Categoria: O mundo dos vinhos (Page 19 of 72)

Novas IP e DO brasileiras

Para quem ainda não sabe, IP significa Indicação de Procedência, DO significa Denominação de Origem. 

Recentemente, o Instituto Nacional de Propriedade Industrial regulamentou duas novas Indicações Geográficas (IG): a IP dos Vinhos Tropicais, no Vale do São Francisco, para vinhos finos tranquilos e espumantes e a DO Altos de Pinto Bandeira, exclusiva para espumantes.

São conquistas muito importantes tanto para os produtores quanto para os consumidores. Foram obtidas depois de muitos anos de trabalho envolvendo uma série de entidades ligadas ao vinho e à uva. Mostra que estamos no caminho certo para que o vinho brasileiro tenha sua própria personalidade e seja reconhecido internacionalmente como um produto de qualidade.

A IP dos Vinhos Tropicais é inédita. Somos o primeiro país a adotar essa denominação. A área de produção está delimitada a cinco municípios, em dois Estados: Casa Nova e Curaçá (BA); Lagoa Grande, Petrolina e Santa Maria da Boa Vista (PE).

Os vinhos ali produzidos pelas vinícolas Adega Bianchetti Tedesco (Bianchetti), Vinícola Vinum Sancti Benedictus (VSB), Vinícola Terranova (Miolo), Vinícola Terroir do São Francisco (Garziera),  Vinícola do Vale do São Francisco (Botticelli),  Vinícola Mandacarú (Cereus jamacaru), Vitivinícola Quintas de São Braz (São Braz) e Vitivinícola Santa Maria/Global Wines (Rio Sol), serão conhecidos como “Vinhos Tropicais” e as garrafas receberão um selo específico. 

Podem ser elaborados vinhos tranquilos brancos, tintos e rosados e vinhos espumantes brancos e rosados As uvas devem ser 100 % cultivadas na área delimitada. 

As variedades autorizadas:

  • Arinto, Chardonnay, Chenin Blanc, Fernão Pires, Moscato Canelli, Moscato Itália, Sauvignon Blanc, Verdejo e Viognier (brancas).
  • Alicante Bouschet, Aragonês, Barbera, Cabernet Sauvignon, Egiodola, Grenache, Malbec, Merlot, Petit Verdot, Ruby Cabernet, Syrah, Tannat, Tempranillo e Touriga Nacional (tintas).

A DO Altos de Pinto Bandeira foi regulamentada após mais de uma década de pesquisas e muito trabalho. Reconhece a excelência deste “terroir” para o cultivo de uvas destinadas à produção de vinhos espumantes. As regras são mais detalhadas abrangendo desde o cultivo até o engarrafamento, visando garantir um produto único:

Castas permitidas – Chardonnay, Pinot Noir e Riesling Itálico (Welschriesling ou Graševina);

Plantio – em espaldeira dentro da região demarcada com cerca de 65 km² de área contínua, abrangendo os municípios de Pinto Bandeira, Farroupilha e Bento Gonçalves. A altitude gira em torno dos 700 m;

Produtividade – máxima de 12t/ha. Colheita manual e teor de açúcar acima de 14º (Babo);

Método tradicional com guarda superior a 12 meses. Permitido o uso de barricas de carvalho;

Os padrões de identidade e qualidade organoléptica devem ser aprovados em avaliação sensorial realizada pela Comissão de Degustação, gerida pelo Conselho Regulador da DO, antes da comercialização.

As vinícolas Aurora, Don Giovanni, Geisse e Valmarino já podem ostentar o elegante selo em seus espumantes.

Uma grande conquista para as vinícolas brasileiras. Certamente outras DO serão regulamentadas, aumentando a visibilidade e o reconhecimento de nossos produtos para o mercado interno e para o resto do mundo.

Saúde e bons vinhos!

CRÉDITOS:

Mapa das indicações geográficas – EMBRAPA

Selo IP Vale do São Francisco – EMBRAPA

Selo DO Altos de Pinto Bandeira – Brasil de Vinhos

Espumantes são todos iguais? – de volta ao básico

A resposta é um retumbante não! 

