Categoria: O mundo dos vinhos (Page 51 of 77)

Qual o seu vinho predileto?


Há quem considere ter ‘um vinho de cabeceira’ um rito de passagem, obrigatório, no universo vínico. Já outros acham que isto é desnecessário.

Em nossa existência, elegemos várias coisas como favoritos, por exemplo, um time de futebol, um gênero musical, preferimos um tipo de filme que emociona e claro, prato ou restaurante predileto. Ter seu vinho de referência nada mais é que seguir o curso natural das coisas.

Estas escolhas são motivadas por diversos fatores, alguns totalmente fora de nosso controle, como aquelas que são ditadas por nossas emoções. O vinho preferido de muitos enófilos nada mais é do que o desejo de repetir um momento que foi muito marcante.

Mas este não é o único caminho.

Os profissionais baseiam suas avaliações em quatro características desta bebida: Corpo, Acidez, Taninos e Fruta. Preferem apreciar nas chamadas degustações às cegas, eliminando qualquer possibilidade de ser influenciado por uma emoção mais forte.

Esta escolha é ascética. Talvez o vinho seja excepcional, mas só vai trazer alguma satisfação, para o simples consumidor, se for associado com algum momento significativo, que pode variar desde o momento da compra até o da degustação, este certamente cheio de outros significados.

Vamos olhar esta escolha por um outro ângulo.

Para começo de nova conversa, se você já tem um vinho de referência, parabéns! Significa que seu conhecimento já está num outro patamar e seu paladar mais apurado. Mas ainda há uma longa estrada a ser percorrida.

Está na hora de fazermos uma reflexão: “Quantos tipos de vinhos já provamos ou conhecemos?

Imaginem que, só na Itália, existe mais de um milhão de vinícolas produzindo. Até assusta, é uma infinidade de opções. Nem com um hipotético GPS conseguiríamos navegar neste ‘mare infinitum’.

Um dos truques que podemos usar para encontrar caminhos seguros é “seguir a casta”.

Não é difícil perceber que uma determinada uva se adapta melhor ao nosso paladar. Este é um teste muito fácil de fazer e os vinhos que se encontram nos supermercados servem perfeitamente. Simplesmente escolham, segundo sua preferência, uma trinca de brancos ou de tintos e façam uma prova comparativa. O momento adequado seria acompanhando uma refeição.

Leiam rótulos e contrarrótulos, escolhendo produtos bem diferentes entre si. Aqui vai uma sugestão:
Brancos: Chardonnay, Sauvignon Blanc, Torrontés;
Tinto: Cabernet Sauvignon, Malbec, Syrah.

Podem ser em cortes, neste caso, prefiram os que apresentam uma parcela maior de determinada casta.

Alguma destas uvas vai se destacar. O próximo passo é o aprofundamento.

Nesta nova etapa, procurem por produtores de outros países que trabalhem com esta mesma casta. Por exemplo: Se um Sauvignon Blanc, chileno, foi o preferido, procure provar um outro de origem Francesa, (país de origem) ou neozelandesa, atualmente considerado como os melhores.

A tarefa a ser executada é simplesmente prazerosa: decidir se algum destes novos rótulos mudou a sua opinião.

Daí em diante muita coisa (boa) pode acontecer: descobrir novas regiões e novos produtores são duas delas.

Tem mais: que tal se aventurar por novas castas ainda desconhecidas?

Basta olhar o portfólio do produtor que se destacou.

Não tenham medo. Mergulhem fundo!

Para ajudar nesta aventura, lembrem-se: tenham uma loja de confiança, pode ser ‘on line’; associem com algum alimento, tentem harmonizar e descobrir novos sabores; contrastem diferentes regiões climáticas, pode ser uma ótima descoberta.

Saúde e bons vinhos!

Vinho da Semana: Na chamada Semana do Consumidor há boas ofertas em diversas lojas de vinho. Escolhemos um Tempranillo argentino, para provocar a turma que só gosta de Malbec.

