Categoria: Harmonização (Page 8 of 11)

Harmonizando o “Fiel Amigo”

Este apelido vem de Portugal, terra de várias delícias culinárias e enológicas. Rezam as lendas que existem mais de 1000 receitas de bacalhau para alegrar o paladar de qualquer gastrônomo, do mais exigente ao menos.

Se levarmos em conta que Espanha e Itália são outros grandes apreciadores deste peixe, a quantidade de formas de preparo se multiplica de modo exponencial.

Harmonizar este prato nunca foi tarefa fácil. Se existem mil receitas, existirão mil vinhos, pelo menos, para combinar com cada uma delas.

Sem pretender esgotar este infindável assunto, vamos começar pelo mais básico: Bacalhau é somente um, o Gadus Morhua, ou bacalhau verdadeiro.

No nosso pais se vende qualquer tipo de peixe salgado como bacalhau, por exemplo o Saith, Ling e Zarbo. Da Amazônia vem o Pirarucu salgado, vendido com sendo a versão ‘brasileira’ desta iguaria.

O autêntico bacalhau vem do Atlântico Norte. Dentro desta família de peixes existe uma espécie do Pacífico, tipicamente das águas do Alasca, a Gadus Macrocephalus, que é outra boa escolha.

As denominações Porto e Imperial são apenas classificações de qualidade. Há muita confusão aqui e vale um esclarecimento. Na hora de comercializar era comum dividir os peixes em 3 categorias:

Imperial- É a melhor classificação. Significa que o bacalhau está bem cortado, bem escovado e bem curado. O Porto Imperial é exemplo do melhor dos melhores.

Universal – Classificação que identifica o bacalhau que apresenta pequenos defeitos, que não chegam a comprometer sua qualidade, visto que o paladar é o mesmo do Imperial;

Popular – É o bacalhau que apresenta manchas e do qual faltam pequenos pedaços, extirpados pelo arpão na hora da pesca. (*)

No Brasil os melhores peixes eram trazidos da Cidade do Porto e, por esta razão, Bacalhau Porto ficou conhecido como o melhor. Hoje em dia, a procedência pode variar entre Portugal, Noruega, Islândia, Espanha ou França. Tradicionalmente são peças de 3 kg ou superior.

Quando chega o momento de decidir o vinho duas correntes se impõe, a turma dos brancos e a turma dos tintos. Mas nada é tão simples como parece, tudo vai depender da forma de preparo.

Usando algumas receitas tradicionais, vamos mostrar opções de harmonização.

– Salada de Bacalhau

O peixe é servido em lascas acompanhado de folhas e temperos como coentro e salsa e ovo cozido. O molho tipo vinagrete é que vai reger esta harmonização.

Vinhos jovens e aromáticos, com boa acidez, sem passagem por madeira. Alvarinho seria a escolha de referência. Caberia, ainda, um rosé ou mesmo um tinto bem leve e pouco tânico, como os da região do Dão.

– Bacalhau ao forno

Acompanhado de purê de batatas, cebolas, pimentões, azeitonas e creme de leite, exige um vinho mais poderoso. Brancos fermentados em madeira e que passaram pela Malolática são perfeitos. A casta Chardonnay brilha aqui. Tintos maduros e pouco tânicos também combinam perfeitamente, como alguns alentejanos, mesmo que fujam das castas portuguesas.

– Bolinhos de Bacalhau

Que tal trocar a cerveja por um vinho? A pegadinha fica por conta da fritura, o que pede um vinho de grande acidez. Dois caminhos seguros para seguir: espumante branco brut e vinho verde. Não tem como errar.

A partir destes exemplos os leitores poderão, facilmente, harmonizar outras receitas como as tradicionais Gomes de Sá ou Brás.

Boa Páscoa e ótimos vinhos!

(*) http://www.bacalhau.com.br/tipos.htm

Vinho da Semana: um bom Vinho Verde.

