Categoria: O mundo dos vinhos (Page 74 of 82)

Devemos trocar de taça a cada vinho?

Existem diversas regras de etiqueta para as degustações de vinhos, que se aplicam desde o simples encontro para apreciar algumas garrafas de nossa adega, até os mais sérios e importantes concursos onde serão analisados e criticados alguns dos mais importantes rótulos do mercado.

As rotinas básicas de examinar cor, aroma e sabor, além da clássica agitada, já são do domínio de todos, mas qual é o comportamento adequado quando, após termos degustado um branco, nos oferecem um tinto?

Trocamos a taça, lavamos a taça ou misturamos o novo vinho com o resíduo do anterior?

As três opções são aceitas. Mas cada uma tem uma explicação ou razão diferente.

Trocar a taça é a menos comum. Imaginem-se numa feira de vinhos, com centenas de opções e quantidade igual ou maior de degustadores. Seria quase inviável oferecer uma taça nova a cada prova, mesmo que se utilizasse material descartável.

Numa escala menor e com grandes vinhos, isto seria possível, dando-se ao luxo, inclusive, de utilizar taças desenhadas para cada tipo de vinho servido.

Honestamente, coisa de enochato e esnobe. Não há necessidade de tanto preciosismo.

Nos grandes eventos abertos, pagos ou não, o convidado recebe uma taça que deverá ser utilizada para provar espumantes, brancos, rosés, tintos e doces/fortificados.

Duas técnicas podem ser empregadas para “lavar” a nossa única taça entre cada prova: com água ou com o novo vinho. Basta uma pequena quantidade, um giro da taça e descartar no recipiente adequado.

Alguns puristas, muito exigentes, afirmam que usar água é inadequado: sempre haverá um resíduo que pode diluir o próximo vinho, alterando suas qualidades organolépticas. Segundo este grupo, deve-se usar, unicamente, uma salpicada do novo vinho, o que não é negado por nenhum expositor.

Em certas condições, nem mesmo isto é necessário, por exemplo, quando estamos numa sequência de um mesmo produtor, experimentando a sua linha de tintos, desde o mais leve até o mais intenso.

Já se trocarmos do branco para o rosé ou para um tinto, a taça deve ser “lavada”. Este mesmo procedimento se torna imperativo se o vinho anterior estava com problemas.

A turma menos compromissada e descolada adota, sem muitas frescuras, o último método apresentado, seguindo uma antiga máxima:

“Nada melhor para lavar um vinho do que outro vinho”.

Tendo isto em mente, simplesmente escorrem, até o limite do possível, o primeiro vinho e pedem que lhe seja servida, na mesma taça, a próxima prova.

A contraprova de que este método funciona muito bem é muito simples e fácil de ser explicada: os fatores externos.

O ambiente onde a degustação está sendo oferecida, os aromas de perfumes e/ou produtos de limpeza, roupas e acessórios que, muitas vezes, ficaram guardados por muito tempo, entre outros, introduzem múltiplos aspectos, fora de nosso controle, que podem mascarar completamente uma tentativa de se fazer uma análise isenta em condições ideais que só ocorreriam num laboratório.

Por fim, se algum aroma ou sabor for estranho, nada nos impede de trocar a taça, ou lavá-la e recomeçar.

Saúde e bons vinhos!

Vinho da Semana: seis vinhos para montar uma degustação e brincar com a taça. (*)

Sexteto Especial de Vinhos

Rosé Chileno Valdemoro Cabernet Sauvignon 2015;
Rosé Espanhol San Juan 2015;
Branco Português Real Forte Alentejo 2015;
Tinto Português Real Grei DOC 2015;
Tinto Português Portal da Vinha Red 2015;
Tinto Espanhol Montefrio La Mancha DO 2015

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(*) as ofertas do Vinho Site mudam semanalmente.

Uma Uva para 2017

Ano Novo, Uva Nova!

Clichês servem para isto mesmo, abrir um texto sem muita embromação. Mas será verdadeira esta afirmação?

Sempre que termina um ano, os mais importantes meios de comunicação, deste segmento, apresentam suas resenhas de melhores vinhos, novidades e outros acontecimentos importantes que ocorreram.

Nas primeiras edições do novo ano, aprecem uma série de “previsões”, muito calcadas no binômio cultura e economia de cada região produtora. Uma das maiores preocupações atuais é com relação à saída da Grã-Bretanha da Comunidade Europeia. Por ser um dos maiores mercados de vinho, todos os produtores que para lá exportam estão extremamente apreensivos, que o digam os franceses de Champagne…

Se tudo ocorrer como o esperado, vai sobrar vinho no mercado. A sobra do que seria absorvido pelo mercado inglês vai parar em outras prateleiras. Vem deste fato e ideia dos vinhos, com castas menos óbvias, aparecerem em lugares por onde nunca passaram.