Existem inúmeras maneiras de se classificar os espumantes: pela origem, pelo método de elaboração, pelas castas empregadas e até pela quantidade de borbulhas que apresentam. 

Alguns destes vinhos são muito famosos, como o francês Champagne. É uma denominação protegida, ou seja, só podem ser elaborados na região homônima, seguindo algumas regras muito específicas que apresentamos a seguir: 

  • Castas permitidas: Chardonnay, Pinot Noir, Pinot Meunier. Também são aceitas, em pequenas quantidades, as uvas Pinot Blanc, Pinot Gris, Arbane e Petit Meslier; 
  • Método: Tradicional ou Champenoise. Uma segunda fermentação é induzida na garrafa. 

Uma marca muito forte. Qualquer outro vinho espumante, de onde seja, tenta se passar por ela.  

Existem outros bons espumantes na França, todos produzidos fora da região demarcada. O nome mais genérico é “Vin Mousseux”, os mais conhecidos são o “Crémant” e o “Blanquette”. 

Alsácia, Bordeaux, Borgonha, Die, Jura, Limoux, Loire, Savoia e Luxemburgo (fora da França) elaboram seus Crémant, cada um com castas e técnicas próprias. 

O Blanquette de Limoux, tem uma interessante história. Para muitos pesquisadores, ele foi o pai dos vinhos espumantes. Tudo teria acontecido num mosteiro Beneditino. O excesso de zelo de um Frade o fez engarrafar o vinho prematuramente. A fermentação continuou na garrafa e fez a alegria de todos. A principal casta é a Mauzac ou Blanquette. Chardonnay e Chenin Blanc são utilizadas eventualmente. 

A Itália é outro país produtor de ótimos espumantes, entre eles o Prosecco, hoje quase tão famoso quanto o Champagne. A Glera é a principal casta permitida, que pode e ser cortada com Verdiso, Bianchetta e Perera. Deve ser produzido na região do Veneto, especificamente em Conegliano e Valdobbiadene.  

O principal método de produção é o Charmat onde a segunda fermentação ocorre em tanques pressurizados. Há produtores que utilizam o método tradicional. Alterações recentes nas normas de produção ampliaram o leque de castas, acrescentando Chardonnay, Pinot Noir e Pinot Grigio. 

O Franciacorta DOCG, elaborado na região da Lombardia é a resposta italiana ao famoso “primo francês”: mesmas castas, mesmo método, terroir diferente. Para alguns especialistas, uma verdadeira joia. 

No Piemonte, são produzidos o Asti DOCG, e seu irmão menos borbulhante, o Moscato d’Asti. Utilizam a uva Moscato Bianco e o método Charmat. Tem perfil mais doce e teor alcoólico muito baixo. Conquistaram uma legião de apreciadores em todo o mundo. 

Na Emilia-Romagna se produz o conhecido Lambrusco, mais um frisante do que um espumante, com uma casta homônima que tem clones em várias províncias, recebendo nomes como “Lambrusco di Sorbara”, “Lambrusco di Graspi Rossi” e muitos outros. 

Trentodoc e Brachetto d’Acqui, são outras denominações italianas, menos conhecidas por aqui, mas igualmente deliciosas. O primeiro é elaborado com as castas tradicionais do Champagne. Os vinhedos estão no mesmo paralelo da região francesa. O produtor mais famoso é Giulio Ferrari. O segundo, um delicado espumante doce, com fama de afrodisíaco, é vinificado com a casta Brachetto, dando origem ao nome do vinho. 

Passamos para a Península Ibérica de onde vem outro famoso espumante, o espanhol Cava. Elaborado a partir das castas autóctones Macabeu, Parellada e Xarel-lo, utilizando o método tradicional. As regiões produtoras são controladas, abrangendo a Catalunha, Navarra, Rioja, Andaluzia, Valencia e Extremadura. São vinhos produzidos em grandes volumes por vinícolas do porte de Freixenet e Codorníu. Para provar rótulos mais sofisticados, procurem por produtores como Juvé & Camps ou Raventós, que pertence ao Grupo Codorníu. 

