Categoria: O mundo dos vinhos (Page 59 of 82)

Um equilíbrio muito delicado

Vivemos uma era de grande competitividade, em todos os aspectos. Em lugar de usar expressões como “estou vivendo” deveríamos assumir imediatamente que, na verdade, “estamos competindo”.

A evolução tecnológica, que entrou e se instalou definitivamente no nosso modus vivendi, contribui enormemente para esta mania de registrar e publicar, nas redes, tudo o que acontece conosco ou em torno de nós. As selfies que o digam.

No mundo do vinho não é diferente. A principal rede social dos vinhos, Vivino, tem como pano de fundo uma velada disputa por quem bebe e melhor avalia vinhos. Junte-se a isto a turma dos ‘foodies’ que fotografam tudo que estão comendo e publicam no Instagram, Pinterest ou Facebook, e temos um quadro completo.

Mas é preciso ter muita harmonia nestas escolhas, um equilíbrio muito delicado que vai envolver tradição, modernidade e inovação.

Imaginem-se numa situação típica: mesa de um bom restaurante, pratos de carne são encomendados e você, encarregado de escolher um vinho, decide por um correto e tradicional Cabernet. O Sommelier torce o nariz e lhe sugere uma outra opção, um Tannat, por exemplo, que nem entra na sua lista particular de vinhos “entornáveis”.

E agora José?

Você escolhe o que está acostumado e gosta ou arrisca descobrir novos paladares?

Transitar por esta tênue linha entre o que o consumidor gosta, o que a tradição sugere e o que profissionais do ramo aconselham, é uma das situações de maior complexidade enfrentadas por um apreciador de bons vinhos e boas comidas. Um assunto tão importante que transcendeu a linha do horizonte e se tornou linha de pesquisa em respeitadas escolas, como a Michigan State University (MSU).

Pesquisadores desta instituição de ensino resolveram provar, cientificamente, a teoria proposta pelo Mestre de Vinho (MW) Tim Hanni, na qual ele considera que as nossas preferências por determinados vinhos decorrem de fatores genéticos e ambientais e que o que chamamos de gosto (alimentos e bebidas) se modifica ao longo do tempo, de acordo com as experiências que cada um vive.

Hanni definiu quatro categorias ou Vinhotipos:

Doce – pessoas muito exigentes na escolha de seus vinhos, assim como em outros aspectos de sua vida. Preferem vinhos mais adocicados, leves e menos alcoólicos. Gostam de bebidas gaseificadas e sal não é um problema. Um grande contingente feminino se enquadra nesta categoria.

Hipersensível: indivíduos ainda bastante exigentes quanto as suas escolhas, mas com a mente aberta para novas experiências, desde que não seja nada muito exótico. Aqui se enquadram pessoas que reclamam de sons muito altos ou locais muito quentes ou muito frios…

Sensível: compõem a turma do equilíbrio e da moderação, principalmente na escolha de seus vinhos. Passeiam por todo o espectro disponível. São as pessoas flexíveis, com um espírito livre e mais relaxadas.

Tolerante: aqui se enquadram aqueles que preferem vinhos intensos em cor, aroma, sabor e corpo. Nada de “vinhozinhos”. São pessoas que decidem e pensam de forma linear. Não se desviam de seu curso. Preferem café forte e queijos com sabores acentuados.

A pesquisa observou os padrões de consumo e as preferências por alimentos e bebidas de um grupo de adultos. Os voluntários participaram de exercícios de degustação de forma individual e em grupo.

Os resultados foram animadores a ponto de os pesquisadores conseguirem prever a preferência vínica de um indivíduo, baseado apenas nos seus hábitos alimentares.

A conclusão do pesquisador chefe, Dr. Carl P. Borchgrevink, Ph.D, foi:

“O cliente (de um restaurante) deve optar pelos seus vinhos preferidos em detrimento das sugestões oferecidas por um Sommelier”.

O autor da teoria, Tim Hanni, acredita que quem manda é o palato de cada um.

“Não se deixe intimidar por ofertas fora de sua zona de conforto. Um bom Sommelier deve lhe perguntar qual é a sua preferência”.

Gerou polêmica, obviamente…

Para descobrir em qual é o seu Vinotipo, façam o teste neste site. A tradução para português não é das melhores.

https://www.myvinotype.com/pt-br/

(entre com Facebook, G+ ou cadastro no site, gratuito)

Saúde e bons vinhos!

Vinho da Semana: a estação é boa para os rosados. Este vem numa bela garrafa.