Zuccardi Série Q Tempranillo – $$

Apresenta característica coloração avermelhada. No olfato estão presentes aromas de frutas como figos, cerejas e ameixas além de pimenta e nozes. O paladar é equilibrado, suculento e com final prolongado. Taninos muito bem domados.



Ainda sob a influência portuguesa

Estas são as famosas Talhas, que voltaram a ser utilizadas na produção de vinhos na região do Alentejo (não conheço o cavalheiro da foto, serve, apenas, como referência de tamanho). A Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA) adotou a classificação Vinhos de Talha DOC, criando regras especificas para os produtores que retomam práticas de vinificação iniciadas pelos romanos a mais de dois mil anos atrás.

Uma delas exemplifica muito bem o universo português do vinho, único em muitos aspectos: as talhas só podem ser abertas a partir do dia de São Martinho, 11 de novembro. Uma tradição bem italiana, que foi completamente incorporada na cultura lusitana. Nesta data comem castanhas assadas regadas a vinho.

Portugal é repleto desta interessante simbiose entre o tradicional e o moderno. Os seus vinhos estão nas prateleiras de lojas especializadas nos quatro cantos do planeta e se destacam por terem muita personalidade. São produtos modernos que não se afastam um milímetro de suas tradições. Vinicultores portugueses dominam mais uma arte além da vinificação: modernizar tradições sem perder seu caráter.

Infelizmente este não é um mundo perfeito. Técnicas de marketing agressivas, países que veneram um determinado estilo, a chegada dos vinhos do Novo Mundo, que alteraram o equilíbrio desta delicada balança e chamaram a atenção para os varietais que, até então, eram os azarões do mercado.

Isto tudo teria, em tese, relegado os vinhos de corte, que sempre foram os grandes vinhos (o corte Bordalês, se tornou a referência do mercado) a um segundo plano. Nada mais longe da verdade.

Hoje existem outros cortes que fazem frente, em igualdade de condições, aos vinhos de Bordéus, como os GSM do vale do Ródano ou os Supertoscanos da Itália e os vinhos do Douro, estes com uvas que ninguém mais tem.

O corte ou lote mais famoso da terrinha é o Porto, cujas regras de produção limitam a escolha da matéria-prima a cerca de 30 castas. Os grandes produtores trabalham com apenas 5: Touriga Nacional, Touriga Francesa, Tinta Roriz, Tinta Barroca, Tinto Cão.

Na visita que fizemos à Quinta do Bomfim, produtora do afamado Porto Dow’s, houve um episódio que deixou o guia meio sem jeito. Estávamos em um grupo e, logo no início, ele explicou esta norma de produção que limita o número de castas que podem ser usadas na produção. Uma senhora, visivelmente neófita em assuntos do vinho ficou desconcertada e perguntou; “Mas não é qualquer uva”?

Todos ficaram com a impressão que ela imaginava que o vinho do porto era elaborado com as mesmas uvas que comprava para sua residência. Total desconhecimento sobre uva viníferas e de mesa…

Mais adiante, uma nova pergunta confirmou estas suspeitas. Já estávamos nas caves, onde o guia mostrou um vídeo e estava explicando como a doçura dos vinhos do Porto era obtida pela adição de aguardente, interrompendo a fermentação. O fazia de modo muito didático e com muita paciência.

A mesma visitante, desta vez demonstrando muita confusão, questiona: “Mas o Sauternes (famoso vinho doce de Bordéus) é feito de uva também”?

Pano rápido!

Estes dois episódios demonstram que o desconhecimento sobre vinhos é grande, mesmo entre alguns especialistas e por estas razões, preferem navegar por caminhos seguros e não se aventurar em trilhas desconhecidas.

Pena!

Os vinhos de corte portugueses deveriam estar ombro a ombro com os bordaleses. Podem ser tão bons quanto e muitas vezes são superiores.

Saúde e bons vinhos!

Vinho da Semana: Listamos, a seguir, alguns destaques portugueses em 2018.

