Categoria: Saúde (Page 3 of 3)

Vinhos e seus Benefícios a Saúde I

Muito se discute sobre o poder de alguns compostos do vinho, entre eles o Resveratrol, de contribuírem significativamente para melhorar a saúde dos apreciadores desta bebida.

A famosa dieta Mediterrânea, seja na versão italiana, francesa ou espanhola, é usada como testemunho da saúde de ferro e longevidade daqueles que consomem, regularmente, a sua taça de vinho acompanhando as equilibradas refeições.

A autora neozelandesa, Jen Miller, publicou uma extensa lista com informações sobre este tema no seu blog:

https://www.jenreviews.com/wine/

Vamos apresentar um resumo, traduzido e adaptado, dos benefícios citados.

1 – O consumo regular de vinho tinto aumentaria o tempo de vida

Isto se baseia no efeito do antioxidante Resveratrol, que combate os radicais livres protegendo as nossas células e órgãos.

Um estudo feito pela Escola de Medicina da Universidade de Harvard, concluiu que a Sirtuína, uma proteína encontrada nos mamíferos, seria a chave para a longevidade. O Resveratrol funciona como um estimulante para esta proteína.

Mas há controvérsias…

2 – Vinho protege o coração

Doenças cardiovasculares são uma das maiores preocupações da nossa vida. Apesar de toneladas de informações sobre este problema de saúde, muitas pessoas não se preocupam e acabam sofrendo as consequências que ninguém deseja.

Um estudo endossado pela famosa Clínica Mayo confirma a tese que o consumo de polifenóis diminui consideravelmente os riscos de problemas cardiovasculares. O vinho tinto é particularmente rico em flavonoides, sendo o Resveratrol o mais importante, que são ótimos antioxidantes, diminuindo o Colesterol ruim (LDL) e aumentando o HDL ou bom Colesterol.

O consumo regular de 1 a 2 taças de vinho é a chave para diminuir risco de problemas cardíacos.

3 – Diabetes tipo 2 e o vinho

Tipo 2 é conhecida como Diabetes Mellitus, e a recomendação para os que são acometidos desta desordem metabólica é evitar o consumo de bebidas alcoólicas.

Entretanto, pesquisas recentes perceberam que o consumo regular e controlado, de vinho, ajudaria na diminuição dos níveis de açúcar no sangue, em até 24 horas.

As recomendações são:

– Medir a glicemia antes, durante e depois da ingestão;

– Jamais consumir bebidas alcoólicas com o estômago vazio;

– Consumo muito moderado.

Estas diretrizes são da American Diabetes Association.

4 – Antioxidantes do vinho combatem o Câncer

Tintos tem uma coleção destes antioxidantes, cujos efeitos estão próximos de um ‘elixir da vida’: resveratrol; quercetina; catequina; ácido gálico.

Na dose correta são capazes de destruir alguns tipos de células cancerosas, proteger os tecidos sadios, além de melhorar as condições para os clássicos tratamentos de radioterapia e quimioterapia.

Como se isto não bastasse, os compostos encontrados no vinho tinto inibem a aromatase, reduzindo as chances do câncer de mama ou do cólon.

Para os homens, consumo de regular de tintos diminui o risco de câncer prostático.

5 – Preventivo do Mal de Alzheimer

Certamente o atual mal do século. Não há quem não tema “ser pego pelo alemão”…

A demência, que é uma degeneração crônica das funções cerebrais, surge gradualmente com a idade e é um dos caminhos conhecidos para o Alzheimer. O consumo regular de vinho pode diminuir as chances de se desenvolver esta doença.

Tudo está ligado a boa irrigação vascular do cérebro. O Resveratrol é conhecido por manter os vasos sanguíneos em bom funcionamento, garantindo um fluxo constante de oxigênio e glicose para a nossa cabeça.

Um bom efeito colateral é melhorar a nossa memória.

6 – Nada de depressão e ansiedade

Este é um interessante estudo desenvolvido por uma organização espanhola, a PREDIMED – Prevencion com Dieta Mediterrânea, que pesquisou um universo de 5500 voluntários.

Os resultados devem ser interpretados com muita atenção e cautela, pois existe um limite muito bem definido quando se fala em depressão.

Perceberam que as pessoas que consumiam até 7 taças de vinho, por semana, eram menos propensas a estados depressivos do que aquelas que não consumiam nenhuma bebida alcoólica.

Por outro lado, as pessoas que ultrapassam este limite estão mais sujeitas a ficar prostradas e deprimidas.

Todo o cuidado é pouco então.

Semana que vem, mais alguns tópicos sobre vinho e saúde.

Até lá!

Fontes:

Vinho da Semana: o melhor seria dizer vinhos da semana. O parceiro desta coluna, a Vinhosite/Vinhoclube, tem montado kits de vinhos para os mais variados gostos e bolsos.