Para fechar este resumo sobre vinhos espumantes, não poderíamos deixar de mencionar o germânico Sekt, um espumante com fama de barato (e ruim) por conta da importação do mosto vindo de diferentes países. Mas existem raros produtores mais esmerados que buscam melhor qualidade. 

Da África do Sul vem o “Cap Classique”, uma versão local do Champagne. Várias uvas são utilizadas, inclusive a onipresente Chenin Blanc. Simonsig é o principal produtor. 

Na Hungria, que antes da 1ª grande guerra era o 2º maior produtor de espumantes, vem o Pezsgő. A Austrália elabora um curioso espumante tinto com a casta Shiraz. Portugal, Brasil, EUA, Inglaterra, Argentina, Chile, Uruguai, entre outros, produzem seus espumantes, cada um do seu jeito. 

Nosso último destaque vai para os Pét-Nat, apelido para Pétillant Naturel, e o Piquette, raríssimo por aqui. 

Graças a dedicados vinhateiros que estão produzindo vinhos naturais, orgânicos ou biodinâmicos, algumas destas técnicas, muito antigas, estão sendo trazidas de volta com resultados excelentes. 

Os Pét-Nat resgataram o “Método Ancestral” de única fermentação na garrafa. Originária da França, a técnica se espalhou por todo o mundo. Qualquer uva pode ser utilizada, mas os resultados nem sempre são bons. No Brasil já existem ótimos produtores como Vanessa Medin (Amor Imperfeito, Construindo Sonhos) e Vinhas do Tempo (Petulante Natural). 

O Piquette tem origem muito humilde. Era um subproduto da vinificação. O bagaço sofria uma segunda prensagem e o vinho resultante era distribuído entre os trabalhadores. 

Novamente, a turma que resgatou o Pét-Nat, trabalhou em cima desta técnica, refinando e obtendo um resultado interessante: um frisante, com baixo teor alcoólico e custo muito baixo. Fresco, saboroso e fácil de beber. 

Agora vocês já sabem: vinhos espumantes não são todos iguais. Formam, entre si, um mundo aparte. 

Saúde e bons vinhos! 

CRÉDITOS: 

Imagem de Alexandria para o Pixabay 

Não façam isso!

O fim de ano já está chegando e organizar as comemorações passa ser a palavra de ordem. Além da mesa farta, não podem faltar boas bebidas, entre elas, os espumantes. Pode ser Champagne, Prosecco, Cava, ou um dos nossos bons produtos.

Foi pensando nisto que lembramos de uma coisinha, muito comum, que se vê no cinema e na TV: sacudir uma garrafa de um vinho borbulhante antes de abri-la, tudo para provocar aquele manjado jato.

Depois o autor da façanha degusta um golinho…

Não façam isso!

Este deve ser o pior gole de um espumante.

Querem dar banho de vinho em alguém? Então não invistam em bebidas caras, comprem as mais baratas e nem arrisquem prová-las.

Além deste “mico”, lembramos de outras derrapadas que fazemos, sem nos dar conta da vergonha que estamos passando.

Aqui estão algumas delas:

– Comprar um vinho pelo peso da garrafa. Em nenhuma hipótese o peso ou pelo menos um fundo de garrafa mais “grosso” transfere ao vinho alguma qualidade maior. Quase sempre estes envases mais pesados foram criados para passar uma falsa mensagem, uma “Fake News!!!”.

– Encher a taça até a borda é considerado uma tremenda falta de educação. O particular formato das taças foi pensado para podermos apreciar cores, aromas e sabores. Inclinar, girar e aproximar da face são movimentos habituais. Encham até 1/3 do espaço, no máximo.

Para ajudar a fixar bem isto, façam uma analogia com os copos de cerveja, que precisam de um espaço para o colarinho.