Casa Vila Verde Alvarinho 2015 – $

Muito frutado e fresco. Ideal para acompanhar alguns pratos a base de bacalhau

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PROMOÇÃO PARA O RIO DE JANEIRO

A Vina Brasilis está oferecendo o excelente espumante Santa Augusta Brut com preços especialíssimos.

Vejam as condições:

Caixa fechada com 6 garrafas ao preço de R$ 42,00 por garrafa, totalizando R$ 252,00 a cx;

Descontos adicionais para a compra de 2 ou mais caixas (12 garrafas);

Frete para Zona Sul, Barra e Jacarepaguá: R$ 25,00. Demais regiões a combinar.

Compre diretamente com o Rômulo: romulo@vinabrasilis.com.br – (21) 99515-1071 (WhatsApp OK)


Boa pedida para este final de semana em Teresópolis. Apresentação dos vinhos da The Wine Experience, com diversas opções entre brancos, tintos e espumantes, a partir de R$ 15,00 a taça. Serão oferecidos flights de degustação com 3 taças.

Imperdível!

Harmonizando Pratos Típicos – Natal e Ano Novo III

A ceia de Ano Novo é bem diferente da ceia de Natal. São outras tradições e a perspectiva de uma longa e animada noite de comemorações sugere uma alimentação menos formal.

Muitas famílias respeitam alguns mitos, como o de não consumir aves neste dia. Dizem que o fato delas “ciscarem para trás” pode atrasar a nossa vida no novo ano, enquanto as carnes suínas, porcos “fuçam para a frente”, nos levariam adiante em nossos planos.

Um dos pratos mais tradicionais nesta ceia, ao redor do mundo, é a Lentilha Garni, deliciosa combinação desta leguminosa, cujo formato lembra o das moedas, com carne de porco. Ao ser cozida, aumenta de tamanho, o que sugere prosperidade. Se associada à carne suína, é tudo de bom. Reza a superstição que deve ser o 1º alimento a ser consumido na virada do ano. Na Itália, come-se 1 colherada deste ensopado a cada batida do relógio.

A harmonização mais recomendada é o Lambrusco, um delicioso vinho frisante típico da região da Emilia Romagna. Prefira os tintos secos.

Outra associação interessante é o arroz com lentilha. Nas culturas orientais e também em alguns países árabes, o arroz é considerado como um símbolo de riqueza e prosperidade. Sua cor branca, quase uma obrigação na virada do ano, é mais uma boa superstição.

Para a turma da alimentação saudável, este arroz faria um par perfeito com um Seitan (carne de glúten), um falso pernil ou tender preparado a partir de uma elaborada massa de batatas e farinha de trigo.

Para harmonizar, um bom branco, frutado e mais intenso, como um Sauvignon Blanc ou um Torrontés.

Pratos frescos como saladas têm seu lugar no Réveillon, são bons repositores de energias. Uma das preparações mais tradicionais é o Salpicão, feito muitas vezes com as sobras do tender natalino. A combinação da acidez do abacaxi, da doçura de frutas secas com o viés salgado do presunto e da batata palha, tudo ligado com a untuosidade da maionese, pede um espumante Brut, rosé de preferência.

As borbulhas podem brilhar sozinhas por toda a noite e ninguém vai reclamar, com certeza. Acompanham dignamente outras receitas, sejam elas de frutos do mar, massas, ou mesmo as frutas e outras sobremesas típicas.

Feliz 2018!

Saúde e ótimos vinhos!

Vinhos da Semana: dois brancos, um de cada, dos nossos parceiros, Casa Rio Verde/Vinhosite e Vinícola Santa Augusta.

 

Finca El Origen Torrontés Reserva 2014 – $

Perfeito para acompanhar Frutos do Mar, Comida Oriental, Lombo de Porco assado, Massas, Saladas diversas.

