Categoria: Harmonização (Page 9 of 11)

Harmonizando Embutidos e Sardinhas em Conserva

Hoje não é dia de festa no boteco, nada de chopp ou cervejinha para acompanhar estes deliciosos petiscos. A proposta é harmonizá-los corretamente com vinhos, abrindo o leque de comidinhas que podemos servir numa reunião da nossa confraria predileta, fugindo um pouco do habitual queijos e vinhos.

Enfrentar carnes salgadas, gordas e muitas vezes bem temperadas, pode parecer uma tarefa difícil, mas há vários caminhos que podem ser trilhados.

O primeiro, e mais fácil, é optar pela ‘harmonização regional’ ou, fazendo uma bela inversão de um ditado bem popular:”diga-me quem és e dir-te-ei com quem deves andar”.

Em linguagem simples, Jamon Serrano com vinho espanhol, Salame Milanês com vinho italiano, etc…

Mas que vinhos seriam estes?

A melhor técnica é procurar equilibrar o sal, a gordura e os sabores mais ou menos intensos de cada tipo de frios, com vinhos que ajudem a contrastar estas características.

A acidez do vinho é a chave para termos sucesso neste casamento.

As carnes curadas são suavizadas pelos vinhos com maior acidez, que ainda vai ajudar a limpar o paladar, quando há sabores mais gordurosos.

Apesar dos tons avermelhados e escuros de salames, presuntos e similares, o primeiro vinho que deveria ser escolhido para enfrentar esta avalanche de sensações seria um bom espumante brut. O Champagne é a maior estrela desta constelação.

Há outras opções. Uma das mais interessantes é o nunca lembrado Lambrusco, um vinho frisante da Itália, sempre frutado e leve. Mas não tentem esta combinação com embutidos de sabor muito acentuado.

Tintos leves e jovens como o Beaujolais ou o Barbera, são outras boas possibilidades. Ambos devem ser bebidos bem frescos, quase como um branco.

Curiosamente há vinhos que não combinam com este cardápio: Sauvignon Blanc, os encorpados Cabernet Sauvignon da Califórnia ou do Chile e os cortes de Bordeaux. Não vale a pena arriscar.

Sardinha é uma iguaria muito apreciada em diversas culturas, sejam elas frescas ou em conservas. Os portugueses a introduziram na nossa dieta destacando-se as famosas ‘Sardinhas em lata’ (por favor, as de boa qualidade vindas de lá…), uma expressão que caiu, inclusive, no jargão popular.

Novamente, vinhos brancos são as opções mais tradicionais, destacando-se os Alvarinhos/Albarinhos, e os vinhos verdes com sua marcante acidez.

O francês Muscadet, o italiano Vermentino e o grego Assyrtiko, são ótimas escolhas, com a vantagem de fugir do convencional, o que pode ser muito interessante.

Para fechar, com muita classe, que tal se deixar levar por uma pequena extravagância e degustar estes saborosos peixinhos com uma taça de um espumante rosé de Pinot Noir, seja ele um Champagne ou um Cremant de Bourgogne.

Cadê aquela latinha que eu trouxe na última viagem?

Saúde e bons vinhos!

Vinho da Semana: para acompanhar uma sardinha grelhada ou em conserva.

Beranu Vermentino di Sardegna DOC 2015 – $

Cor amarelo palha com reflexos verdeais. Aromas marcantes e frutados. Em boca é intenso, com longa persistência.

Harmoniza com: Mariscos, Pasta à Carbonara, Peito de frango, Peixada, Queijo de Cabra, Risoto à milanesa, Salada de legumes, Salmão fresco e Sardinha.

Compre aqui: www.vinhosite.com.br


Não deixem de prestigiar:


ALVARO VAN ZELLER DIRIGE DEGUSTAÇÃO NA CASA RIO VERDE

O enólogo português, Álvaro Van Zeller, vai brindar os amantes do Vinho do Porto com uma degustação da sua produção, dia 28 de agosto, na Casa Rio Verde, em Belo Horizonte. Alvaro é um dos grandes nomes na produção desse vinho cheio de tradição. Entre centenas de premiações, está o título de “Enólogo do Ano de Vinhos Generosos – 2015”, da principal publicação portuguesa sobre vinhos, a Revista de Vinhos.