Se quiserem aprender pelo método “São Tomé”, encham até o topo e “girem” a taça para aerar o vinho. (Por favor, enviem fotos do resultado para a nossa coluna das vídeocassetadas …)

– Não acreditar nas tampas de rosca, achando que os vinhos são “baratos”. A melhor explicação são os ótimos vinhos da Nova Zelândia. Se os leitores ainda não experimentaram um, está na hora. Isto nos leva, de carona, para um outro erro muito comum: “bater sempre na mesma tecla” ou, se preferirem, não sair da zona de segurança.

Tampas de rosca estão no mercado, com muito sucesso, há mais de 20 anos. Surgiram como alternativa ao alto custo das rolhas de cortiça. Não só proporcionam as mesmas condições de amadurecimento em garrafa, como são mais fáceis de abrir e permitem a guarda dos vinhos na posição vertical.

– Desempenhar de forma sofrível o papel de anfitrião ao não se preocupar com a correta ordem de serviço dos vinhos. Este disparate pode estragar a noite. Se o objetivo da reunião é apreciar alguns vinhos, temos que seguir uma regrinha muito simples e básica: espumantes, brancos, rosados, tintos e generosos.

Existe uma razão para esta norma ser adotada de forma quase universal: elementos como o açúcar, o álcool e o tanino tendem a embotar o nosso paladar. Desta forma, se servimos um vinho mais encorpado antes de um mais leve, este passará quase despercebido.

Esta regra, que não é um grilhão, tem exceções e variantes. Mas, para percorrer estas vias alternativas, com sucesso, é preciso trilhar o caminho básico com segurança, primeiro.

Corolário: tentar harmonizar com a ordem aleatória…

Nem pensar! Esta é imperdoável, sob pena de bloqueio da sua conta no mundo dos vinhos.

Não façam isso, nada disso.

Saúde e bons vinhos!

CRÉDITOS:

– Imagem de abertura por wayhomestudio no Freepik

– Taça cheia, foto de Vics no Pexels

As diferentes formas de amadurecer um vinho

Assim como uma boa fruta, um vinho precisa amadurecer para se tornar uma bebida palatável. Esta fase, que se inicia logo após a fermentação, é considerada como de grande importância, uma verdadeira arte, que os franceses denominam “élevage”.

O principal fator é o tempo. Em alguns casos, muito tempo. O segundo ponto de relevância é como este vinho, bruto, vai ser armazenado durante o longo período de evolução. Existem diferentes materiais e técnicas, cada uma resultando em vinhos com características próprias.

O material mais conhecido são os barricas ou tonéis de madeira, particularmente de carvalho, que pode ser de procedência europeia ou americana. São confeccionados em diversos formatos e volumetria. Os mais comuns, atualmente, são os barris de 225 litros. Alguns produtores tradicionais, como os que elaboram o Barolo, clássico vinho italiano, adotam os “Botti”, grandes tanques que podem chegar a 10.000 litros.

A madeira é o material que mais contribui para adicionar outras camadas de aromas e sabores ao vinho. Permite uma desejável micro-oxigenação, que ajuda na evolução da bebida.

Baunilha é uma das notas mais comuns. Também é fácil perceber aromas de defumado, especiarias e um afinamento da sensação tânica. Em Portugal e Espanha são comuns os barris de castanheiro, neutros, que pouco acrescentam ao vinho. Outras variedades como Cerejeira e Acácia já foram empregados, por poucos produtores, com resultados curiosos.

Aço inoxidável é o material mais utilizado nas vinícolas modernas, principalmente por suas características inertes e pelas possibilidades tecnológicas que oferecem os tanques de parede dupla. Entre eles, o controle de temperatura fica muito preciso. Por outro lado, a oxigenação é inexistente por conta da estanqueidade. Para resolver este problema, ar é injetado em doses controladas através uma válvula. Tudo deve ser muito controlado ou pequenos defeitos passam a ter uma magnitude significativa. Dentro desta mesma filosofia, vamos encontrar tanques de fibra de vidro e até de ferro fundido, revestidos com uma resina sintética.

O próximo material bastante usado é o concreto. Vários formatos são possíveis. Os prismáticos, de seção quadrada ou retangular, são tradicionais. A grande novidade são os tanques de formatos ovais, tulipas, cuboides e similares. A pequena ilustração, abaixo, demonstra algumas possibilidades.