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Sauvignon Blanc Santa Augusta – $

Harmoniza com peixes em geral, camarão, crustáceos, culinária japonesa e oriental, carnes brancas, coelho e comidas leves.

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NOVIDADE PARA 2018

A Casa Rio Verde traz, com exclusividade, a Viñedos y Bodegas Sierra Cantabria, uma das principais bodegas da tradicionalíssima região da Rioja, na Espanha. A bodega tem à frente o prestigiado enólogo Marcos Eguren.

A nova parceria se inicia com a importação de três clássicos da vinícola: o Sierra Cantabria Reserva, Sierra Cantabria Selección e Sierra Cantabria Garnacha, produzidos nas cidades de San Vicente de la Sonsierra, Labastida e Laguardia.

Ao longo de cinco gerações, desde 1870, a família Eguren vem se dedicando ao cultivo das vinhas e à elaboração e envelhecimento dos melhores vinhos da Rioja, com raízes em San Vicente de la Sonsierra. Considerada a região “top” do vinho na Espanha, as variedades Tempranillo e Garnacha encontram ali sua melhor expressão.

Vinhos poderosos, mas finos, frescos, fluidos e elegantes, distinguidos por seus taninos doces e por serem sedosos, de grande versatilidade, longevidade e personalidade marcante.

Harmonizando Pratos Típicos – Natal e Ano Novo II

Nesta segunda parte, vamos abordar os pratos elaborados com carne suína e bacalhau, deixando para a última parte o salpicão e outros pratos mais comuns na ceia de réveillon.

3 – Presunto ou Pernil

Tecnicamente é o mesmo corte, mas um é curado e o outro é fresco. As receitas também diferem bastante. O Tender, nome mais popular, sempre é caramelizado com alguma cobertura doce, melado é a mais comum, e acompanham frutas em compota como abacaxi, pêssegos, cerejas. As especiarias usadas para temperar e decorar, Cravo da Índia, por exemplo, não podem ser ignoradas na hora de escolher o vinho para harmonizar.

Uma opção, pouco usada, são os Rosés, preferencialmente elaborados com as castas Malbec, Shiraz/Syrah ou Tempranillo. Se preferir um tinto, que seja de corpo médio e frutado. Um Grencahe/Garnacha seria o correto. Para uma combinação mais ousada, escolha um Gewurtztraminer.

Para o pernil assado, prefira vinhos tintos como um bom Tempranillo ou um vinho português mais maduro como os Alentejanos ou Dão. Fica melhor com carnes mais gordas.

4 – Bacalhau

Este é um dos casamentos mais complexos. Tudo vai depender da receita a ser preparada. Mesmo com técnicas apuradas de cozimento, os pratos à base deste pescado têm um viés mais salgado, o que intensifica os sabores introduzidos pelo vinho.

Brancos portugueses seriam a primeira opção. Um bom Vinho Verde elaborado com a clássica Alvarinho encabeçaria a lista. Chardonnays “untuosos”, os mesmo que são indicados para acompanhar as aves natalinas podem brilhar neste momento. A terceira opção seria um Riesling, alemão.

Alguns tintos podem surpreender se a receita for mais encorpada ou que incluam algum tipo de fritura. Castas como a Touriga Nacional, a Trincadeira ou a Tinta Roriz, são as mais adequadas.

5 – Sobremesas

Na mesa natalina há um pouco de tudo, transitando desde a doçaria portuguesa, mousses francesas, panetones italianos, sorvetes cremosos típicos da cultura Norte Americana ou os nossos refrescantes sorvetes de frutas à base de água.

Muito açúcar!

Para harmonizar, vinhos generosos, de qualquer origem: Porto, Ice Wine, Colheita Tardia, botritizados, e espumantes elaborados com a uva moscatel (denominação demi-sec).

Se preferirem, um espumante Brut de ótima qualidade, branco ou rosé, pode ser o consorte ideal para todo este banquete, pantagruélico, que enfrentamos galhardamente todos os anos.

