar as duas delícias desta época, vinhos e chocolate.
 
1 – A regra básica desta harmonização é equiparar a doçura do vinho com a do chocolate. Um truque muito simples pode ajudar na escolha de um ou outro:
 
– faça uma provinha; se achar que o vinho ficou amargo significa que ele é menos doce do deveria ser.
 
2 – escolha produtos de qualidade. Existem 3 tipos básicos: branco, ao leite e amargo. Cada um exigirá um vinho diferente. Esqueça os chocolates comuns preferindo os de procedência conhecida que declarem o teor de cacau em sua composição.
 
3 – a outra regra importante relaciona o teor de cacau com o corpo do vinho: quanto mais escuro o chocolate, mais encorpado o vinho. Prefira os tintos com taninos muito redondos e suaves. Esta sensação de maciez ajuda na harmonização.
 
4 – vinhos brancos podem ser usados eventualmente, principalmente com misturas que combinem dois ou mais tipos de chocolate além de frutas, nozes, etc. Procure por vinhos frutados e intensos.
 
 
Uma ideia saborosa e divertida é organizar uma degustação com tipos variados.
 
Comece pelos chocolates brancos seguindo até os mais escuros. Os vinhos serão servidos nesta mesma lógica: do mais leve até o mais encorpado.
 
As sugestões a seguir são pontos de partida bem seguros, para começar. O segredo é experimentar muito, sem medo de errar.
 
Chocolates brancos: Jerez; vinhos tipo Moscatel; Chardonnay frutado; Moscato D’Asti. Para os mais corajosos, uma boa pedida pode ser um tinto mais tânico – vai ajudar a compensar o gordura deste tipo de chocolate.
 
Chocolate ao leite: um tinto mais robusto é o ideal. Experimente com Cabernet Sauvignon, Zinfandel ou Pinot Noir. Um bom Chianti pode dar certo com chocolates que contenham 65% de cacau, pelo menos.
 
Chocolates amargos (70% a 100%): este é o preferido dos especialistas e o vinho não pode ficar atrás. Boas indicações incluem vinhos de Bordeaux, Beaujolais Cru, Syrah ou Shiraz, Vinho do Porto, Malbec e Zinfandel 1ª linha.
 
Espumantes e outros vinhos fortificados costumam harmonizar com vários tipos de chocolates, não deixe de experimentar uma destas combinações.
 
Boa Páscoa!
 
Dica da Semana:  um excelente Malbec para harmonizar com carnes e com chocolate 100% de cacau.
 
Luca Malbec 2012
 
Elaborado pela talentosa Laura Catena, este Malbec poderoso e cheio de personalidade é sem dúvida um dos grandes vinhos da Argentina.
Mostra muita classe, elegância e fantástica pureza, tendo recebido nada menos do que 92 pontos de Robert Parker, premiado com 93 pontos pela Wine Spectator na safra 2012 e escolhido como um dos “100 Melhores Vinhos do Mundo em 2014”.
Um vinho profundo e com muita alma, que enche a boca com camadas e mais camadas de fruta madura e finos taninos.
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