Até lá!
Dica da Semana: ainda é tempo de comprar um bom espumante para a festa de fim de ano, desta vez, produto nacional.
Até lá!
Dica da Semana: ainda é tempo de comprar um bom espumante para a festa de fim de ano, desta vez, produto nacional.
Após a intrigante visita na Quinta das Carvalhas, partimos para o almoço num dos restaurantes mais badalados da região, o DOC by Rui Paula.
Inaugurado em 2007, o DOC, uma abreviatura de Degustar, Ousar e Comunicar, está instalado num edifício de linhas contemporâneas situado no cais da Folgosa, na estrada que margeia o rio Douro entre a Régua e o Pinhão. É considerado como um ponto de encontro obrigatório para quem vive no Douro ou viaja pela região, seja para apreciar a boa comida, o vinho ou a paisagem.
A visita foi feita em duas etapas, um passeio pelos íngremes vinhedos e uma degustação dos principais vinhos ali elaborados. De saída, nota-se a diferença no relevo: as colinas nesta região são mais escarpadas que as das margens do Douro. Até o valente 4X4 que nos transportava teve dificuldades para alcançar os trechos mais altos da propriedade. Tiago enfatizou a dificuldade em fazer o trabalho no campo como a poda, a colheita, a limpeza, etc. Contam com um pequeno grupo de trabalhadores que são “especializados” neste tipo de terreno. Vejam algumas imagens a seguir.
Uma das histórias mais interessantes relatadas por nosso anfitrião foi sobre um vinhedo, com mais de 80 anos, localizado numa das encostas mais inclinadas e expostas ao Sol, com algumas aflorações de Xisto no meio das parreiras, o que dificulta o trabalho. Por esta razão, ficou meio abandonado por muito tempo. Tentaram de tudo para revitalizar esta área, mas só as vinhas originais conseguiam sobreviver. Todas as tentativas de replantio não vingaram. Em 2004 decidiram vinificar o que fosse colhido destas vetustas parreiras. Sucesso! O vinho, que recebeu o nome de “Abandonado”, logo mostrou que tinha caráter e personalidade únicos.
Após o passeio, iniciamos uma deliciosa degustação que não deixou nenhuma dúvida sobre a excelência dos vinhos produzidos pelos Alves de Souza:
– Branco da Gaivosa 2013 – elaborado com Malvasia Fina, Gouveio e Viosinho (pode haver outras) colhidas em vinhedos com mais de 60 anos. Bonita coloração amarelo palha, aromas e sabores de frutas secas e uma boa untuosidade devido a um estágio em barris de carvalho francês; Nota: 16/20
– Quinta da Gaivosa Douro 2009 – as castas, Tinta Roriz, Touriga Franca, Tinto Cão, Touriga Nacional e outras são provenientes de vinhas velhas com 60 anos ou mais. Apresentou cor avermelhada com intensos aromas e sabores de frutas vermelhas e suave nuance de especiarias devido ao estágio em carvalho francês; Nota: 17,5/20
– Alves de Souza Reserva Pessoal Tinto 2005 – produzido com os melhores exemplares de Tinta Roriz, Tinto Cão e Touriga Nacional obtidos na Quinta, vinhas velhas com mais de 60 anos. Um vinho intenso, complexo e encorpado com aromas e sabores transitando desde as especiarias até frutas maduras. Recebeu diversos prêmios em colheitas anteriores, alcançando 17,5 pts na edição atual do Guia de João Paulo Martins;
– Abandonado 2007 – somente é produzido em safras muito especiais, e 2007 foi uma delas. Um “vinhaço”, muito estruturado, encorpado e elegante com predominância de frutas negras no nariz e palato. Recebeu 18 pontos no guia citado acima;
– Porto Quinta da Gaivosa 10 anos – outro vinho de alta gama que encerrou esta degustação maravilhosa. Nota: 16,5/20
A última foto acima mostra o velho alambique onde era produzida a aguardente adicionada ao “Porto”. Devido a regulamentações governamentais, hoje é mais fácil compra-la de terceiros. O conjunto virou uma bonita peça de decoração.
Quase ao final de nossa prova de vinhos, Tiago recebe um telefonema de seu amigo Álvaro Martinho, nos convidando para ir até seu “armazém” que fica a poucos metros de distância. Começava nova e deliciosa aventura.
Álvaro nos recebeu em grande estilo e com algumas surpresas. Seu armazém fica sob sua residência e funciona como uma micro-vinícola, adega, sala de ensaio da banda, enfim, um espaço multitarefa.
O seu vinho se chama Mafarrico e tem sido bem aceito pelo mercado. O Branco foi escolhido como melhor em sua categoria em 2013.
Outro detalhe que chamou a nossa atenção era sua adega eclética onde havia até vinhos top, como o famoso “Barca Velha”.
Para encerrar esta nossa incrível viagem ao Douro, Álvaro nos brindou com um pouco de sua música, além de diversas garrafas de vinhos, tudo acompanhado de pães, queijos e embutidos.
Inesquecível!
Dica da Semana: continuamos na terrinha…
Sandeman
Para encerrar este primeiro e movimentado dia, depois de alguns momentos de descanso, provamos o jantar harmonizado com os bons vinhos da Quinta da Pedra Alta, no luxuoso restaurante Rabelo. Um cardápio de 4 etapas.
1º passo:
Melão com presunto e geleia vermelha
Porto Branco Seco Reserva
2º passo:
Massa folhada recheada com Alheira e Pasta de Azeitonas
Quinta da Pedra Alta Branco Reserva 2011
3º passo:
Pato Mudo – corte da ave caramelizado acompanhado de Purê de Batata
Quinta da Pedra Alta DOC Douro (15,5/20)
4º passo:
Maçã Assada, Sorvete de Creme e Frutas Vermelhas
Porto LBV Quinta da Pedra Alta
Nossa próxima etapa: Quinta do Crasto.
Dica da Semana: um porto branco para inovar os drinques de verão: Portonic e Caipiporto.
Portonic – Num copo alto com gelo sirva 1 dose de Porto Branco Seco e complete com água tônica bem gelada. Decore com uma rodela de limão.
Caipiporto – num copo baixo coloque 4 gomos de Lima da Pérsia, gelo picado e açúcar a gosto. Esmague até obter um bom sumo. Cubra com generosa dose de Porto Branco seco.
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