Certamente o Brasil não será um destes destinos. Nosso poder aquisitivo anda muito baixo e nenhum importador, em sã consciência, vai trazer vinhos caros em 2017. A nossa tendência é manter a opção dos “bons e baratos”. Vamos continuar nas castas de sempre: Malbec; Cabernet Sauvignon; Tannat; Chardonnay; Sauvignon Blanc. Eventualmente alguma novidade.

Para a turma mais antenada, uma boa opção é ficar de olho nos brancos espanhóis elaborados com a casta Verdejo, da DO Rueda. Ótimos vinhos que vêm acompanhado de preços justos.

Dentre os espumantes, apesar dos nacionais serem ótimos, o Prosecco tem tudo para, novamente, ser a sensação deste ano. A Espanha, com suas Cavas, pode surpreender e se tornar a preferida de 2017.

Entre os tintos, há diversas boas opções para fugir do lugar comum. A primeira delas, e que parece ser uma tendência dominante, são os tintos leves, como os franceses Beaujolais e os do Vale do Loire, além dos conhecidos Pinot Noir, principalmente aqueles produzidos na região italiana do Alto Adige, com um custo bem mais palatável que os originais da Borgonha.

Uma das castas que está em alta é a Mourvèdre ou Monastrell, bastante conhecida por ser uma das varietais usadas no corte GSM. Infelizmente não é muito plantada na América do Sul. O Chile produz alguns raros e bons vinhos com ela.

Uma opção viável seriam os vinhos feitos com a Carignan ou Cariñena. Uma casta que está em alta, originando, no Chile, um clube de vinícolas dedicados a explorar toda sua potencialidade.

Ano novo, uva nova, que seria melhor expressada no plural: uvas!

Opções não faltam. Resta-nos encher as taças.

Saúde e bons vinhos!

Vinho da Semana: este Verdejo espanhol vale à pena.

Paso a Paso Verdejo Branco – $$

Coloração ouro pálida. Aromas frutado com notas de pêssego e mel. Paladar seco e concentrado, com uma boa separação dos sabores cítricos e doces.

Harmonização: Bruschetas, Vieiras, Truta, Terrina de vegetais, Salmão fresco, Frango Xadrez, Fricassé de frango, Galeto assado

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A Tendência atual são os “Vinhos Naturais”

Mais um modismo, sobre o qual já escrevemos em umas das colunas em que desmitificamos alguns conceitos. Vinho Natural, embora seja um termo “guarda-chuva”, tem sido um trend topic nos principais meios de comunicação especializados.

A primeira reação seria afirmar que qualquer vinho é natural, o que na opinião de uma maioria de especialistas, estaria correto. Mas, recentemente, a Ava Winery, localizada em S. Francisco, Califórnia, apresentou o seu primeiro vinho sintético ou artificial, uma combinação de água, etanol e flavorizantes diversos. O principal objetivo desta vinícola é reproduzir grandes vinhos, que já não existem mais, permitindo que as gerações atuais possam experimentar, por exemplo, um Chateau Montelena 1973 ou o Dom Perignon 1992.

Honestamente, Vinho Natural passa a fazer sentido, mas há outras coisas debaixo deste chapéu.

Este termo foi cunhado para abrigar técnicas de cultivo e vinificação, tipicamente as orgânicas e as biodinâmicas, além de algumas variantes como os vinhos vegetarianos.

Algumas regras são bem claras para este grupo:

– Uvas cultivadas num dos sistemas  mencionados acima;

– Colheita manual, exclusivamente;

– Manipulação mínima na elaboração (note-se que o termo “manipulação” decorre do Latim “manus” + “pleo” ou “encher com as mãos”…);

– Fermentação espontânea pelas leveduras nativas;

– Técnicas de vinificação minimamente intrusivas de maneira a não modificar o sumo;

– Não utilização de sulfitos, um agente sanitizador ou, pelo menos, utilizar doses homeopáticas;

A linha vegetariana é ainda mais exigente, não permitindo o uso de nenhum agente clarificante de origem animal com clara de ovos (albumina), ictiocola, gelatina animal, etc. (mas esterco, como adubo no vinhedo, pode…)

Confesso, são conceitos um pouco difíceis de assimilar ou estabelecer um limite claro do que pode ou não.