Trio de Vinhos Bons e Baratos – $$

– Tinto Português Barão de Figueira Reserva 2013

– Tinto Espanhol Alcanta Roble 2015

– Vinho Tinto Espanhol Abadia Del Roble 2015

Imperdível.

Compre aqui: www.vinhosite.com.br

Eventos da Casa Rio Verde

Neurogastronomia e o Vinho

Este nome meio complicado, no título, é uma das mais novas áreas da ciência, que estuda a relação de aromas e sabores com o nosso cérebro. Especificamente, busca explicar porque sentimos os diferentes aromas de alimentos e bebidas e a sua influência sobre o paladar.

Em termos bem diretos, aromas e sabores são criados na mente de cada um de nós, já que as moléculas que compõe o que vamos consumir não possuem qualquer odor ou sabor. Curioso.

Com respeito ao vinho, Gordon Shepherd, eminente professor desta ciência, na Universidade de Yale, explica como o cérebro é estimulado e cria estas sensações, em seu livro “Neuroenology: How The Brain Creates The Taste of Wine”.

Assim como enxergamos as cores, que são reflexos luminosos sobre objetos incolores, interpretados pelo cérebro, os aromas do qualquer alimento ou bebida, vinho inclusive, são resultados de estímulos variados.

No caso do vinho, estes estímulos decorrem muito mais do movimento que fazemos, na boca, ao prová-lo e do pouco de ar que expiramos, pelas narinas, do que efetivamente cheirar o vinho na taça.

Esta movimentação do vinho libera as moléculas que vão provocar as reações em busca das referências guardadas na memória, de cada um, sobre o que já consumimos. Estes registros são variáveis e estão relacionados a algumas características físicas como gênero, idade, composição química da saliva, ambiente e estado emocional.

Para os leitores que gostam de explicações, estas descobertas confirmam muitas das chamadas “verdades” com as quais convivemos há muito tempo, por exemplo, que homens e mulheres percebem um mesmo vinho de forma diferente, ou que dependendo de onde provamos um vinho, o seu gosto pode mudar sensivelmente.

O Prof. Shepherd vai mais longe, ainda, ao afirmar que é fundamental engolir um gole de vinho, permitindo que todas as informações moleculares sejam obtidas e processadas pelo cérebro. Por outro lado, alerta que após alguns goles, o excesso de informações pode embotar o paladar e o olfato.

Recomenda goles pequenos e longamente espaçados, o que vale para os alimentos também. Slow Food e Slow Drink parecem ser a tônica.

Uma das mais impressionantes afirmações talvez explique as razões da paixão pelo vinho por todos aqueles que o escolhem como bebida predileta:

“Degustar um vinho mexe mais com o cérebro do que escutar música ou resolver equações matemáticas”.

Neurogastronomia é uma ciência colaborativa que envolve diversas disciplinas e profissionais. Assim como Shepherd, Ferran Adrià e Heston Blumenthal são pioneiros neste ramo e colaboradores de primeira hora. Algumas técnicas desenvolvidas já estão em uso no famoso Fat Duck do Chef Inglês.

Quem sabe se daqui a algum tempo não estaremos consumindo uma deliciosa e reconfortante refeição, que vai nos deixar totalmente satisfeitos, que nada mais era do que Jiló cozido?

Profissionais e estudiosos de diversas disciplinas como artes culinárias, biologia molecular, neurociências, psicologia, evolução humana, principalmente de crianças e adolescente, pesquisadores dos mecanismos cerebrais que controlam o aprendizado e a memória, as emoções, motivações e recompensas, estão envolvidos em diversas atividades com base na neurogastronomia, buscando soluções para alguns males da vida moderna, como obesidade, vícios por drogas, diabetes, e doenças neurodegenerativas como o Mal de Alzheimer.

Tudo pode ser evitado seguindo boas práticas de nutrição.

Chegaremos ao ponto de termos, ao nosso dispor, alimentos e bebidas, vinhos é claro, elaborados de acordo com as nossa preferências e necessidades.

Saúde e bons vinhos, sob medida ou não.

Vinho da Semana: este espanhol é feito sob medida para o paladar e o bolso.

Don León 2015

Garnacha e Tempranillo, uvas espanholas por natureza, são as variedades utilizadas na confecção deste vinho, que apresenta cor rubi escuro brilhante e aroma de frutas vermelhas frescas. Na boca é leve, fresco, harmonioso e agradável.

Harmonização: Sanduíche de Mortadela, Salsicha, Salame, Risoto com Linguiça, Ricota, Requeijão e Ratatouille.

Compre aqui: http://www.vinhosite.com.br

EVENTOS:

 – Casa Rio Verde/VinhoSite e Clube Atlético Mineiro lançam o “Vinho do Galo”

A Casa Rio Verde/VinhoSite, tradicional importadora mineira, dá mais um chute certeiro com o lançamento do primeiro vinho oficial do Clube Atlético: o “Vinho do Galo”.