Vinho Verde: Vale dos Ares, Alvarinho, da vinícola Quinta do Mato do produtor Miquel Queimado;

Porto: Quinta do Noval Nacional Vintage 2016;

Douro: Duorum Old Vines Douro Reserva tinto 2015;

Alentejo: Procura Vinhas Velhas Regional Alentejano tinto 2014;

Dão: Fonte do Ouro Dão Reserva Especial Touriga Nacional, 2015;

Bairrada: Aliança Baga Clássico, Quinta da Dôna, 2011;

Branco: Meruge Douro branco, 2016.

Vinhos para o Carnaval

Este é o território das “louras suadas” e para invadi-lo é necessária uma boa dose de ousadia e muita paixão pela nossa bebida favorita.

A boa notícia é que já existem opções, nacionais e importadas, pensadas para enfrentar, em iguais condições, o domínio das Pilsen, Ale, Lager…

Em termos de variedade, o mundo do vinho tem tantas possibilidades quanto o universo cervejeiro. A propósito, alguns Filólogos advogam que o vinho nada mais é que uma cerveja de uva. Se pedirmos auxílio a Antropologia, fica claro que grãos fermentaram antes de uvas, colocando a “cerva”, talvez, como a mais antiga bebida fermentada.

A primeira possibilidade que vem à mente são os Espumantes. O aspecto é bastante semelhante, mas difere em termos de sabor e de efeitos colaterais: é bem mais alcoólico.

Brancos tranquilos como Chardonnay, Sauvignon Blanc ou Torrontés, vinhos facilmente encontrados em nosso território, podem desempenhar o papel de animador de blocos ou bailes sem fazer feio a nenhuma outra bebida.

Mas o nosso destaque vai para os rosados, sejam espumantes ou não. Nada combina mais com os festejos de momo do que uma taça com um bonito vinho rosé.

Por outro lado: “Huston, we have a problem”!

A célebre frase dos astronautas da Apollo 13 cabe perfeitamente aqui: garrafas de vidro, saca rolhas e taças de cristal são totalmente incompatíveis com manifestações populares e expressamente proibidas em bailes carnavalescos.

Entretanto, uma outra frase vem nos socorrer, desta vez bem nacional, de autoria de D. Pedro de Alcântara:

“Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação…”

Onde acrescentamos: “já existe vinho em lata, nacional e importado”.

Beleza!

A vinícola Giaretta, sediada em Guaporé, RS, produz três espumantes, nesta embalagem, com o sugestivo nome de OVNIH, um anagrama da palavra vinho, ou Objeto Vinífero Não Identificado.

O refrescante trio é composto por um espumante branco e outro rosado, ambos brut e um demi-sec elaborado com Moscatel. Dentro de uma faixa de preço compatível com o bolso de qualquer folião, tem tudo para se tornar uma nova mania.

Para saber mais, clique aqui: OVNIH

Com o divertido slogan “Mais vinhos, menos regras”, uma das pioneiras do vinho em lata, a australiana Barokes Wines, trouxe para o Brasil uma coleção de latinhas vínicas.

A coleção completa é composta de quatro espumantes e dois vinhos tranquilos:

– Espumante tinto brut (Cabernet, Shiraz e Merlot);

– Espumante rosado brut;

– Espumante branco brut (Chardonnay, Semillon);

– Espumante demi-sec Moscatel;

– Corte tinto de Cabernet, Shiraz e Merlot;

– Corte branco de Chardonnay e Semillon.

O preço também é acessível.

Para saber mais, clique aqui: BAROKES

Com relação à qualidade, ambos os produtos são corretos e dentro do esperado. São vinhos divertidos e refrescantes. Boa pedida para o carnaval.

Evoé!

Saúde e bons vinhos!

Vinho da Semana: para a turma do sofá e ar refrigerado, que prefere ficar assistindo o carnaval pela TV, temos esta deliciosa opção.

BRISE MARINE ROSE MEDITERRANEE

Um vinho frutado, leve, fresco e fácil de beber e com uma linda tonalidade rosada. Simplesmente delicioso.

Vai bem com: Peixe frito, Salames mais salgados, Torta salgada de cebola e enchovas, Salmonete, Bruschetas, Crostines e Canapés, Embutidos e Frios, Pão ou Torrada com Pastas Diversas, Salada de Legumes e Salgadinhos.