Quanto ao produto final, há os que são adeptos fervorosos (quase uma religião) e outros que simplesmente desconfiam que isto tudo não passa de uma bela jogada de marketing de vinhateiros desconhecidos em busca de reconhecimento.

Se as uvas forem cultivadas com todos estes cuidados e os vinhos elaborados corretamente, não há razão para não serem tão bons ou piores dos que ditos “comerciais”. Qualquer iniciativa que vise preservar o meio ambiente é sempre positiva.

Como em qualquer outra atividade, existem as coisas boas e as ruins. Um dos principais problemas dos “naturais” é a dificuldade de estabilizá-los. Deterioram-se com muita facilidade, por não conter nenhum agente antibacteriano. A aparência mais turva que os vinhos comuns é outro fator que influencia a baixa aceitação desta classe de vinhos.

Se olharmos do ponto de vista dos importadores e distribuidores, um lote pode virar vinagre só no transporte desde a origem até o destino final. Isto seria o caos: todo mundo perde.

Outro fator importante é o preço final, geralmente bem maior que os da mesma faixa. Por ser uma produção que depende intensamente de mão de obra, não há como reduzir custos de produção.

Os produtores dos Vinhos Naturais levam suas práticas comerciais ao extremo, também, com o denominado “Comércio Justo”. No Brasil já existe um site dedicado a estes produtos. Vale a pena uma visita: https://garrafalivre.com.br/

Quanto à tendência, “nem tanto ao mar, nem tanto à terra”.

Saúde e bons vinhos!

Vinho da semana: um espanhol ecológico.

Urbezo Organico Chardonnay – $$

Elaborado com uvas de cultivo orgânico, apresenta coloração amarela brilhante, repleto de aromas finos e elegantes, com notas de frutas tropicais, frutas cítricas, pera e maçã. Saboroso, com acidez equilibrada e boa estrutura.

Harmonização: Bacalhoada, Aves com molho de nozes, Aspargos, Ostras, Camarões, Bobó de Camarão, Lagosta, Risotos com Frutos do Mar, Paella.

Compre aqui: www.vinhosite.com.br

*** Para os leitores de Belo Horizonte e regiões próximas:

CASA RIO VERDE FAZ TRÊS EDIÇÕES DO CURSO DE INICIAÇÃO AO MUNDO DO VINHO EM JANEIRO

Que tal começar o ano aprofundando seus conhecimentos sobre o vinho, bebida cada vez mais popular na mesa dos brasileiros? A Escola de Vinhos da Casa Rio Verde abriu inscrições para três edições do curso “Iniciação ao Mundo do Vinho”, em janeiro.

Duas edições acontecem durante a semana: de 23 a 25/jan e de 30/jan a 01/fev. São três horas de aula/dia, totalizando nove horas de curso. Para quem prefere fazer o curso no final de semana, haverá uma turma no sábado, dia 28 janeiro, também com 9 horas de duração.

O curso abrange informações teóricas como tipos de uva, regiões produtoras, dicas de harmonização. Na parte prática, são degustados 12 rótulos, cada um de um estilo de vinho. As aulas acontecem na sala de treinamento da loja da Praça Marília de Dirceu, 104, bairro de Lourdes.

A novidade é que agora, além das lojas da Casa Rio Verde e do telefone 3116-2301, o interessado pode fazer a inscrição pelo site, no link www.vinhosite.com.br/vinhos/curso .

SERVIÇOCURSO DE INICIAÇÃO AO VINHO – CASA RIO VERDE – JANEIRO

Turma 1 – 23, 24 e 25 de janeiro (19 às 22H)

Turma 2 – 28/janeiro (9 às 19h)

Turma 3 – 30, 31/jan e 1/fev (19 às 22h)

Carga horária: 9 horas

Degustação: 12 rótulos de diferentes estilos

Local: Casa Rio Verde – Praça Marília de Dirceu, 104 – Lourdes

Valor do investimento: R$ 299 por pessoa (capacidade 18 pessoas) – sócios do VinhoClube da Casa Rio Verde pagam R$209,30.

Inscrições e informações: www.vinhosite.com.br/vinhos/curso

Telefone: 31-3116-2300

Os segredos dos Cortes

Uma observação mais atenta nos antigos e-mails recebidos por esta coluna e agora, nos comentários, mostram que está sempre presente uma dúvida entre os consumidores:

Qual é o melhor vinho, um varietal ou um corte (ou blend, ou assemblage)?