A todos os leitores desejamos um Feliz Natal!

Saúde e Bons vinhos.

Vinhos da Semana: um rosé e um espumante

 

Finca El Origen Rosé Malbec 2016

Em um intenso cor de rosa, notas de frutas vermelhas compõem um nariz perfumado, cheio de morango e cerejas neste vinho argentino. Com paladar fresco e boa acidez natural.

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Espumante Moscatel Santa Augusta

Aroma fino, complexo, delicado, e intenso com notas de frutas, como papaia, pêssego, casca de tangerina, e florais como flor de laranjeira.

Na boca tem equilíbrio perfeito entre doçura e a acidez, boa cremosidade, muito persistente e com retro-olfato agradável e muito frutado.

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Harmonizando Pratos Típicos – Natal e Ano Novo I

Para encerrar o ano, uma pequena série sobre harmonização e as tradicionais ceias de fim de ano.

Há várias tradições que são seguidas nas diferentes regiões brasileiras. Alguns pratos são eternos, havendo pequena diferenças na forma de preparo ou nos acompanhamentos.

Comemorado no nosso verão, estação que tem seu início no dia 21 de dezembro, o Natal incorpora algumas receitas europeias ou norte americanas, indicadas para climas mais frios. Há que prefira esquecer os vinhos nesta época, limitando-se a fazer um brinde com algum espumante.

Vamos corrigir isto e demonstrar que, com um pouco de criatividade, podemos desfrutar bons vinhos.

1 – Aves Natalinas

Peru, Chester e até mesmo Pato estão sempre presentes nas nossas mesas, nesta época. São carnes delicadas, que precisam de algum tempero intenso para se tornarem saborosas e alegrarem nossas papilas gustativas. O arroz e a farofa, em geral de castanha, podem ser considerados como neutros. Já o molho, uma redução da vinha d’alhos, leva vinho branco, o que já é uma boa indicação.

Tanino é o grande inimigo aqui, não há nenhum elemento neste prato que ajude a suavizá-los. Na escolha de um tinto, todo o cuidado é pouco.

A nossa sugestão recai sobre tintos leves, como um Beaujolais ou um Pinot Noir, jovem. Existe mais uma possibilidade entre os tintos e, se for o caso, é a hora de abrir aquele Bordeaux ou Chianti que está sendo guardado, diligentemente, por longos anos. Os tintos mais maduros suavizam os taninos, facilitando este tipo de harmonização. Estes vinhos serão menos frutados e com os chamados sabores e aromas terciários, o que pode não agradar paladares menos sofisticados.

A melhor opção são os brancos. Servidos a uma temperatura mais baixa que os tintos, são ao mesmo tempo refrescantes e perfeitos para acompanhar o prato principal. Mas não é qualquer vinho branco, precisamos daqueles sabores mais amanteigados, típicos dos famosos Chardonnay da Califórnia, ou o seu viés inspirador o Mersault, francês. Um bom Bordeaux branco também cumpre corretamente esta função.

Não são muito fáceis de encontrar por aqui. Procurem por vinhos que tenham estagiado em madeira e, se possível, tente descobrir se passaram por fermentação malolática.

Embora o pato seja menos comum em ceias comemorativas, pode aparecer na forma de peito ou sobrecoxa, assado, ou ainda como um saboroso Arroz de Pato. As indicações de vinhos valem para este caso, também.

2 – Opção Veggie

A turma da geração saúde opta por refeições mais saudáveis e talvez sem nenhum tipo de carne ou produto de origem animal. Mas apreciam um bom vinho.

Uma das opções mais conhecidas de ceia para este grupo é a lentilhada, onde a carne de porco é substituída por Tofu, fresco ou defumado. Pode ser temperada com Curry, o que é um complicador na hora de harmonizar, portanto, não exagere.