Compre aqui: Casa Rio Verde



Port. 18/19 – Caminhos Cruzados e o Bacalhau de D. Lourdes

A nossa derradeira visita a uma região vinícola de Portugal, nesta viagem, foi no Dão, a primeira região demarcada para vinhos não licorosos, naquele país. Isto foi em 1908, e a qualidade de seus vinhos fez com que esta região fosse apelidada de “Borgonha portuguesa”.

Bons tempos!

Os vinhos do Dão eram famosos no Brasil. Presentes em lojas e mercados, embalou muitos encontros românticos, há algumas décadas, e abriu os caminhos do mundo do vinho para inúmeros enófilos de hoje.

Por esta mesma razão, caiu em desgraça. A busca por lucro fácil trouxe, como consequência direta, vinhos de baixíssima qualidade. Engarrafavam qualquer coisa e rotulavam como ‘Dão’. Era mais falsificado do que Whisky escocês…

Felizmente uma nova geração de produtores resolveu atacar o problema e colocar estes vinhos de volta ao patamar de qualidade de onde nunca deveriam ter saído.

A vinícola Caminhos Cruzados é um ótimo exemplo de como isto está sendo feito. Paulo Santos e sua filha Lígia começaram recuperando as vinhas da Quinta da Teixuga e inauguraram, em 2017, a Adega Caminhos Cruzados, dentro dos conceitos mais atuais, com capacidade de produção de 400.000 litros.

Agendamos nossa visita com alguma antecedência. Sempre perguntamos sobra a possibilidade de um almoço harmonizado. Desta vez, Sofia Mesquita, a encarregada do setor de Enoturismo e nossa guia no dia da vista, nos sugeriu o programa “Da Vinha ao Vinho”:

Atividade enogastronómica composta pela visita à adega/quinta seguida de almoço vínico. As provas são acompanhadas através da perfeita harmonização com a gastronomia local, num casamento perfeito.

A visita começa com um pouco da história, parte em vídeo, parte em ótimas explicações. Ainda não está completamente consolidado o entendimento dos diversos nomes e marcas que giram no universo desta empresa.

Em Portugal, uma Quinta é, quase sempre, a produtora do vinhos e nome de seu principal produto. Aqui decidiram um pouco diferente. A Quinta da Teixuga é a produtora da maior parte das uvas, que serão vinificadas na adega Caminhos Cruzados. A principal marca dos vinhos se chama Titular. Para não romper totalmente com as tradições, eventualmente vinificam um Quinta da Teixuga, em edições comemorativas.

As fotos, a seguir, mostram como foi este passeio.

Algumas surpresas nos aguardavam, a principal delas o Bacalhau, encomendado a uma excelente cozinheira da região, a D. Lourdes (não existe um restaurante na adega): uma perfeição!

Aqui estão os vinhos degustados:

Titular Colheita Branco DOP – elaborado com Encruzado, Malvasia Fina e Bical. Um delicioso branco que harmonizou com o bacalhau;

Titular Encruzado/Malvasia Fina DOP – um vinho mais complexo e mineral. Demandou algum tempo para apreciar todas as suas nuances.

Titular Touriga Nacional 2013 – foi servido para acompanhar uma deliciosa mousse de chocolate amargo. No primeiro momento ficamos sem entender nada, mais tradições e mitos rompidos. Provada esta inesperada combinação, descobrimos um novo mundo de sabores. Espetacular! Foi o vinho que comprei!

Titular, edição sem nome 2015, tinto – outro vinho excelente. Co-fermentação de Touriga Nacional, Tinta Roriz e Alfrocheiro Preto. Uma vinificação comemorativa, muito interessante, que buscava evidenciar as principais características de cada casta. Muito bom.

Descarada 2017 – um vinho de sobremesa elaborado a partir de Semillon e Chardonnay. Por conta do excessivo calor daquele ano, estas uvas quase passaram do ponto e tiveram que ser colhidas precocemente. Devido à sua alta acidez, mesclou muito bem com os teores de açúcar das uvas, resultando num delicioso doce precoce. Segundo eles, um “descaramento”.