Côtes de Provence Royal Saint Louis Blason Rosé 2015

Com a cor brilhante de pêssego-rosa, possui aroma doce e elegante, com notas frutadas e florais. O paladar é estruturado, amplo e equilibrado. Imperdível.

Harmonização: Antepastos, Embutidos e Frios, Pão ou Torrada com Pastas Diversas, Salada de Legumes, Caldeiradas ou Sopas com peixes, crustáceos e maiscos, Paella.

Compre aqui: www.vinhosite.com.br

Escolher um Vinho é uma Arte!

Cada enófilo tem sua técnica para escolher um vinho. Seja numa loja especializada, num supermercado ou mesmo na carta de vinhos dos bons restaurantes.

Os métodos são muitos, abrangendo desde um bonito nome no rótulo, até os famosos pontos, atribuídos por algum crítico renomado. Passam, ainda, pela forma e peso da garrafa, cor, selos de premiação em concursos, tipo de fechamento e outros detalhes mais cosméticos.

Os mais experientes partem para as análises técnicas, casta, safra, região produtora, vinícola e Enólogo. Examinam minuciosamente o conteúdo de rótulo e contrarrótulo, e conversam animadamente com vendedores e Sommeliers. Na era dos smartphones, uma consulta nas principais redes de informações sobre vinhos é fundamental. Só então decidem.

Ufa! Chega a ser cansativo.

Quem está certo e quem está errado?

Não existe um consenso aqui: ninguém está certo ou errado.

Todos vamos cometer algum engano num determinado momento. Minimizar a possibilidade de errar é o ponto deste texto.

Muitos compradores preferem buscar inspiração para sua compra passeando pelas prateleiras de uma loja ou mercado. Nem sempre os resultados compensam. O melhor é sair de casa com uma ideia preconcebida. Visite algumas lojas on-line, se informe sobre o preço final (some o frete) e depois viste as lojas físicas.

Uma dica que vale ouro, nos dias de hoje, é não dar muita importância aos vinhos que recebem aqueles selinhos mostrando sua mais recente premiação. Há tantos concursos e julgamentos que qualquer vinho é capaz de receber um prêmio. Basta se inscrever no evento certo.

Numa recente avaliação realizada por uma grande revista especializada, das 10 mil amostras enviadas, 7 mil foram premiadas. São vinhos ótimos, ninguém duvida disto. Mas alguns pequenos e bons produtores simplesmente não têm o tempo e nem os recursos para participar destas avaliações. Muitas vezes seus vinhos são bem superiores aos “medalhados”. Pensem nisto.

Fugir do óbvio é outra técnica que exige um pouco de desprendimento por parte do comprador, com um efeito colateral muito desejável: amplia-se o nosso leque de conhecimentos.

Se Malbec é a sua casta favorita, deixe-a de lado e experimente outros vinhos da Argentina: Cabernet Franc, Tempranillo e Cabernet Sauvignon.

Viciou em Carménère? O Chile tem outras opções fantásticas, Syrah e Carrignan, um dos segredos mais bem guardados daquele país.

Este truquezinho pode ser aplicado para qualquer casta, origem, produtor, etc…

Só toma vinhos tintos?

Está na hora de experimentar, incondicionalmente, os brancos e rosados.

Claro, tem a turma do Espumante nem pensar ou “isto é bebida feminina”.

Sem deixar de lado o fato que as damas apreciam uma borbulha, é bom você abrir os olhos: elas têm sempre razão!

Para arrematar este punhado de ideias, vamos falar um pouco sobre o preço.

Sempre é saudável reservar um determinado valor para gastar na compra dos nossos vinhos. Isto vai deixar de fora toda aquela gama de vinhos caríssimos que, por esta razão, ficaram fora de propósito.

Não arrisquem comprá-los, principalmente no nosso país. Será quase impossível decidir quando e com quem vamos degustá-los. Se demorar muito, vamos provar um vinagre, e muito caro.

Por outro lado, dar uma afrouxada eventual no orçamento pode trazer resultados muito bons. Se o seu limite é 100 reais, experimente gastar mais 20% ou 30% numa próxima garrafa.

Depois conta o resultado aqui para a gente. Os comentários e o contato por e-mail estão sempre disponíveis.

Saúde e bons vinhos!

Vinho da Semana: uma ótima compra, é claro.

Mi Terruño Tempranillo 2015

Este vinho argentino apresenta cor rubi e brilhante. Aromas de frutas frescas como cereja e framboesa. Na boca é equilibrado, frutado e com longo final.