A Casa Rio Verde é, há quatro anos, representante exclusiva no Brasil da marca Maynards, cujos Portos são assinados por Álvaro, na Barão de Vilar, empreendimento de sua família.

 O enólogo é conhecido internacionalmente pelas incríveis alquimias no mundo do vinho.  É considerado um dos grandes responsáveis pelo desenvolvimento de uma categoria inteiramente nova de vinhos do Porto, os Brancos Envelhecidos. Grandes estrelas em todas as provas que participam, esses vinhos têm encantado a todos e são hoje comercializados com sucesso.

As degustações acontecem às 19h30, na loja da Praça Marília de Dirceu – 104, no bairro de Lourdes, na capital mineira. Os convites estão à venda no VinhoSite, loja virtual da Casa Rio Verde.

VINHOS QUE SERÃO DEGUSTADOS:

  • Porto MAYNARD’S 10 ANOS
  • Porto MAYNARD’S COLHEITA 2003
  • Porto MAYNARD’S 20 ANOS
  • Porto MAYNARD’S LBV 2009
  • Porto MAYNARD’S VINTAGE 2000
  • Porto MAYNARD’S 10 ANOS WHITE

Presunto e Peru de Natal

Duas harmonizações que exigem um pouco mais de atenção na hora de escolher o vinho.

O tradicional “Tender” natalino tem aquele viés adocicado, seja pela cobertura feita, por exemplo, com melado ou mel, além das frutas em calda que o acompanham e das especiarias.

Achar um vinho que combine com tudo isto exige algum malabarismo, mas não é impossível. A chave está no tipo de líquido usado para cobrir o presunto.

– Tintos leves como um Cru de Beaujolais ou um Pinot Noir, menos sofisticado, da Borgonha ou de outros países do Novo Mundo, são opções coringas, combinado também com a ave natalina;

– Syrah, seja nos varietais da Austrália ou Nova Zelândia, ou nos cortes clássicos com Grenache e Mourvedre (GSM) do Rhone, são ótimos se, na preparação, forem usados frutas como laranja ou geleias cítricas.

– As clássicas coberturas de mel ou melado com uma boa dose de mostarda e outras especiarias, ou as que usam refrigerante de Cola para marinar, harmonizam muito bem com um bom Zinfandel ou Primitivo. Uma terceira opção seria um Pinotage sul-africano.

– Se a preparação seguir um caminho menos adocicado, vinhos como o Chateauneuf du Pape, ou um Amarone, podem entrar em cena.

Vinhos brancos são opções válidas, mas é um pouco mais complicado. A escolha deve recair por vinhos com maior estrutura e que ainda consigam ser bem frutados.

Algumas castas sobressaem: Chenin Blanc, Semillon, Viognier e até mesmo um Gewürztraminer da Alsácia.

Peru ou Chester trazem novos desafios para quem deseja fazer uma harmonização correta. Este tipo de carne, com sabor muito suave e quase sem gordura, tem um poderoso inimigo: Taninos.

Por esta razão, vinhos tintos devem ser escolhidos com muito critério. Taninos suaves e bem domados são obrigatórios. A melhor opção seria um branco bem encorpado.

Dentre os primeiros, as escolhas serão muito semelhantes às do presunto: Pinot Noir e Cru de Beaujolais. Para os que não são aficionados desta linha de vinhos, pode-se pensar em tintos de Bordeaux, Chianti ou Rioja, desde que sejam muito maduros. Vinhos em que os taninos estejam totalmente integrados e suavizados pelos anos de amadurecimento, oferecendo uma boa experiência gastronômica com este prato.

No capítulo dos brancos, aqueles famosos Chardonnay da Califórnia que passaram por fermentação malolática e foram guardados, por algum tempo, em barris de carvalho, reinam quase sozinhos: o característico sabor amanteigado é o par perfeito.

Outras regiões produtoras têm brancos igualmente agradáveis para esta harmonização: Victoria e Kumeau na Austrália e Nova Zelândia.

Esta coluna entra em recesso até janeiro de 2017.

Desejamos a todos os nossos leitores um grande Natal e ótimo Ano Novo.

Saúde e bons vinhos!

Vinho da Semana: para celebrar o ano novo com uma lentilhada.

Lambrusco Del Emilia Cantalupo Rosso Secco

Exibe cor vermelho rubi. No nariz apresenta fragrâncias frutadas de rosa canina e framboesa. Em boca este frisante é meio seco, meio encorpado, mas persistente. É fresco, agradável, macio e redondo.