Espumantes brilham aqui, embora possamos harmonizar com tintos, rosés e brancos. Prefiram os vinhos bem secos e pouco frutados. Uma interessante opção, não incluída anteriormente, é a Pinot Grigio.

Semana que vem mais um capítulo.

Saúde e bons vinhos!


Vinhos da Semana:
Nossos parceiros estão com ótimas opções para harmonizar.

Mezzacorona Chardonnay Barrique 2016 – $

As uvas deste Chardonnay são colhidas à mão para garantir a máxima expressividade das notas de pêssego, nectarina, pera e especiarias.

Em boca é denso, intenso e refrescante.

No visual, apresenta coloração amarelo palha.

Um vinho branco elegante, equilibrado e harmonioso.

Compre aqui: www.vinhosite.com.br

 

Vinho Rosé Santa Augusta – $

Elaborado com as variedades Cabernet Sauvignon (70%) e Merlot (30%). Seu visual é rosa cereja claro. No olfato, um aroma fino e delicado com notas de frutas vermelhas. Percebe-se jabuticaba, araçá, amora e nuances de rosas vermelhas. Na boca é frutado, harmônico e leve.

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CASA RIO VERDE: CESTAS DE NATAL TÊM COMO DESTAQUE OS VINHOS

Os vinhos são o destaque das Cestas de Natal comercializadas nas cinco lojas da Casa Rio Verde na capital mineira e na loja virtual da importadora, VinhoSite. A Casa Rio Verde é a mais tradicional do mercado mineiro em vendas de cestas de Natal.

Do total de 26 cestas, 16 são exclusivas de vinhos. Os preços variam entre R$159 e R$3.680. As opções para os amantes da bebida começam com as cestas “Regiões” com vinhos selecionados de sete regiões de três países: França (Bordeaux, Borgonha, Languedoc, Provence, Rhône, Sudouest e Costières de Nilmes– R$485), Itália (Trentino, Abruzzo, Lombardia, Marche, Sicilia, Toscana, Umbria – R$437) e Portugal (Alentejo, Beira Interior, Dão, Douro, Lisboa, Bairrada e Peninsula de Setúbal – R$371).

As demais cestas vêm com rótulos de países como Chile, França, Espanha, Itália, Portugal, todas com três vinhos. Outra novidade são as cestas com vinhos por estilo, também com três unidades, conforme classificação criada exclusivamente pela Casa Rio Verde/VinhoSite para facilitar a vida do consumidor. As opções incluem tintos macios, tintos leves e tintos complexos, uma opção interessante para quem está na dúvida sobre que tipo de vinho comprar. Destaque também para a cesta “Medalha de Ouro” (foto), com três vinhos premiados em concursos internacionais.

Para acondicionar os produtos, a Casa Rio Verde escolheu cestas de vime, produzidas artesanalmente pela tradicional família Saccaro, na Serra Gaúcha, no Rio Grande do Sul. A embalagem já é por si só um presente, pela qualidade, beleza e durabilidade.


Harmonizando Vinhos, Pessoas e Ocasiões

Qualquer bom enófilo tem um prazer todo especial ao escolher os vinhos que serão servidos num evento, seja ele uma refeição, uma comemoração ou pelo simples prazer de sacar uma rolha.

Longe de ser uma ciência, a harmonização é uma arte que envolve múltiplos conhecimentos que abrangem desde sólidas noções de gastronomia, conhecimentos enológicos específicos e uma boa dose de cultura e sensibilidade por parte do anfitrião:

Não se abre uma boa garrafa de vinho para qualquer um, impunemente…

Para não cair em armadilhas e desperdiçar um bom caldo com pessoas ou ocasiões inadequadas, vamos apresentar algumas ideias para, literalmente, harmonizar tudo isto.

O primeiro fator a ser levado em conta é:

Quem vai degustar os vinhos escolhidos?

O segundo é a ocasião: quando?