Harmonização: Fondue de Queijo, Berinjela grelhada, Queijo Minas Curado, Risoto com Carne e Embutidos, Iscas de Filé, Provolone, Atum com pimentão e Pizza com Embutidos.

Compre aqui: www.vinhosite.com.br

Efeitos da Madeira nos Vinhos

O texto anterior a este, “Um Tinto Para o Seu Paladar”, gerou interessantes comentários, entre eles, um que me chamou a atenção para uma dificuldade, do leitor, em identificar a presença de madeira nos vinhos.

Na resposta, destaco que o aroma de baunilha é o indicador mais simples que confirma a passagem de um vinho pelos famosos barris de carvalho, como na foto que ilustra esta matéria.

Identificar os diferentes aromas e sabores presentes numa bebida é quase uma arte e, como tal, exige algum treinamento ou aperfeiçoamento. Nada difícil e laborioso. Pode ser muito divertido adquirir esta capacidade, o que inclui passeios por mercados e feiras livres, experimentando as várias frutas, verduras, legumes e flores.

Para identificar as características adquiridas pelos vinhos que foram armazenados ou fermentados nos recipientes de carvalho, o caminho será outro, ainda assim bem prazeroso.

Eis um plano em duas etapas.

A casta branca Chardonnay será a nossa guia nesta primeira fase. Os dois tipos de vinhos produzidos a partir dela, com e sem madeira, são facilmente identificáveis, permitindo que um leigo treine seu paladar sem dificuldades.

Começamos pela coloração: o vinho que passou por madeira exibe tons mais escuros, amarelo palha, em comparação com um Chardonnay jovem que apresenta uma coloração bem clara, quase transparente.

Na prova olfativa, os vinhos sem madeira apresentam os aromas de frutas, tipicamente maçã verde, abacaxi e nectarina, bem em evidência. Nos madeirados será fácil perceber a presença das notas de baunilha e tostado.

No palato estão as maiores diferenças. Os que passaram por madeira terão aqueles deliciosos e marcantes sabores cremosos e amanteigados em oposição à acidez quase crocante dos vinhos jovens.

Não tem como errar, são quase antagônicos.

Na segunda fase, aplicamos estes princípios aos tintos.

A maioria dos varietais, Cabernet, Merlot, Syrah/Shiraz, e muitas outras, tem versões com e sem madeira.

Para tudo ficar coerente, alguns detalhes são importantes:

– Os vinhos devem ser de um mesmo produtor e se possível dentro de uma mesma safra;

– Não usem vinhos de corte;

– Analisem as fichas técnicas dos vinhos antes de comprá-los. Muitas vezes um determinado vinho varietal não preenche as características ideais para este exercício. Prefira os que declaram ser elaborados com 100% da casta.

Há uma interessante alternativa, por conta de normas de produção bem estruturadas e rígidas: vinhos tintos espanhóis.

Destaco os DOC Rioja, elaborados com Tempranillo.

Serão quatro etapas, correspondendo as tradicionais classificações destes vinhos.

A primeira, chamada comumente de Cosecha, abrange os vinhos com um ou dois anos de produzidos, que não foram amadurecidos ou envelhecidos em tonéis de carvalhos. São jovens, frutados e com muito frescor.

Na segunda denominação, Crianza, vamos encontrar vinhos com três anos de idade, dos quais, um ano em madeira. Já é possível notar os aromas e sabores de baunilha e algumas especiarias. Pouca influência sobres os taninos, embora paladares mais treinados possam perceber uma evolução ao comparar com o Cosecha.

As categorias seguintes, Reserva e Gran Reserva vão apresentar diferenças bem marcantes. Com tempos em barricas que podem chegar a dois anos, o impacto sobre os taninos é dramático. Os sabores frutados dão lugar a camadas mais complexas. A sensação de boca seca é nítida, tornando estes vinhos bem gastronômicos. Quanto mais envelhecerem na sua adega, melhor vão ficar. Justificam aquele velho ditado…

Os caminhos estão apresentados. Trilhá-los é sua responsabilidade.

Saúde, bons vinhos e bom treino!

Vinho da Semana: um Crianza, para começar a educar o paladar.

Rioja Bodegas Ramirez Crianza Tempranillo 2013

Cor vermelho rubi profundo com reflexos violáceos. No nariz a característica de frutas vermelhas combinam com toques de madeira e especiarias. Na boca é saboroso, picante e estruturado, com notas de baunilha e café e um bom equilíbrio entre o vinho e o carvalho. O final é longo e com um sabor pronunciado.