Compre no Vinho Site: www.vinhosite.com.br

 

A Casa Rio Verde, tradicional importadora mineira de vinhos, fechou uma parceria com o CRUZEIRO ESPORTE CLUBE para o lançamento do primeiro clube de vinhos de um time de futebol no mundo: o “Clube do Vinho Cruzeiro”. Uma união perfeita entre duas paixões arrebatadoras: vinho e futebol, concretizada para a torcida celeste pela importadora e pelo clube mineiro.
O Clube do Vinho Cruzeiro foi anunciado pelo Cruzeiro nesta quinta-feira, dia 22 de dezembro, e pode ser acessado pelo site www.clubedovinhocruzeiro.com.br. No início de janeiro, o site trará também uma seleção de vinhos avulsos e kits de vinho para o torcedor degustar e presentear. As novidades não param por aí: o Cruzeiro terá dois vinhos oficiais licenciados, produzidos pela vinícola gaúcha Lidio Carraro, com lançamento também previsto para a primeira quinzena de janeiro.

Além da loja virtual, as assinaturas do Clube do Vinho Cruzeiro podem ser feitas em uma das cinco lojas da Casa Rio Verde em Belo Horizonte. A assinatura mensal custa R$119,80 (duas garrafas de vinhos tintos). O Sócio do Futebol do Cruzeiro tem 5% de desconto na assinatura do clube do vinho, na compra dos vinhos e kits avulsos através do “Clube do Vinho Cruzeiro” e lojas físicas da Casa Rio Verde. O desconto vale inclusive para os produtos em promoção. 
O diretor Comercial da Raposa, Robson Pires, destaca que o Cruzeiro sempre teve interesse em fazer o licenciamento de um vinho, por ser  um produto que se identifica com as origens italianas do clube: “O Clube do Vinho Cruzeiro é destinado aos cruzeirenses que gostam de vinho, uma bebida cada vez mais presente na mesa dos brasileiros e ótima para momentos especiais. Será a oportunidade de adquirir vinhos  selecionados, em casa, com preços especiais,   além de prestigiar o time do coração”.
COMO FUNCIONA O CLUBE DO VINHO CRUZEIRO?
Participar de um clube do vinho é a mais autêntica expressão do “unir o útil ao agradável”, reunindo conveniência e prazer em um só pacote. O Clube do Vinho Cruzeiro funciona como a assinatura de revista. A partir do momento que o torcedor faz a assinatura pelo site ou nas lojas da Rio Verde ele recebe mensalmente uma seleção com dois vinhos (tintos).  Pode optar também por receber um número maior de vinhos (múltiplo de dois) e por planos mensais, semestrais ou anuais, com descontos progressivos.
O torcedor tem a comodidade de receber os vinhos em casa, sem nenhum custo adicional. O frete é grátis para a Região Sudeste e parcialmente subsidiado para as outras regiões, visto que o Clube entrega em todo o Brasil. O frete também é grátis, na Região Sudeste, nas compras de vinhos avulsos e kits com valor superior a R$130. O prazo de entrega em Belo Horizonte é de 1 dia útil.
A seleção dos vinhos é feita criteriosamente pela Casa Rio Verde, que garimpa seus produtos em vinícolas da Europa e da América do Sul.  Grande parte dos rótulos são premiados por publicações especializadas. Outra vantagem para o consumidor é o preço: os vinhos do clube saem até 40% abaixo do valor de mercado.
SOBRE A CASA RIO VERDE
Com 27 anos de atuação no varejo de vinhos em Minas Gerais, a importadora Casa Rio Verde trabalha com mais de 400 rótulos, de 70 vinícolas, 50 delas exclusivas. Os vinhos são selecionados, após um trabalho incansável de pesquisa e degustação nos países produtores, principalmente no Velho Mundo (Itália, França, Portugal e Espanha). Há dois anos a importadora ingressou no e-commerce de vinhos, criando o VinhoSite e o  primeiro clube de vinhos de Minas Gerais – o VinhoClube, hoje com clientes em todo o Brasil. A experiência virtual levou a Casa Rio Verde  a ampliar os horizontes com a parceria concretizada com o Cruzeiro Esporte Clube.
Endereços e telefones Lojas Casa Rio Verde
Lourdes: Praça Marília de Dirceu, 104 (31) 3275-1237
Gutierrez: Rua André Cavalcanti, 388 (31) 3337-4730
Savassi: Av. do Contorno, 5.816 (31) 3227-2057
Santa Efigênia: Av. Brasil, 653 (31) 3224-2611
Sion: Av. Uruguai, 835 (31) 3225-1185

Harmonizando Peixe com vinho tinto

Quase todo apreciador de vinhos aprende, bem cedo, que peixes e frutos do mar só devem ser harmonizados com brancos e, no máximo, um rosé.