Com quase 10 milhões de torcedores, o Atlético é um dos clubes de futebol mais populares do Brasil. A escolha do nome “Vinho do Galo” é uma referência ao símbolo do clube, o Galo, mascote oficial desde o final da década de 1930.

 Os vinhos licenciados são elaborados com a uva Merlot – a que melhor se adaptou ao solo e clima brasileiros – e produzidos pela Lidio Carraro, a vinícola brasileira mais premiada no mundo. 

Os rótulos podem ser adquiridos no VinhoSite, loja virtual da importadora, ou em uma das cinco lojas físicas da Casa Rio Verde em Belo Horizonte, ao custo de R$44,90. 

-INOVINI e Vinícola Dona Paula

No próximo dia 12 de abril, às 19h30, a Inovini promove um encontro virtual com o enólogo e agrônomo da vinícola argentina Doña Paula, Martin Kaiser, que estará ao vivo na página da importadora no Facebook para uma conversa com enófilos do mundo inteiro. Especialista e investigador do terroir de Mendoza, Kaiser falará na transmissão, das inovações realizadas nos últimos tempos, tanto na vinha quanto na adega, e dos lançamentos mais recentes da vinícola. Os vinhos da Doña Paula são importados e distribuídos com exclusividade pela Inovini no Brasil.

Serviço

Data da transmissão: 12/04

Horário: 19h30

Link de acesso: https://www.facebook.com/inovini.importadora

Olfato e Paladar envelhecem?

velho 1

Da mesma maneira que ganhamos rugas e cabelos brancos com a idade, os nossos sentidos também experimentam perdas.

A nossa habilidade de perceber aromas ou a sensibilidade para identificar diferentes sabores, decaem com o tempo, mas são as menos afetadas. Alguns felizardos, entretanto, nunca vão perceber.

De acordo com o Dra. Beverly Cowart do Monell Chemical Senses Center na Philadelphia, que estuda, há 30 anos, o envelhecimento e  as alterações destes sentidos, olfato e paladar são sistemas fisiológicos distintos.

Somos capazes de perceber quatro sabores básicos, doce, azedo, salgado e amargo. Recentemente mais um sabor, “umami” (suculência) foi incluído nesta lista, mas ainda se discute se realmente deveria ser considerado como um sabor primário.

O ser humano começa a sua vida equipado com cerca de 10.000 receptores de sabor, distribuídos pela boca e garganta. Cada receptor envia sinais para o cérebro.

Para o olfato, começamos com cerca de 350 receptores de aromas no interior do nariz, o que nos permite identificar milhares de cheiros diferentes. Mas existem pessoas que não conseguem perceber quase nenhum odor.

Pesquisas médicas já demonstraram que a habilidade de reconhecer diferentes aromas decai muito mais que a capacidade análoga do paladar. Este último é o sentido mais estável do nosso organismo. O número de receptores de sabor diminui com a idade, mas quase ninguém percebe pois estão espalhados por toda a cavidade bucal e pela língua. Se levarmos em conta que as sensações de textura contribuem na identificação de diferentes paladares, a nossa capacidade de saborear e identificar um bom vinho permanecerá por longo tempo.

Os sabores amargos são os que se perdem primeiro, principalmente nos homens. As mulheres só vão perceber esta mudança durante a menopausa. Outros estudos demonstraram que a sensação de alimentos salgados diminui muito mais que a percepção para os doces.

Com relação ao olfato, pesquisas norte-americanas registraram uma acentuada perda na faixa etária entre 70 e 80 anos. As diferenças entre aromas ficam mais difíceis de serem percebidas e alguns, em particular, se perdem para sempre. Cada indivíduo vai reagir de maneira distinta a este problema.

O grande aliado para compensar o declínio natural destes sentidos é a nossa memória: todas as sensações por nós experimentadas ficam registradas, para sempre, dizem alguns pesquisadores. Quanto mais detalhados formos ao degustar um vinho, melhor conseguiremos identificá-lo em outra ocasião.

Esta bagagem se torna muito importante na 3ª idade. O nosso cérebro está preparado para sempre fazer novas conexões, compensando desta forma, as perdas no olfato e no paladar. Isto explicaria, por exemplo, a nossa mudança de gosto com relação ao vinho, tipicamente, quem não gostava de brancos aromáticos passa a preferi-los quando entram na faixa dos “enta”.

Pensando bem, isto bem administrado se torna uma arma formidável: sempre teremos novidades debaixo do nosso nariz, descobrindo novos e desconhecidos prazeres.

Saúde e bons vinhos!

Vinho da Semana: repleto de aromas e sabores.

velho 2Côtes du Rhône Gentilhomme 2014 (Ogier)

Este saboroso corte das castas Grenache, Syrah, Mouvèdre, Cinsault e Carignan, é fresco e repleto de notas de fruta, com um toque terroso no palato que é perfeito para acompanhar comida. Excelente relação qualidade-preço!

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