Harmoniza com: carnes na brasa com pouco tempero, molhos à base de aves para massas (pato, ganso), Pernil/Paleta de Cordeiro e queijos amarelos, de macios a duros.

Compre aqui: www.vinhosite.com.br

Um Tinto Para o Seu Paladar

Estamos cercados de tantas informações, muitas vezes divergentes ou conflitantes, que a simples escolha de um vinho para nos acompanhar se torna uma batalha:

Desta região ou daquela?

Esta casta, outra casta ou um corte?

Jovem ou envelhecido?

Pontuado ou não?

Isto sem falar no preço, muitas vezes o principal limitador para (não) atingirmos aquele patamar que foi considerado como o ideal.

A má notícia é que, resolvidas todas estas questões, podemos não gostar do vinho comprado. A razão é muito simples: o nosso paladar não combinou com alguma característica desta vinificação. Ocorre mais do imaginamos.

A proposta deste texto é sugerir um outro caminho a ser percorrido na hora de escolher um vinho: agradar o seu paladar.

Não é nada complicado. Exigirá, apenas, um pouco de dedicação e de momentos que podem ser de grande satisfação ao identificarmos, entre quatro opções, quais são as características de um vinho tinto que nos agradam.

O caminho é: Acidez, Corpo, Taninos e Teor Alcoólico.

Para cada uma destas qualidades existe um vinho que vai nos explicar ou melhor que vai ativar os nossos sensores, permitindo avaliar o grau de satisfação que nos passam.

Uma boa analogia é aquele conhecido provérbio chinês: “Uma imagem vale mais que mil palavras”. (Confúcio)

O melhor vinho para provarmos e sentirmos o efeito da Acidez mais elevada num tinto são os Pinot Noir. Originalmente produzidos na Borgonha, hoje tem representantes em todos os países produtores. Obviamente, há diferenças entre cada origem.

A principal sensação transmitida por este vinho é um efeito refrescante, quase uma leve gaseificação, deixando a boca úmida e o paladar limpo. O equilíbrio entre os taninos e acidez é o que induz aos conhecidos sabores frutados.

Outras castas produzem vinhos similares, entre elas a Grenache/Garnacha.

O Corpo de um vinho é um dos descritores mais usados por quem faz análises e as divulga, seja nos contrarrótulos ou em publicações especializadas. Para entender, de forma definitiva, o que é um vinho encorpado, o caminho é provar um Syrah/Shiraz de boa origem.

Aromas e sabores bem marcantes, como chocolate, ameixa preta, um pouco de tabaco e algumas especiarias. A sensação após a prova é muito aveludada, macia, amanteigada.

Os vinhos elaborados com a casta Malbec, na Argentina, são uma boa opção para confirmar esta preferência.

A marca registrada dos vinhos tintos são seus Taninos. Estão presentes em todos eles, não importa a casta ou a origem. Mal vinificados, ficam adstringentes e desagradáveis. Mas se o Enólogo tem mão boa, se torna a alma do vinho.

Os famosos Cabernet Sauvignon são considerados muito tânicos e apreciados por isto. Após uma prova, fica a sensação de boca seca, pedindo algum alimento untuoso, o que faz deste tipo de vinho o companheiro quase perfeito para as carnes gordas.

Se este for o caminho a ser seguido, vamos pesquisar, também, Merlot, Chianti, e o Tempranillo riojano.

Teor Alcoólico é a última característica a ser avaliada. Tudo vai depender da quantidade de açúcar contido nas uvas que será convertido em álcool (etanol). Atualmente são comuns vinhos com teores acima de 15%, o que tem gerado uma saudável discussão sobre como diminuir estes valores. Há vinhos no mercado com 17,5% de TA.

Uma das castas campeãs nesta área é a Zinfandel, que produz vinhos com uma sutil doçura, remetendo a fruta madura.

Vinhos generosos, como Madeira e Porto são outros bons pontos de partida para entendermos como se comporta a variação do teor alcoólico.

As cartas estão na mesa, a regra do jogo é clara. Escolha o seu caminho e prove o máximo que puder. Não é preciso gastar uma fortuna atrás do vinho ideal. Prove o que está no mercado e ao alcance do seu bolso.

Para entender um bom vinho de corte, basta associar a característica que mais nos agradou com as castas que estão na vinificação.

Saúde e bons vinhos tintos!

Vinho da Semana: um interessante corte de Tempranillo e Garnacha.