A questão é muito pertinente, principalmente porque somos influenciados pela mercadologia de nossos vizinhos produtores, que enfatizam as uvas emblemáticas de cada um: Malbec, Carménère e Tannat. Outros países, na mesma linha, destacam seus melhores vinhos, sempre calcados em uma única casta: Pinotage, na África do Sul, Zinfandel nos EUA, Shiraz na Austrália e Sauvignon Blanc na Nova Zelândia.

Isto tudo é um marketing, muito bem feito, que tem como único objetivo aumentar o consumo dos vinhos de cada lugar. Não serve, entretanto, como a resposta correta para a questão colocada inicialmente:

Ressalvadas algumas honrosas exceções, os melhores vinhos do mundo são cortes.

Para compreender este fato, precisamos voltar no tempo, lá atrás, no que se convencionou chamar de A.C. (antes de Cristo).

Vinhedos eram uma mistura de diferentes uvas. Para os agricultores daquela época eram apenas frutas que fermentavam e viravam vinho, apesar de algumas amadurecerem mais cedo, outras mais tarde, dependendo das condições climáticas do ano.

Lembrem-se que não haviam técnicas ou recursos para combater secas ou chuvas excessivas. Esta mistura natural das diferentes castas servia como um seguro: sempre seria possível produzir um vinho com o que sobrevivesse às intempéries.

Simplificando, os primeiros vinhos eram cortados, a partir do que, hoje, se denomina “field blend”. Muitos países ainda adotam este tipo de vinhedo, Portugal é o mais conhecido deles.

Existe uma explicação, do ponto de vista histórico: buscava-se uma estabilidade na qualidade dos vinhos, independentemente da safra. O produtor queria se assegurar que, ano a ano, seu vinho manteria as mesmas características. Esta é a razão que mantém a produção de vinhos cortados até os dias atuais.

Mas esta ideia evoluiu muito. Com a ajuda da tecnologia, foi possível, ao longo do tempo, compreender a contribuição de cada casta no produto final. Bordeaux é a principal referência neste caso. O corte bordalês é copiado por todos os produtores, uma clássica receita de bolo, quase infalível, que a grosso modo pode ser escrita assim:

Cabernet Sauvignon na base;

Merlot para as notas aveludadas;

Cabernet Franc contribuindo com notas aromáticas;

Petit Verdot colorindo tudo.

Não tem como errar. Um produtor tem ainda mais algumas castas como Malbec ou Carménère para conseguir outros recursos.

Outro vinho muito importante no cenário internacional é o italiano Chianti, que nunca foi 100% Sangiovese. Seu corte original era composto de outras uvas, Canaiolo, Colorino, Ciliegiolo e Mammolo. Ao longo dos anos, a flexível legislação daquele país foi permitindo a adição de outras castas, inclusive as não típicas da Itália. Hoje, basta ter 80% da Sangiovese para ser declarado um Chianti.

Mais vinhos trilham por este mesmo caminho, os fabulosos Rioja espanhóis, os respeitados vinhos de Portugal, os Parker 100 pontos do Rhone, entre outros.

Hoje, um bom enólogo, consegue elaborar um vinho muito específico, apenas manipulando os diferentes tipos uvas à sua disposição. Pode mesmo, no caso de uma mudança climática inesperada, salvar a vinícola se valendo do que foi possível colher. Diferentes técnicas de produção são aplicadas a cada casta e o resultado final pode ser espetacular.

Por último, não poderia deixar de mencionar o mais conhecido dos vinhos espumantes, o Champagne. Seu corte clássico envolve, pelo menos, duas uvas: Chardonnay e Pinot Noir. A legislação francesa, sempre muito precisa e rigorosa, permite ainda as seguintes castas: Arbane, Petit Meslier, Pinot blanc, Pinot gris e Pinot Meunier (2010).

O leitor ainda tem alguma dúvida?

Saúde e bons vinhos.

Vinho da Semana: um belo corte, sem dúvida.

Casa Santos Lima Branco Reserva

Elaborado com as castas Chardonnay, Encruzado e Viosinho, este corte é extremamente versátil, harmonizando corretamente com uma grande variedade de petiscos e pratos gastronômicos, entre eles, Bacalhau, Paella de frutos do mar, Peixes de carnes estruturadas, Presunto cru, Peixe-espada, Mix frio de frutos do mar com camarões, lagosta, ostras e vieiras, Queijo de cabra, Salmão defumado e Queijo Serra da Estrela.