Por outro lado, regras existem para serem quebradas. Se não fosse isto, a nossa vida seria bem diferente e muito maçante.

Existe um princípio sobre o qual se apoia esta impossibilidade de harmonização: taninos não combinam com a acidez existente nos pratos baseados em pescados, principalmente se adicionarmos um pouco mais, pingando limão, por exemplo. O resultado deste confronto pode ser um marcante retrogosto amargo e metálico.

peixe-min

Os professores da renomada escola Cordon Bleu acreditam que, se capricharmos na escolha, é perfeitamente possível ter sucesso nesta harmonização, mas não é com qualquer vinho tinto. (*)

A regra básica desta ousada escolha é encontrar vinhos com acidez e teor alcoólico bem equilibrados, corpo médio ou leve, taninos muito suaves e bem frutado no paladar.

Com relação ao prato, algumas formas de cocção e acompanhamentos se impõe e outros devem ser evitados, como molhos à base de manteiga ou calcados em muita cebola.

Para um peixe grelhado, acompanhado de legumes, o parceiro tinto ideal seria um Pinot Noir australiano, ou outro de regiões frias. Experimente com Atum fresco na brasa.

Outra boa opção é oferecida pelos vinhos elaborados com a casta Gamay. Um Cru de Beaujolais, como o Fleurie, faz um belo par com um cozido de frutos do mar em seus próprios sucos.

Se a base do molho forem tomates frescos, tintos espanhóis que não passam por madeira, feitos com as castas Mencia ou Garnacha, são combinações que vão surpreender. Além destes, o italiano Valpolicella é outra boa pedida.

Existem um tipo de peixe que, tradicionalmente, seria consumido com tintos, o Bacalhau. Entretanto, esta é outra regrinha mal escrita e que tem origens em obscuras lendas sobre “má qualidade” de alguns vinhos brancos, notadamente de Portugal. Tudo vai depender do método de preparação deste prato que tanto agrada aos brasileiros.

Para combinar com um tinto encorpado e maduro, opte por um lombo de bacalhau assado com cogumelos, abóbora, cenouras, nabos e até um pouco de nozes ou avelãs.

A ideia é que todos estes sabores e texturas se amalgamem a ponto de não ser possível destacar nenhum deles.

Bom apetite e bons vinhos!

Vinho da Semana: já pensando no bacalhau de fim de ano.

vinho-minBodegas Ramirez Tempranillo – $

Cor vermelho rubi com reflexos roxos. No nariz é frutado e intenso. No palato é inicialmente ataque seco com taninos marcantes, seguido de uma doçura de fruta com boa persistência, lembrando morangos com toques de alcaçuz. O retrogosto é agradável e duradouro.

Compre aqui: http://www.vinhosite.com.br/vinho-rioja-espanhol-tinto-bodegas-ramirez-tempranillo/p

Outras ofertas: http://www.vinhosite.com.br/vinhos-da-semana

(*) – http://www.decanter.com/learn/food/cordon-bleu/matching-red-wine-fish-le-cordon-bleu-328966/

Comprovado: Queijo é o melhor companheiro do vinho

Muitos apreciadores de nossa bebida favorita começaram a apreciá-la a partir da popular combinação “Queijos e Vinhos”. Mesmo que fossem organizados de forma empírica e algumas vezes caótica, sempre era divertido e prazeroso.

Uma das formas mais simpáticas de organizar uma reunião como esta era dividir as tarefas: diferentes grupos de convidados trariam os vinhos, queijos e pães, cabendo ao anfitrião entrar com infraestrutura e algumas frutas ou doces para fechar a noite.

Harmonizar? O que é isto?