Estes pontos devem ser olhados com especial atenção, afinal, não é qualquer pessoa que sabe apreciar uma daquelas garrafas míticas que ficaram guardadas, sob severa vigilância, para serem abertas em uma data especial.

Particularmente, acho que existem ocasiões certas para determinados vinhos.

Por exemplo: como o ano já está terminando, vamos olhar para o tradicional almoço de Natal ou o churrasco de ano novo. Não são os momentos para servir o que há de melhor de nossa adega. Grandes vinhos pedem, pelo menos, um momento de introspecção.

Já imaginaram abrir um bom Bordeaux para acompanhar os acepipes da mesa de Natal e ter que degustá-lo junto com a alegria das crianças ao descobrir o que ganharam de presente ou mesmo enfrentar um ruidoso Amigo Oculto?

Ou que tal ficar disputando, com um monte de animados cervejantes, qual a melhor combinação com a macia picanha: o robusto tinto que você diligentemente adegou por um longo tempo ou a Sk**l que trouxeram do supermercado?

Pode ter certeza, não vai rolar…

Por outro lado, há vinhos para estas ocasiões. Não precisa ser um Petrus, mas um bom vinho que possa surpreender nossos convidados e, quem sabe, desbravar este delicioso caminho para alguns não iniciados.

O truque é muito simples:

– Escolha tintos muito suaves, redondos e fáceis de beber.

A casta Merlot reina aqui, mas não está sozinha. Da Puglia, Itália, podemos buscar vinhos elaborados com a Negroamaro, sempre muito frutados. Nesta mesma região temos a Primitivo, outra boa opção, mas eu ficaria com sua versão norte-americana, a Zinfandel. Da África do Sul, a Pinotage é outra casta que tem seus encantos.

Prefira vinhos mais jovens, aromáticos, bem frutados, com uma bonita cor. Para os iniciantes isto é um indicativo de qualidade. Evite os vinhos amadurecidos. Aromas “terciários” só para os experts.

– Se a opção for um branco, o leque pode ser bem maior. Sauvignon Blanc do Novo Mundo, com seu viés frutado é sempre uma agradável surpresa. O Torrontés argentino, de boa qualidade, é outra escolha segura. Uma aposta diferente são alguns brancos regionais italianos como Verdicchio, Falanghina, Vermentino e o Pinot Grigio: surpreendentes!

– Não poderia deixar de mencionar os rosados. Ainda estão na moda e os produzidos na América do Sul encantam facilmente. As grandes estrelas são os da Provence, França, nem sempre com preços acessíveis, mas vale a pena procurar.

– Deixe os espumantes para brindar, preferindo sempre os de preço convidativo. Os produzidos no Brasil são o destaque neste setor.

Reserve o Champanhe para aquele momento a dois.

Este mesmo raciocínio vale para festas de casamento, aniversários ou outras comemorações que envolvam muitos convidados. Sirva um vinho de qualidade, adequado ao momento. Ninguém vai estar preocupado com rótulos caros e sim com um ambiente simpático e animado.

Saúde e bons vinhos!

Vinho da Semana: eu serviria no meu Natal.

Beranu Vermentino di Sardegna DOC 2015

Cor amarelo palha com reflexos verdeais. Aromas marcantes e frutados. Em boca é intenso, com longa persistência.

Harmonização: Mariscos, Pasta à Carbonara, Peito de frango, Peixada, Queijo de Cabra, Risoto à milanesa, Salada de legumes, Salmão fresco.

Compre aqui: www.vinhosite.com.br


Nova turma para a minha aula sobre vinhos.

Uma grande oportunidade para nos encontramos e degustar vinhos especialmente selecionados.

 

 

 

Data: 26/10/2017 – 5ª feira

Horário: 19:00 às 22:00

End: Shopping Cidade Copacabana, Rua Siqueira Campos 143

Investimento: R$ 150,00

Informações: (21) 3496-6894 / WhatsApp: (21) 98079-2888

E-mail: cursosmaisonduchef@bol.com.br

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