Caño Tempranillo Garnacha 2015

Apresenta intensa cor cereja com reflexos violeta, com aromas de frutas do bosque. Em boca é frutado com final longo. Medalha de prata no Vinhos do Mundo 2016

Compre aqui: www.vinhosite.com.br

Vinhos São Divertidos

Olhem atentamente para esta foto. Leitores mais antigos reconhecerão, facilmente, alguns dos confrades à mesa. Chamo atenção para o “terroir” onde a foto foi tirada: mesas e cadeiras de plástico, talheres comuns, taças chamadas ‘meio cristal’ e sem maiores requintes, um improvisado balde de gelo feito a partir de um pote de margarina envolto em folha de alumínio e guardanapos de papel, é claro.

Estamos, literalmente, na calçada, ao ar livre.

Alguém parece aborrecido com isto?

Pelo contrário, foi um belo almoço, a comida lá é maravilhosa!

O mais importante é que não havia nem pompa e nem circunstância para preocupar ninguém. Como peixes e frutos do mar eram a tônica do cardápio, os vinhos brancos e espumantes foram os coadjuvantes perfeitos.

Degustamos alguns estilos bem diferentes entre si: Vinho Verde, Sauvignon Blanc e Chardonnay. Cada um levou o que achava mais adequado, sem stress.

Existem enófilos que dedicam muito tempo na hora de escolher um vinho. Analisam se é para sua adega, presentear ou para levar para um encontro. Se preocupam demasiadamente com detalhes que, provavelmente, vão passar despercebidos na hora de serem degustados. Nem sempre resultado corresponde a tanta dedicação.

Esquecem que o melhor propósito, na hora de abrir e compartilhar um vinho, é a diversão.

Sem querer esgotar este assunto, há alguns erros que todos cometemos, talvez por desconhecimento ou simplesmente por temer alguma gafe no momento da escolha, na conversa com o Sommelier de um restaurante, ou mesmo nas reuniões informais, como a da foto que ilustra este texto.

Relaxem!

A primeira recomendação é:

– O mundo do vinho não é para ser levado tão a sério, como você imagina.

Reconheço que é intimidador entrar numa loja de vinhos e encarar as prateleiras cheias opções. Mesmo num supermercado as ofertas podem parecer confusas demais.

No fundo, somo nós que complicamos. Seguir algumas regrinhas básicas, neste momento, pode ser tudo o que se precisa para ficar com um sorriso no rosto.

Se vale um conselho, não compre um vinho só porque tem um rótulo bonito, nome interessante e é barato.

Responda esta questão: estou comprando para mim ou para outra pessoa?

As razões de cada resposta podem ser diametralmente opostas, mas não deveriam ser.

Mais uma recomendação:

– Presenteie com os mesmos vinhos que você gosta e está habituado a comprar. Não invente. Não saia da sua zona de conforto.

Esta afirmação vale também para quando você for instado a levar o vinho que será servido.

Esqueça a harmonização perfeita ou o que dizem os especialistas. Se lhe pediram ajuda é porque confiam no seu bom gosto. E isto basta.

Há um corolário importante: nunca presenteie ou leve, de surpresa, um vinho para uma comemoração imaginando que será servido. Isto pode ser um grande transtorno para o anfitrião. É o show dele, não o seu…

Uma última recomendação:

– Ouse sempre que puder, mas com você primeiro.

Nada é mais divertido do que fazer novas descobertas. Mas antes de revelar o seu novo tesouro, tenha certeza que poderá ser apresentado para seus pares, sem causar estranhezas.

Para fazer novas escolhas com segurança, não hesite em pedir ajuda aos profissionais que atendem nas boas lojas ou leia a opinião dos principais críticos. Mas não fique só nisto. Forme o seu próprio conceito a respeito de uma descoberta recente. Leia rótulo e contrarrótulo, pesquise um pouco sobre a região produtora e sobre a casta, se lhe for desconhecida. Prove ele puro e acompanhado de um alimento, qualquer um, sem se preocupar em harmonizar nada.

Tire suas próprias conclusões e seja feliz.

Se achar que pode compartilhar com os amigos, melhor: expandiu sua zona de conforto.

Saúde, bons vinhos e muita diversão!

Vinho da Semana: o nosso parceiro, Casa Rio Verde/Vinho Clube está com ótimas ofertas de trios e quintetos.

Trio Espanha – $$

– Vinho Tinto Espanhol Casa Maria Tempranillo 2015

– Vinho Tinto Espanhol La Villa Real Tempranillo Roble La Mancha D.O. 2015

– Vinho Tinto Espanhol Gran Campellas Crianza 2013

Ótima oportunidade para descobrir novos aromas e sabores.

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