Ninguém estava preocupado. Provavelmente só iriam aparecer vinhos tintos, de diversas origens. Nenhum branco ou fortificado. Bastava chegar as estações mais frias do ano que os “Queijos e Vinhos” se repetiam, quase que seguindo uma receita.

wine-and-cheese-pairing-guide-2

Num estudo recente (out/2016), cientistas do Centro de Estudos do Paladar e Comportamento Alimentar (Center for Taste and Feeding Behavior) na França, conduziram uma pesquisa na cidade de Dijon com apreciadores de queijos e vinhos. Chegaram a um resultado que, finalmente, esclarece o sucesso desta conhecida parceria:

“O consumo de queijo durante uma degustação de vinhos é capaz de alterar a nossa percepção e gosto sobre determinados vinhos”. (*)

Cada voluntário recebeu um formulário com a descrição de diversas sensações possíveis, que deveriam ser assinaladas após cada degustação.

Na primeira etapa foram degustados quatro vinhos diferentes, em busca das sensações predominantes:

– Pacherenc, um vinho branco doce da região de Madiran, sudoeste da França;

– Sancerre, um Sauvignon Blanc do Vale do Loire;

– Pinot Noir da Borgonha;

– Madiran tinto, um corte de Tannat, Cab. Franc, entre outras.

Na segunda etapa, foram introduzidos quatro queijos:

– Epoisses, típico da Borgonha, elaborado com leite de vaca e maturado por 6 meses. Depois é tratado com uma aguardente vínica (marc);

– Comté, o mais comum queijo da França, feito a partir de leite de vaca, com casca e textura semi-dura;

– Roquefort, tradicional queijo com mofo azul, elaborado com leite de ovelhas;

– Crottin de Chavignol, o mais famoso queijo de cabra francês, maturado por 4 meses.

Os degustadores deveriam alternar pequenos goles de vinho e provas dos diferentes queijos.

Os resultados demonstraram que o consumo do queijo teve um impacto positivo na descrição dos vinhos, que acabaram agradando a todos, em comparação com a descrição inicial, feita para ser o controle do experimento (sensação predominante).

A apreciação de cada vinho aumentou na maioria das combinações e, no pior resultado, teria ficado igual ao resultado de controle.

Na degustação dos vinhos tintos, o consumo do queijo diminuiu sensivelmente a sensação de adstringência provocada pelos taninos, aumentando a percepção dos sabores frutados.

Com relação aos brancos, o que menos impactou o resultado final foi o doce Pacherenc. As anotações não demonstraram nenhuma mudança na doçura ou predominância de sabores. Com branco seco foram percebidas ligeiras alterações no aroma predominante.

Do outro lado do Atlântico, no Canadá, uma segunda experiência corrobora este resultado (**). O objetivo era encontrar as combinações ideais entre queijos e vinhos, empregando metodologia sensorial científica.

Nove tipos de queijos artesanais e dezoito tipos de vinhos estavam à disposição de um grupo de jurados que tinha como objetivo avaliar as diversas combinações possíveis.

Entre os vinhos estavam desde clássicos como Chardonnay madeirado, Pinot Noir, Merlot, cortes com Cabernet Sauvignon, vinhos de sobremesa e Ice Wines.

O Riesling foi considerado o vinho mais versátil combinando com a maior variedade de queijos. Sauvignon Blanc e Pinot Gris também foram bem avaliados. Os vinhos de harmonização mais difícil foram o Late Harvest, o Ice Wine e o Porto.

Os queijos mais fáceis de combinar foram os do tipo Gorgonzola (mofo azul), Provolone e um queijo de leite de vaca, semi-duro, bastante comum no Canadá (Oka).

Saúde e bons queijos e vinhos!

Vinho da Semana: um versátil Tempranillo espanhol.

qj-2Ayrum Reserva

Perfeito com o tradicional Queijo Manchego, da Espanha, elaborado com leite de ovelha e eleito, em 2012, o melhor queijo do mundo.

Compre aqui: http://www.vinhosite.com.br/vinhos-espanhois-tinto-ayrum-reserva-tempranillo/p

Mais ofertas: http://www.vinhosite.com.br/vinhos-da-semana

Fontes:

(*) – http://phys.org/news/2016-10-science-cheese-wine.html

(**) – http://phys.org/news/2005-10-wine-cheese-science.html

Pratos de Massa e Vinhos

A cultura gastronômica brasileira é uma mistura de diversas influências que, segundo alguns Chefs e críticos internacionais, a tornam única. As culinárias portuguesa, africana, nativa, alemã e italiana, entre outras, formam um delicioso caldeirão de onde nos alimentamos em casa ou em elegantes restaurantes.