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Sangria e Clericot para o Natal

Festas de fim de ano, com suas mesas fartas, são ótimas ocasiões para abrirmos aquelas garrafas especiais, belos espumantes, nacionais ou importados. Nada contra, mas no nosso clima tropical, isto é quase uma idiossincrasia.

Lembro, vagamente, de algumas tentativas de abrasileirar a figura do Papai Noel, ou de propor comidas mais leves e refrescantes do que as tradicionais iguarias que compõem a geralmente pesada e encorpada ceia natalina.

Embora o Champanhe e outros espumantes sejam mais agradáveis por serem degustados em temperaturas mais baixas, a profusão de tintos que tentam harmonizar com aves assadas, pernis de suínos ou ovinos, entre outros, é preocupante.

Haja ar condicionado!

Nossos vizinhos sul-americanos e os estados do sul brasileiro costumam celebrar estas datas comemorativas com duas bebidas elaboradas a partir do vinho: a Sangria e o Clericot.

Saborosas, refrescantes e muito fáceis de fazer.

A Sangria, de origem espanhola, é bom conhecida. Seu nome deriva de “sangre”, indicando a coloração desta bebida. Existem diversas receitas, mas alguns ingredientes são básicos: um bom vinho tinto, frutas frescas, e um pouco de destilado.

Receita básica:

1 – Uma garrafa de um bom vinho tinto (Tempranillo, Garnacha, Merlot). Por favor, vinho de garrafão “suave” é PROIBIDO;

2 – Um limão e uma laranja, cortados em rodelas (pode-se usar o sumo também);

3 – Uma ou duas colheres de açúcar;

4 – Uma dose de um bom destilado (conhaque, cachaça, etc…);

5 – Dois copos de Club Soda, Soda Limonada, água tônica ou mesmo um espumante, para finalizar.

Outras frutas podem ser acrescentadas: maçã, pera, pêssego, kiwi, morango. Há quem use especiarias como canela, cravo e noz moscada.

Preparo:

Numa jarra de vidro coloque as frutas. Esprema, com a ajuda de um soquete ou colher, as frutas cítricas liberando o seu suco. Cubra com o açúcar e o destilado, deixando macerar por algumas horas em local fresco.

Adicione o vinho tinto e deixe macerar mais um pouco, desta vez, dentro da geladeira.

Na hora de servir, acrescente a soda ou o espumante. Misture levemente e sirva em taças decoradas com as frutas.

O Clericot, uma variante branca da sangria, é muito apreciada na Argentina e no Uruguai. Em Punta de Leste é a bebida padrão do verão.

Sua origem é bastante discutida e teria raízes no tradicional Ponche. Uma das explicações mais aceitas é a que Clericot seria uma adaptação de Claret Cup, um drinque inventado pelos colonizadores ingleses, na Índia.

Esta bebida era apenas uma taça de Bordeaux (Clarete), acrescida de abacaxi picado e gelo. Chegou na América do Sul pelas mãos dos espanhóis, já na versão elaborada com vinho branco ou espumante, tipicamente um Cava.

Receita básica:

1 – Uma garrafa de um bom vinho branco ou espumante, gelado. Torrontés seria perfeito;

2 – Diversas frutas picadas e sem sementes, como numa salada de frutas (maçã, pêssego, kiwi, frutas vermelhas, pera, abacaxi)

3 – Uma fruta cítrica, tangerina, em gomos, é a mais comum, mas pode ser uma laranja lima ou limão siciliano em rodelas;

4 – Uma dose de Licor Cointreau ou Grand Marnier. Outras opções válidas são conhaque, sherry ou a nossa pinga.

5 – 1 ou 2 colheres de açúcar;

6 – Um copo de Club Soda ou Soda Limonada;

Uma lenda sugere que não se use melancia, traria risco de morte. Então vamos respeitar. Outras frutas possíveis: manga, uvas cortadas e sem caroços.

Preparo:

Numa jarra de vidro, coloque as frutas picadas, o licor e/ou destilado e o açúcar. Deixe macerar por algum tempo, dentro da geladeira.

Acrescente o vinho ou espumante e a soda. Abuse do gelo em cubos e mexa tudo suavemente.

Sirva num copo alto, com gelo, e decore com alguns pedaços de fruta.

Saúde e bons vinhos!

Vinho da Semana: perfeito para o Clericot.

Cava Castell de Calders Brut Nature – $

Aromas agradáveis e complexos típicos de seus 18 meses de maturação em garrafa, apresentando nuances de frutas maduras e flores. Na boca é muito agradável, com ataque fresco, elegante, equilibrado e com boa persistência.

Compre no Vinho Site: www.vinhosite.com.br

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