O delicioso prato de bacalhau, ao forno, era muito simples, na verdade. Lombos perfeitamente dessalgados, dispostos em camadas entremeados com grelos/couves e gratinado com uma camada de farinha de rosca. Tudo regado a azeite de verdade, da melhor qualidade.

Saúde e bons vinhos, como estes!

Para visitar:

Sofia Mesquita
Gestão Dep. Enoturismo / Exportação

Quinta da Teixuga, Rua de Carvalhal nº50
3520 – 011 Algerás – Nelas
T/F +351 232 940 195 / +351 918 652 176
[email protected] / [email protected]
www.caminhoscruzados.net

Port. 18/19 – Visita a Adega Luis Pato

Adoraria colocar a seguinte legenda nesta foto: “Dois ícones do vinho”.

A galera certamente iria se manifestar: “menos, menos”!

Quem está comigo é o Mr. Baga, o Rebelde, ou simplesmente, Luis Pato, um dos nomes mais respeitados no mundo do vinho. É um daqueles gênios que domou uvas consideradas impossíveis de serem vinificadas e faz maravilhas com o que tem nas mãos.

Curiosamente, sua formação não é em Enologia, graduou-se em Engenharia Química. Munido de muita paciência e de uma simpatia cativante, correu o mundo com seus vinhos, promovendo degustações para Sommeliers, importadores e distribuidores.

Não foi uma tarefa fácil, seus vinhos têm muita personalidade devido às características de solo e clima em Óis do Bairro. Uvas brancas com alto teor de acidez, perfeitas para a produção de espumantes e a famosa e indisciplinada Baga, tão temperamental quanto a francesa Pinot Noir ou a italiana Nebbiolo. Seus vinhos levam muito tempo para “ficarem prontos”, 20 anos ou mais…

A família Pato está totalmente envolvida na história dos vinhos portugueses. Seu tio-avô, Mario Pato, foi um dos primeiros Enólogos que se dedicou a ensinar vinificação em Portugal. Nas veias desta turma corre vinho…

São 55 hectares de variedades portuguesas, algumas com mais de 100 anos: Baga, Touriga Nacional, Maria Gomes, Bical, Cercial e Sercialinho.

A visita é muito simples: um pouco da história familiar, um recorrido das instalações e, o ponto alto, a degustação de 9 vinhos, todos espetaculares.

Eis a relação do que foi provado:

Espumante Maria Gomes;
Espumante Informal (Baga);
Espumante Vinha Pan (Baga);
Branco Vinhas Velhas;
Branco Vinha Formal;
Tinto Vinha Velhas;
Tinto Vinha Pan 2013 (100% Baga);
Quinta do Moinho 2013 (100% Baga);
Abafado Molecular (doce).

Isto foi uma pequena amostra do que é produzido naquela casa. Alguns de seus vinhos nos fazem supor que há um uma boa dose de magia nisto tudo, como o doce Abafado Molecular, obtido não por colheita tardia ou passificação (apassimento), mas simplesmente a partir de colheita antecipada, seguida de concentração molecular e um pouco de criogenia.

Outro vinho que nos faz pensar é o Fernão Pires, elaborado para homenagear seu neto: um tinto desta casta branca cortada com Baga. Para completar o quadro dos vinhos fora de série, produz um Baga, com parreiras 100% em pé franco, sem enxerto, o Quinta do Ribeirinho. Simplesmente incomparável.

Decidi que compraria uma garrafa de Baga, mas aos 71 anos, esperar mais 20 para degustá-lo seria impensável. Exposto o meu argumento, o que gerou algumas risadas, me foi oferecido um Vinha Pan 2003, que aceitei prontamente.

Em 2023 conto como ele é.

Saúde e bons vinhos!

PS: de lá fomos provar o famoso Leitão da Bairrada, que fica ali pertinho. Harmoniza com espumantes. Mas esta é outra história.

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