Talvez devido ao binômio simplicidade e sabor, os pratos italianos são muito populares, a macarronada de domingo é quase sagrada em alguns lares. Vinho, é claro, torna-se um imperativo.

Talvez venha desta clássica harmonização o início da produção vinícola brasileira, que começa, realmente e não historicamente, com a chegada dos colonos italianos ao país. Os primeiros vinhos eram muito rudimentares, feitos com uvas inadequadas, mas cumpriam a sua função de complementar uma refeição.

O vinho, em outras culturas, é considerado como parte da alimentação básica e não um produto de luxo, como no Brasil, onde o desgoverno só busca fontes de renda em vez de estimular uma indústria que poderia, bem gerida, acrescentar mais um produto ao leque das magras exportações nacionais, isto sem falar no mercado interno…

Massas não são uma exclusividade italiana. Reza uma lenda que os chineses teriam “inventado” o macarrão, trazido para a Bota por Marco Polo, lá no século XVIII. Outros estudos afirmam que a massa de farinha de cereais e água foi uma descoberta dos Etruscos, alguns séculos antes.

Vamos encontrar pratos à base de massas nas culinárias oriental, alemã, polonesa, francesa, além da italiana (e provavelmente em muitas outras).

Harmonizar corretamente esta grande variedade de receitas é uma tarefa árdua e muita gente boa já se dedicou a escrever sobre isto. A velha regra de massa com vinho italiano, provavelmente tinto, pode estar com seus dias contados.

Uma das mais importantes escolas de culinária do mundo, a francesa Le Cordon Bleu, tem sugestões muito interessantes para combinar diversos tipos de “pasta” com os vinhos de todo o mundo. (*)

O mais clássico dos molhos para talharim, espaguete e assemelhados é o “al sugo”, simplesmente tomate, alho e ervas. Tem uma característica combinação doce/azedo que harmoniza muito bem com um Viognier, uma casta branca típica do Vale do Ródano, hoje difundida em quase todos os países produtores. Os mais famosos são os Australianos, Norte-americanos, Sul-africanos, Franceses e Sul-americanos. Prefira os que não passaram por madeira.

massa-1

Lasanha é outra tradição nas mesas brasileiras, mas a sua harmonização correta pede alguns momentos de reflexão: molho branco (Bechamel), o de tomate e o recheio de carne, pedem vinhos muito específicos.

Curiosamente um tinto italiano, quase sempre relegado a um segundo plano, o Barbera, com sua jovialidade e boa acidez se torna a opção quase perfeita para enfrentar a avalanche de sabores deste prato. O também secundário Beaujolais francês ou o desconhecido Zwiegelt, austríaco, são outras boas opções.

Nesta mesma linha, podemos facilmente imaginar as harmonizações para massas recheadas como raviólis, canelones, etc… Como o macarrão é neutro, tudo vai depender da combinação do molho e recheio usados.

Uma harmonização bem interessante, proposta pelos professores da Le Cordon Bleu, envolve os pratos de massas servidos em caldos, como o Pot au Feu com Vermicelli, francês, ou os Udon japoneses e similares da cozinha oriental. A sugestão é um vinho fortificado como um Jerez Amontillado ou um Porto Branco seco ou ainda um Marsala Vergine seco.

No próximo domingo, arrisque e esqueça o Chianti!

Saúde e bons vinhos!

Vinho da Semana: já pensando no fim de semana.

massa-2Dalbosco Reserva Viognier

Grande complexidade aromática que recorda pinhas, marmelada de damasco, flores brancas e toques de lima. Sua boca é fresca e sedosa, com boa acidez e rica persistência de frutas, com longo e agradável final.

Compre aqui: http://www.vinhosite.com.br/vinho-viognier-chileno-dalbosco-reserva-branco/p

Ofertas da Semana: http://www.vinhosite.com.br/vinhos-da-semana

(*) Fonte: http://www.decanter.com/learn/food/cordon-bleu/matching-wine-with-pasta-le-cordon-bleu-332523/

« Older posts Newer posts »

© 2025 O Boletim do Vinho

Theme by Anders NorenUp ↑