O “ovo de concreto” foi considerado revolucionário quando surgiu. Bastava um tanque para todas as fases da elaboração do vinho. Seu formato permitia que as leveduras permanecessem mais tempo em suspensão no mosto. Ainda, por conta deste perfil ovalado, o líquido estaria sempre em movimento durante a fermentação, algo desejável. Outro ponto a favor destes tanques é a boa oxigenação.

Estes vinhos têm características distintas dos que passaram por madeira ou aço. Em alguns casos se assemelham muito aos que passaram por carvalho.

Como numa volta ao passado, as ânforas de barro estão com toda a força no mundo do vinho. Na Georgia, hoje considerada como o berço do vinho, são chamadas de “qvevri”, na Espanha são as “tinajas”, em Portugal se chamam “talhas” etc.

Existem inúmeras variações neste campo. Podem estar enterradas ou sobre um piso, a cerâmica pode ser crua ou queimada, alguns produtores preferem revesti-las com algum tipo de resina e, no capítulo do fechamento, há um pouco de tudo que começa num simples pano ou tela para impedir insetos até tecnológicas tampas de aço inox ou outro material moderno.

Esta volta parece ser definitiva. Alguns produtores de Itália e França já estão elaborando em recipientes esféricos de cerâmica, o Clayver (foto abaixo), o que aproximaria esta linha com a do concreto. Se observarem a ilustração acima, o último desenho é o de uma ânfora. Há uma convergência.

O mote atual é que um destes vinhos vai estar em sua adega, em breve. São realmente diferentes e muito interessantes. Vale a pena investir num deles.

Saúde e bons vinhos!

CRÉDITOS: ilustrações por ordem de apresentação

– Foto de Arthur Brognoli

– Botti obtido no site Avvinando

– Formatos em concreto no “Wine Tanks

Clayver

Descritores do vinho – Mineral

Outro descritor enigmático. Alguns especialistas preferem não o utilizar em suas análises. Afirmam que é um conceito muito sutil e sem um consenso sobre o que vem a ser, exatamente, um vinho mineral.

Levante a mão quem, ainda na infância, não levou um tombo e “comeu terra (e algumas pedrinhas …)”!

O conceito de mineralidade começa neste ponto: aquele gosto terroso, a sensação incômoda do pó de giz da professora riscando o quadro negro, o aroma de terra molhada quando chove, o cheiro curioso da pedra de isqueiro quando acionada e até mesmo a diferente sensação ao se consumir uma ostra.

Mas não fica só nisso. Existem mais referências, por exemplo, num parque de águas minerais: temos águas ferruginosas, outras com diversos sais minerais ou com compostos sulfurosos e até com um pouco de hidrocarbonetos, que produzem o inconfundível aroma de querosene.

Trata-se de um conceito muito amplo e cheio de meandros, trazendo, como um corolário, uma comunicação pouco clara: cada um vai interpretar este “mineral” do seu jeito. Pouco efetivo …

Vinhos com sabores e aromas que nos remetem a estas características são bastante comuns. Entre os vinhos brancos, algumas denominações são a própria definição deste descritor: Chablis, Poiully-Fumé e Riesling.

A mineralidade de um vinho pode ser facilmente associada com o intrigante 5º sabor – Umami: não é doce, salgado, azedo ou amargo. Difícil entender, mas é possível perceber.

Entre os tintos, um bom exemplo são os Malbec argentinos, especialmente os elaborados a partir de vinhedos de grande altitude.

Uma conclusão lógica, mas nem sempre correta, é associar o tipo de solo com esta característica do vinho, nos aproximando da definição do “Terroir”. Não existe uma confirmação desta hipótese. O mais perto que os pesquisadores chegaram mostra um caminho bem interessante: estas especiais características parecem ser o resultado da presença de alguns micróbios (no solo) e de leveduras típicas de cada região.

Ainda há muito que pesquisar e descobrir.

Saúde e bons vinhos!

CRÉDITOS:

Foto de abertura por Matthew Henry para o Burst

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